Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

sábado, 13 de agosto de 2011

Side Glance domina a milha do Sovereign Stakes


O quatro anos Side Glance (Passing Glance e Averami, por Averti), treinado por Andrew Balding e dirigido por Jimmy Fortune, foi o vencedor da milha do Sovereign Stakes (G3), em Salisbury, para produtos de três anos e mais idade.

Terceiro em Ascot na milha do Summer Mile Stakes (G3), vencida por Dick Turpin (Arakan e Merrily, por Sharrood), em difícil final, ele dominou, por pescoço, o cinco anos anos Dance and Dance (Royal Applause e Caldy Dancer, por Soviet Star), treinamento de Edward Vaughan e dirigido por Richard Hughes.

Um corpo depois chegou o quatro anos The Rectifier (Langfuhr e Westerns Vision, por Gone West), com preparo de Jim Boyle e dirigido por Mickey Fenton.

O tempo foi de 1:41:01

Crédito - JCB

Prix de Lieurey , em Deauville, foi de Sandy's Charm


Outra prova de G3 e para potrancas de três anos foi corrida sexta em Deauville: a milha do do Prix de Lieurey.

A vencedora, com grande facilidade (foto Deauville) foi Sandy's Charm (Footstepsinthesand e First Charm, por Anabaa), sob a direção de François-Xavier Bertras, treinada por François Rohaut e popriedade de Mme. Magalen Bryant.

Cinco corpos atrás, chegou, em segundo, Mixed Intention (Elusive City e Chiosina, por Danehill Dancer), conduzida por Christophe-Patrice Lémaire e com preparo de Fabrice Vermeulen, segunda este ano, nas milhas do Prix de Sandringham (G2), vencido por Immortal Verse (Pivotal e Side of Paradise, por Sadler's Wells), e do Prix de la Grotte (G3), dominado pela esplêndida Golden Lilac (Galileo e Grey Lilas, por Danehill).

A meio corpo, em terceiro, Rhythm of Light (Beat Hollow e Luminda, por Danehill), na direção de Richard Kingscote e treinada por Tom Dascombe, com campanha em pistas britânicas.


Plenty Of Kicks com campanha definida

Um dos destaques do meeting do Grande Prêmio Brasil e uma das grandes revelações da temporada, o vencedor da milha internacional Plenty Of Kicks deverá ser inscrito no GP Linneo de Paula Machado (G1) – Grande Criterium, que será disputado em outubro, aqui no Hipódromo da Gávea.

Filho de Crimson Tide e Pleni Turbo, por Choctaw Ridge, Plenty Of Kicks já havia conquistado o GP Jockey Club Brasileiro (G1), o nosso Criterium de Dois anos, em junho deste ano, e chegou a sua consagração após ter superado os mais experientes no GP Presidente da República (G1).

Em conversa com o nosso site, Luis Antonio Ribeiro Pinto, ‘turfman’, criador e proprietário do tradicional Stud São Francisco da Serra, comentou o futuro de seu belo potro e de outros dois de seu trio maior:

“Ele deve pegar muito bem à distância, pelo seu estilo de corrida e, claro, por sua raça. É uma felicidade imensa ter um animal desses e ter criado então, nem se fala.” Comentou o popularmente conhecido “Tony”.

Outro promissor produto da geração, Le Kinoplex (Crimson Tide e L’Escapade, por Aksar), vencedor da seletiva para o GP João Adhemar de Almeida Prado (G1), a Taça de Prata, segundo na Prova Especial Radar e domingo, para Not To Tell You na milha do GP José Paulino Nogueira (G3), também deve correr aquela prova de Grupo 1:

“É um potro que tem evoluído bastante. Mais um filho do Crimson Tide que vem me dando alegrias. Esperamos uma melhora grande do Le Kinoplex com o aumento do percurso.” Disse.

