A convivência do treinador Victor Paim com a família do humorista Chico Anísio teve início há mais de 30 anos, quando ao lado do seu filho, Nizo Neto, de Jorge Ricardo e de Cosme Morgado Neto, eles disputavam páreos entre si, em Barra do Piraí. Eram então apenas quatro adolescentes e nem imaginavam o rumo de suas vidas. Daquele tempo até os dias de hoje muito tempo se passou. Mas Victor não se esqueceu jamais das oportunidades profissionais que recebeu do pai do parceiro Nizo, nada mais nada menos do que Francisco Anísio, o maior humorista brasileiro de todos os tempos.
“Profissionalmente o seu Chico teve valor inestimável para mim. Com ele tive a oportunidade de subir a serra e treinar no Vale do Cuiabá. Consegui a valorização do meu trabalho e um enorme salto de qualidade na profissão. Mas prefiro muito mais o lado pessoal. Embora seja um proprietário maravilhoso, Chico Anísio é um amigo daqueles que você passa pela vida e não consegue contar nos dedos das mãos”, conta.
O relacionamento com Chico Anísio no aspecto profissional sempre foi tranqüilo. O treinador faz questão de ressaltar, entretanto, que o humorista só não perdoa uma coisa. Fazer forfait de um cavalo de sua propriedade sem lhe avisar. “Seu Chico é um proprietário apaixonado e sempre para tudo para estar num local aonde possa assistiras corridas dos seus cavalos. Por isso sempre recomenda que se por algum motivo um deles não for apresentado, ele tem que ser o primeiro, a saber,”.
Victor Paim destaca três puros-sangues como os melhores corredores de Chico Anísio treinados por ele. Quilboquet, potro adquirido no leilão do Haras Santa Maria de Araras e depois negociado para os Estados Unidos, Chanac, um velocista espetacular, ganhador logo na estréia e na semana seguinte também negociado para o turfe norte-americano e Orsetta, égua adquirida por Chico Anísio com 5 anos e duas vitórias e que lhe proporcionou uma das maiores emoções no turfe.
“Orsetta foi uma égua sensacional. Decidimos fazer sua inscrição no GP Organização sul-americana de fomento ao puro-sangue de corrida (Osaf) depois de conversa por telefone em que o seu Chico me disse que às vezes é preciso dar uma de louco para virar gênio. Tínhamos confiança absoluta na sua capacidade e a inscrevemos para enfrentar as melhores éguas do país. O segundo lugar com rateio eventual de mais de mil trouxe uma emoção pessoal indescritível para nós dois”.
A recuperação de Chico Anísio depois de ficar longo tempo internado no hospital foi motivo de grande alegria para Victor Paim. Segundo o treinador, a possibilidade de perder o grande amigo lhe deixou extremamente preocupado. “Graças a Deus ele está de volta. Seu Chico é como se fosse um segundo pai para mim e sei que vou me emocionar bastante durante esta homenagem que o Jockey Club Brasileiro vai lhe prestar. Esta festa para ele é mais do que merecida por que poucas pessoas gostam tanto de turfe quanto ele”, afirma.
Com relação aos personagens de Chico Anísio, Victor Paim compartilha da preferência de seu pai, o saudoso treinador Almiro Paim Filho, falecido recentemente. Alberto Roberto sempre proporcionou enormes gargalhadas ao seu Paim. E Victor nunca esquece isso. “Meu pai não dormia antes de ver o Alberto Roberto. No programa Chico City e depois no Chico Total, ele estava sempre à espera do fantástico personagem”.
por Paulo Gama
Parabéns victor!!!
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