Sending Kisses (Crimson Tide e Sissa Halo, por Sunny’s Halo), também de sua criação e propriedade, vencedor dos 1.500 metros da Prova Especial Super Power, para potros inéditos, e segundo colocado no GP Conde de Herzberg (G2), o Criterium de Potros carioca, teve contratempos na última, mas já está ensaiando o seu retorno:

“Ele correu com nutaliose no Criterium dos Dois Anos, atuou com menos 16 quilos, possivelmente por isso tenha fracassado. Está voltando para a raia somente nesta semana. Vamos retornar com ele no páreo de turma, no três anos sem mais de uma vitória, e depois voltaremos a pensar em provas nobres. É um potro de primeira, que merece cuidados especiais. " Completou o conhecido proprietário.

créditos Celson Afonso /Raia Leve

Evangélico, convênio no Paraná repete desvios revelados no Amapá

Um convênio com o mesmo valor, mesmo objetivo e assinado no mesmo dia do contrato que levou a Polícia Federal a investigar a cúpula do Ministério do Turismo também é alvo de suspeitas de fraudes no Paraná, informa reportagem de Estelita Hass Carazzai, publicada na Folha desta sexta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Entenda o esquema investigado no Ministério do Turismo
Ex-secretário do Turismo preso nega participação em fraudes
Copa era alvo de esquema no Turismo, diz juiz
PF nega ter cometido excessos ao usar algemas
Verba desviada ia para deputada do AP, diz petista

O caso sugere que as irregularidades encontradas pela polícia no Amapá não são um problema isolado, ao contrário do que se imaginava quando os primeiros resultados da investigação conduzida pela PF vieram à tona no início da semana.

O convênio do Paraná repassa R$ 4,4 milhões para a Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba treinar agentes de turismo. No Amapá, a organização não-governamental investigada pela PF, o Ibrasi, também conseguiu R$ 4,4 milhões, para fazer a mesma coisa.

OUTRO LADO

A Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba, responsável pelo convênio investigado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), negou irregularidades na execução do programa.

Em nota, a entidade informou que "cumpre os ritos legais vigentes" e que os recursos repassados pelo governo são "aplicados em suas finalidades específicas".

OPERAÇÃO

A Operação Voucher, deflagrada no último dia 9 pela Polícia Federal, investiga um suposto esquema de desvios relacionados a convênio firmado entre a ONG Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável) e o Ministério do Turismo para capacitação profissional no Amapá.

Ao todo, 36 pessoas foram presas na operação em Brasília, São Paulo e no Amapá, incluindo o atual secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, que está na pasta desde 2003.


Nos bastidores da Gávea

1 - Euclides Freire, o popular Chininha, que trabalha na equipe do alinhamento dos cavalos, aniversariou nesse domingo, dia do GP Brasil. No mesmo dia aniversariou o treinador Breno Piovesan.

2 - Ta Luv, vencedor do Breno Caldas, está indo para os E.U.A onde seguirá campanha. Outro animal que também será enviado para o exterior é Impatare, apos o fracasso no Delegações Turfisticas, seguirá campanha em Maronãs. O treinador será Walter Baes, e segundo informações, o Haras das Estrelas já possui potros mo Uruguai.

3 - Estiveram presentes na Gávea: Helio Moura Gonçalves, Dalberto Rios, Lucio Moure, Flavio Mattos, Airton Barnasque, Andre Carvalho, Gil Irala, Professor Rogerinho, Thomaz Flores da Cunha, Juca Vechiio Filho, Dr. Newton Kalio, Dr. Gudolle, Edemilson e Cintia Souza, e muitos outros gaúchos. Também estiveram presentes na grande festa muitos paranaenses.

4 - Renânia ganhou aos esbarros o OSAF, parabéns ao Haras Tango e principalmnte pela ótima direção de Vagner Leal, que esteve perfeito no dorso.

5 - Barão da Cevada arrasou no GP Major Suckow, mesmo sem lasix, o animal que pesa mais de 540 kg, atropelou em tempo hábil, numa ótima direção de Jorge Leme, que tem sua parcela no preparo junto com Carlos Henrique Coutinho, pois foi ele que pediu ao treinador para reduzir a distância do cavalo.

6 - Jet Boy, com a Marcelle Martins, foi a forra num preparo nota 10 de Dulcinio Guignoni, que aproveitou a baliza 1 e a descarga de 5 kg e ganhou. Parabéns ao Stud Acqua Azul, do Sr Luiz Frank. Marcelle venceu ainda mais dois pareos na terça feira, com Kinley e Satisfeito.

7 - Nozze Di Figaro ganhou aos esbarros o Delegações Turfisticas na direção de Marcelo Cardoso. A égua do Tributo À Ópera mostrou valer a criação paranaense.

8 - Presidentes de vários hipódromos e representantes da América latina, prestigiaram as corridas na Gávea.

9 - Belo “coelho” Action, muitos diziam que o cavalo seria coelho, de criação e propriedade do H & R, treinado pelo "mago" D.Guignoni, cavalo que possuia uma vitória apenas, porém foi operado e voltou com trabalhos espetaculares, inclusive melhores que Too Friendly no CT Mondesir. D.Guignoni venceu o 4º GP Brasil.

10 - O cavalo Belo Action está de passagem marcada para E.U.A, mais precisamente para Nova Iorque. Ficará aos cuidados do treinador Christoff Clement, apenas aguardando os exames.

11 - Tiff, defensor da farda do Arroio Butiá, venceu e convenceu em boa marca o Clássico Imprensa, 1min 25seg, sendo um dos melhores potro em atividade. Vale salientar o trabalho de I.F.Souza, que sempre teve ele em ótima conta. Essa farda é forte, a mesma de Zardana.

por Leandro Mancuso



Magistrada, conhecida por condenar PMs e milicianos, foi morta a tiros dentro de carro, em Niterói (RJ)

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, cobrou nesta sexta-feira esclarecimentos sobre os motivos pelos quais a juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), assassinada ontem, estava sem escolta policial mesmo sendo alvo de ameaças.


A magistrada era conhecida por seu rigor na atuação contra grupos de extermínios formados por policiais militares. A juíza foi assassinada quando chegava em casa em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Em nota, Cavalcante lamentou a morte da magistrada e pediu imediata apuração sobre os autores e mandantes do assassinato.


"Foi uma barbaridade contra um ser humano e, sobretudo, contra Justiça brasileira e o Estado de Direito. Ceifaram a vida de um magistrado, e não podemos, efetivamente, retornar aos tempos das trevas, conviver com esse tipo de reação, esse tipo de selvageria que agride a Justiça, agride o Estado de Direito", disse o presidente da OAB.

Comissão da Câmara acompanha investigações
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados acompanha as investigações sobre o assassinato em Niterói. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) passará o dia em conversas com familiares da juíza e autoridades que apuram o caso.


"A questão é gravíssima. Ela estava ameaçada. Recentemente tinha condenado policiais que fazem parte de milícias, de grupos de extermínio e isso deixava a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo muito vulnerável", disse.


Alencar disse ainda que pretende saber se houve falha na proteção da magistrada ou se foi ela mesma quem dispensou a segurança pessoal. "De qualquer maneira, isso não fica na esfera pessoal. É preciso, independentemente da vontade da pessoa, ter a proteção, o cuidado", comentou.


Para o deputado, a Comissão de Direitos Humanos pode pedir que o Ministério da Justiça coloque a Polícia Federal nas investigações em âmbito estadual. "O Estado Democrático de Direito fica ameaçado por esses bandos. Colocam em risco, não só magistrados, mas toda autoridade pública do estado", acrescentou.


Patrícia Lourival Aciol tinha várias decisões judiciais contra policiais militares em seu currículo. Era responsável por julgar casos de homicídio no segundo município mais populoso do estado do Rio, inclusive os casos de autos de resistência, isto é, mortes provocadas pela polícia supostamente em confronto com o suspeito.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

www.terra.com.br

Gávea, RESOLUÇÃO DA COMISSÃO DE CORRIDAS

JOCKEY CLUB BRASILEIRO
BOLETIM OFICIAL Nº 15 de 11 de Agosto de 2011
RESOLUÇÃO DA COMISSÃO DE CORRIDAS

a) Estabelecer que para o Grande Prêmio José Carlos e João José de Figueiredo - Grupo 3, a ser corrido no
dia 03 de Setembro de 2011, o valor do "ADDED" a ser pago para os participantes da prova será de
R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais) por animal.
b) Estabelecer que para o Grande Prêmio Carlos Telles e Carlos Gilberto da Rocha Faria - Grupo 2, a ser
corrido no dia 04 de Setembro de 2011, o valor do "ADDED" a ser pago para os participantes da prova será de
R$ 2.000,00 (Dois mil reais) por animal.
c) Estabelecer que para o Grande Prêmio Professor Nova Monteiro - Grupo 3, a ser corrido no dia 07 de
Setembro de 2011, o valor do "ADDED" a ser pago para os participantes da prova será de R$ 1.500,00
(Hum mil e quinhentos reais) por animal.
PARCELAS
OS VALORES DE CADA PARCELA E RESPECTIVAS DATAS LIMITES DE PAGAMENTO, SÃO AS
SEGUINTES:
a) José Carlos e João José de Figueiredo 19/ Agosto - R$ 300,00 26/ Agosto - R$ 1.200,00
b) Carlos Telles e Carlos G.R. Faria 19/ Agosto - R$ 400,00 26/ Agosto - R$ 1.600,00
c) Professor Nova Monteiro 19/ Agosto - R$ 300,00 26/ Agosto - R$ 1.200,00
Os pagamentos acima mencionados poderão ser alterados conforme reza a Resolução constante do Boletim
Oficial nº 139, de 14 de Dezembro de 2009
O pagamento deverá ser efetuado na conta bancária do Jockey Club Brasileiro no Banco Itaú (341) - Agência:
8390 - Conta corrente nº: 01500-9
Para o caso de pagamento por DOC, o CNPJ do Jockey Club Brasileiro é 33.621.756 / 0001-07.
Uma cópia do depósito deverá ser imediatamente enviada por fax para (021) 2511.4059 / 3534.9205 ou (021)
2274-5247, indicando o proprietário e o nome do animal, sem o que, a inscrição do animal na prova não poderá
ser considerada.
A confirmação do recebimento do fax poderá ser feita pelo telefone (021) - 35349257.

Quer ser feliz? Compre um cavalo de corrida, por Sergio Barcellos


“A thing of beauty is a joy for ever.”

Parte expressiva da publicidade da France Galop, a instituição que dirige o turfe francês (9,8 bilhões de euros em apostas em 2010, 66.000 empregos diretos gerados, 2,0% do PIB daquele país), se concentra hoje no aumento do número de proprietários de cavalos de corrida. O conceito por trás disso é muito simples: sem proprietários não há turfe próspero e desenvolvido. Além do que, na França, proprietário é tratado a caviar pelas autoridades que dirigem o turfe local.

Basta abrir qualquer revista de turfe, e ver um anúncio em preto e branco que já se tornou tradicional: a foto de um grupo de amigos no hipódromo e, entre eles, a de um proprietário, cuja gravata é a única que aparece a cores, talvez para destacar a diferença que existe entre ser proprietário de cavalos de corrida e o resto da humanidade em torno.

O turfe francês, bem assim, o turfe europeu e o americano, estão, neste exato momento, incentivando cada vez mais a formação do que, por lá, se chama de "sindicalização da propriedade de cavalos de corrida."

Isso não é, nada mais, nada menos, que a reunião de várias pessoas em um mesmo Stud ou Coudelaria – quanto maior o número, melhor –, para ratear entre si os custos de manutenção do animal, sem perda do prazer e da alegria que este esporte pode proporcionar a quem dele participa diretamente.

A idéia da propriedade comum de um cavalo não é nova. O que é novo, é a ênfase que o turfe moderno vem dando aos "sindicatos" assim constituídos, desde que o grande reformador do turfe francês, o empresário Jean-Luc Lagardère, percebeu que sem fazer crescer o número de proprietários, seria impossível ampliar o mercado da indústria local do puro sangue de corrida e manter abertos, e funcionando, os centros de treinamento e os hipódromos do país.

Como isso se conjuga com a visão paroquial e, portanto, limitada de nossas sociedades promotoras de corridas é a grande questão a ser resolvida pelo turfe brasileiro.

Anos luz atrás

O PIB brasileiro está hoje entre os sete maiores do mundo; milhões de pessoas mudaram para melhor de classes de renda nos últimos anos; o país é o quinto maior destino dos investimentos internacionais, mas o turfe local continua vivendo em outro mundo, o mundo do atraso, alimentado por um pessimismo derrotista, e cercado de dúvidas as mais pueris.

A rigor, o turfe de nossas sociedades promotoras de corridas é um dos raros segmentos da atividade econômica brasileira onde ainda prevalece a síndrome do "complexo de vira-lata", enunciado pelo inesquecível Nelson Rodrigues.

Para as autoridades que dirigem a atividade entre nós, nada parece ser possível: não é possível aumentar o volume de apostas em corridas de cavalo, não é possível atrair público para o esporte, não é possível recuperar as magníficas instalações de nossos principais hipódromos, não é possível ampliar o mercado de trabalho em torno da atividade, não é possível criar mais cavalos, não é possível ter um número maior de proprietários, não é possível...não é possível...não é possível absolutamente nada. Esta parece uma atitude diante da vida, que tange a pulsão freudiana de morte.

De tanto olhar para o abismo de nossas "impossibilidades", o abismo acabou olhando para o ceticismo nato e hereditário que se instalou, ninguém sabe porque, no turfe brasileiro.

Mas, felizmente, como ocorre em todas as sociedades organizadas, sempre há quem não acredite nesse chatíssimo e deletério "mantra do impossível", que decretou antecipadamente a morte do turfe entre nós, marcou a missa de sétimo dia, sugeriu que se loteassem os hipódromos, e deu por encerrada sua missão. Assim é sempre muito fácil: declara-se a derrota, e vai-se embora para casa.

Entre os segmentos que não acreditam nessas histórias de morte anunciada – a maioria delas destinada apenas a assustar os incautos –, encontram-se, pela ordem, o dos criadores de animais de corrida e o daqueles que, não importam as razões e motivos, têm o turfe como sua segunda natureza.

São eles que continuam a produzir animais que vencem aqui e vencem no exterior; são eles que continuam a investir e importar matrizes e reprodutores; são eles que sabem que nada é impossível, ao contrário, tudo é perfeitamente possível e viável. E é a partir deles, que se está construindo, em meio à descrença e toda a sorte de dificuldades, um novo destino para a atividade entre nós.

Como já escreveu Claudio Ramos em brilhante artigo publicado aqui no Raia Leve, só não acredita que o movimento geral de apostas (MGA) em corridas de cavalo pode crescer, quem não acredita, nem nas corridas de cavalo, nem no Brasil.

Tudo é possível

Tange ao absurdo imaginar - em um país que hoje tem no setor agro-industrial (leia-se, o campo) um de seus mais efetivos núcleos de expansão econômica, e que concentra em torno de suas principais cidades uma população cada vez mais ávida por formas as mais diversas de lazer - que não haja mais público, nem interesse, pelas corridas de cavalo entre nós.

Como não faz nenhum sentido, imaginar que a paixão pelos cavalos – um dos raros seres da criação capaz de provocar emoção estética no homem, e isso desde tempos imemoriais – tenha saído de moda. O que saiu de moda, na verdade, foi a forma improvisada, através da qual hoje tratamos o turfe brasileiro, e tudo que a ele se refere.

O que saiu de moda, é a tendência equivocada de imaginar que turfe, aqui e no mundo, pode ser conduzido sem temor reverencial à sua liturgia, sem respeito aos seus postulados técnicos, e sem uma estrutura séria, independente, e racional de comando.

O que saiu de moda, é a brincadeira de fingir fazer turfe, sem, no fundo, acreditar, nem nele, nem no que se está fazendo. Esta brincadeira, há de se convir, já foi longe demais, já nos custou tempo, dinheiro, e empregos demais, já ofendeu demais a nossa sensibilidade, por mais cínica que ela possa parecer.

No quadro social do Jockey Club Brasileiro, ao alcance da mão, existem centenas de turfistas e não turfistas que, se convocados, dariam encaminhamento e solução a qualquer dos problemas – qualquer um – com que hoje se defronta o turfe do Rio de Janeiro. Repita-se, qualquer um.

Querem PhD’s em teoria dos jogos, gente que conhece matemática e cálculos a fundo, capazes de entender e melhorar a estrutura dos jogos de apostas hoje ofertada ao público? O quadro social do JCB tem esse tipo de profissional. Querem comissários de corrida ilibados, com vasta(íssima) experiência das regras de interferência na pista? Eles estão aí entre nós. Querem diretores capazes de supervisionar o trabalho das agências credenciadas, corrigir desvios de conduta, combater o jogo paralelo, fazer mais racional a programação de corridas, numa palavra, chefiar para valer o turfe do Rio de Janeiro? É só saber escolher quem.

O problema, porém, não está na disponibilidade de cérebros capazes de serem mobilizados para bem gerenciar o turfe do JCB. O problema está na incapacidade de distinguir com clareza quem é quem na atividade. E essa incapacidade advém, tão somente, de algo que adia qualquer esperança de sucesso: a incompetência do recrutador para distinguir entre o que é bom, e o que não é.

É como se no JCB dos últimos anos, o “head hunter” natural, ou seja, aquele que indica, elege, e nomeia, tivesse se tornado, não caçador, mas presa de suas vacilações, de seu desconhecimento, de suas perplexidades, e acabasse por perder a própria cabeça, ao invés de reuni-las em prol do bem comum da instituição.

Na verdade, ao invés de “head hunter”, o que temos hoje é um “hunted head”, perdido no processo de escolher rumos, caminhos, e pessoas, que transformem o turfe do JCB no que ele deve ser. E pode ser.

Não admira que nesse contexto, o MGA não evolua como deve, e tudo tenha, de repente, se transformado em campo de caça dos projetos e experiências os mais exóticos, desde a tentativa de derrubada das cocheiras das vilas hípicas com a inevitável diminuição do número de animais disponíveis para formação dos programas, à bagunça dos horários das corridas. A natureza abomina o vazio e, quando ele acontece, geralmente o substitui pela desordem e o caos.

Cavalos de corrida e sensibilidade

Sensibilidade, por definição, é a capacidade de compartilhar as emoções alheias ou de simpatizar. É sensível quem se comove com os outros, e insensível quem se mantém indiferente à emoção alheia.

Da mesma forma, quem se mantém indiferente à beleza e à alegria que os cavalos de corrida podem causar ao ser humano, em princípio, é insensível. Uma espécie de “Rinoceronte”, de Ionesco.

Apresentem um cavalo de corrida a uma criança e, imediatamente, se formará entre os dois um vínculo indissociável de curiosidade e simpatia. É muito simples entender este fenômeno. Mais do que nós, adultos, as crianças e os poetas são absolutamente abertos para tudo que implique emoção estética, a ciência (filosófica) da arte e do belo.

E nada pode ter mais simetria, nada pode ter mais ordem e mais equilíbrio, nada é mais facilmente abarcado pela visão de seu conjunto que um cavalo de corrida. Daí a instantaneidade da relação entre as crianças, os pintores, os poetas, e os cavalos de corrida.

Leonardo da Vinci os reproduziu em fantásticos desenhos, como símbolos da impetuosidade dos sentidos e da imaginação criadora, George Stubbs captou-lhes a anatomia e os movimentos em óleos soberbos, Picasso os fez serem conduzidos pacificamente pela mão das crianças ou aterrorizados pelos conflitos do homem como em Guernica, Degas os pintou em meio à explosão cromática das blusas de seus jóqueis, Sir Alfred Munnings os mostra em toda sua majestade de animais de competição, Roy Lichtenstein os pontilhou a pleno galope em sua pop art.

Os exemplos são inúmeros, seja nas artes plásticas, seja na literatura, seja em qualquer campo do conhecimento humano que discorra sobre aquilo que é realmente passível de admiração neste mundo. Pois cavalos de corrida são, em essência, algo assustadoramente belo. E como tal, significam uma alegria eterna, como escreveu John Keats aí em cima.

Por isso, não se entende que alguém ainda acredite e, pior, divulgue a balela de que os cavalos de corrida, e sua maior expressão no mundo moderno, o turfe, estejam em decadência. Não estão. Ao contrário.

Na Argentina, no dia do Pellegrini, o Jockey Club local geralmente fecha os portões a partir de determinada hora, pois ocorre não caber mais ninguém em San Isidro. Do Japão à África do Sul, dos EUA à Austrália, da França a Dubai, em Singapura, Macao, na Nova Zelândia, no Chile, onde quer que haja um hipódromo e cavalos correndo nos dias de gala do esporte, a multidão estará sempre presente.

E se não está por aqui – como sempre esteve – é porque algo de muito errado acontece neste momento ao turfe do Brasil. E se acontece, não é culpa do turfe, muito menos dos cavalos, e sim nossa exclusiva culpa.

Admitir o contrário, seria admitir que um povo essencialmente sensível, ao ponto do anímico e sonhador, como o povo brasileiro, perdeu sua capacidade de emocionar-se diante do que é belo e emocionante neste mundo. E isso não é absolutamente verdade.

O que os Jockeys Clubs do país têm a fazer, é pôr a mão na consciência e perceber que eles e eventualmente seus dirigentes – e não esse fantástico esporte –, é que estão na contra-voga do mundo desenvolvido. O que os Jockeys Clubs do país têm a fazer é gerenciar melhor seu turfe, e trabalhar para aumentar, e não diminuir, o número de cavalos de corrida, e os milhares de empregos gerados pela indústria em torno deles.

Pois foi aos Jockeys Clubs e seus dirigentes, e a mais ninguém, que foi dada, pelas leis do país, a tarefa de conduzir os destinos do turfe e da criação do cavalo de corrida nacional.

Se eles não sabem mais como fazer isso, deviam confessar suas limitações, ao invés de tentar nos convencer de que o turfe morreu entre nós.

E a única coisa que se pode recomendar a todas as pessoas sem fé, que hoje imaginam continuar dirigindo o turfe brasileiro, é que chegou a hora de darem o exemplo, juntando, sejam amigos, sejam seus pares de diretoria, e comprando um cavalo de corridas. Um só que seja, já basta para se estar mais próximo da atividade, e ser seguramente mais feliz.

pro Sergio Barcellos

Funcionários da Caixa ajudaram ONG investigada

Relatório da Polícia Federal sobre a Operação Voucher afirma que funcionários da Caixa Econômica Federal, banco no qual os recursos dos convênios do Ministério do Turismo com a ONG Ibrasi eram depositados, auxiliaram os suspeitos a maquiarem as justificativas para comprovar as despesas do convênio.

De acordo com relatório que Folha teve acesso, um servidor chega a repassar documentos sigilosos para uma integrante do esquema.

A Caixa informou que está apurando o que aconteceu para poder tomar as providências necessárias.

"Os áudios também fornecem consistentes indícios de que Katiana e Luiz [dirigentes da ONG] contam com a colaboração de funcionários da Caixa Econômica Federal (provavelmente da agência Iguatemi, de São Paulo), que deixam de fazer algumas exigências normais para as operações por eles realizadas, inclusive repassando via fax documentos com informações sigilosas", diz o relatório da PF.

Na conversa gravada, Katiana Necchi pede documentos para um funcionário da Caixa Econômica Federal.

O servidor repassa para Katiana os documentos, mas avisa que são confidenciais e que ela deve suprimir certas partes, "senão ele poderá ter problemas".

Para a PF, há indício de "possível conduta de quebra de sigilo funcional".

Leia a noticia gravada :

Funcionário: Só que é o seguinte, vou te mandar um documento que você tem a obrigação de me tirar aquela parte confidencial, tá?

Katiana: Ah, tudo bem.

Funcionário: Aquela parte que tem o asterisco 20, pelo amor de Deus, dá fim com aquilo.

Katiana: Não, tá, eu procuro tiro e tiro xerox em cima.

Funcionário: Isso, você tira o pontilhado que a parte do meio é o que te interessa.

Katiana: Tá.

Funcionário: A parte de cima você desconsidera tá bom?

Katiana: Tá, tá.

Funcionário: Sabe por quê? Isso é extremamente confidencial.

Katiana: Tá, não, tudo bem, eu tiro e tiro essa parte e tiro xerox.

Funcionário: Tá, eu tô mandando três em uma única folha, vê se você separa eles pra mim, tá bom?

OPERAÇÃO

A Operação Voucher, deflagrada no último dia 9 pela Polícia Federal, investiga um suposto esquema de desvios relacionados a convênio firmado entre a ONG Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável) e o Ministério do Turismo para capacitação profissional no Amapá.

Ao todo, 36 pessoas foram presas na operação em Brasília, São Paulo e no Amapá, incluindo o atual secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, que está na pasta desde 2003.

CRÉDITO - Folha de São Paulo

Começa a busca pela coroa em Cidade Jardim


Dando início a mais uma jornada turfística em São Paulo, a "sabatina" conta com 10 provas sendo o primeiro páreo às 14h30 e o último previsto para as 19h40. A atração da tarde fica por conta do primeiro duelo entre as potrancas em busca do título de tríplice coroada paulista. O Grande Prêmio Barão de Piracicaba traz 13 potrancas que disputam, na distância de 1600 metros na pista de grama, a vitória numa das carreiras mais importantes do calendário clássico nacional.

Destaque do páreo para o duelo entre Old Tune (Wild Event), de criação e propriedade do Haras Internacional, e Alta Vista (Amigoni), de criação do Haras Cifra e propriedade do Stud Galope. Na última vez que se enfrentaram, Old Tune livrou pouco mais de 2 corpos sobre a então líder da geração, e pode ter chegado a hora da revanche. Alta Vista corre com muita chance.

A irmã materna do craque Fluke, I Scream (Ay Caramba), criação e propriedade do Haras Doce Vale, que vem de escoltar Pró Memória no Criterium carioca, pode chegar brigando pela vitória.

O simulcasting com a Gávea terá início as 13h45.

A seguir comentários e indicações. Boa sorte!

1° Páreo: Tabagista vem de bom segundo lugar e tem boas chances de vencer esta prova. A parelha corre com chance também: Rainha da Persia vem de correr mesma prova da nossa indicada e pode escoltá-la. Umniyah reapareceu bem e pode formar a trifeta.

2° Páreo: Zum Normand pegando páreo "a jeito" pode levar A.Gulart a primeira vitória com seu novo proprietário. Esquina pode ser encomodo ao nosso indicado pois gosta de correr a mesmo estilo. Curitiboca que vem de vencer prova a nivel inferior para o "tertius".

3° Páreo: Tina Pfeiffer, que estava inscrita no Barão de Piracicaba, corre com muita chance de vitória e é o animal a ser batido pelos adversários. Iced Whisky pode formar a dupla ou permanecer invicto em Cidade Jardim. Vip Star que vem de duas vitórias seguidas, uma no Tarumã e outra em Cidade Jardim, pode chegar brigando também.

4° Páreo: Ó de Filó em sua última atuação perdeu páreo "ali", por focinho que não levou. Agora tem tudo para vencer esta prova. Muito Amor é a adversária a ser batida pelo nosso indicado. Ultraselect para o "tertius".

6° Páreo: Irmão de Luta vem de correr provas bem complicadas. Agora em páreo não tão forte pode vencer. Gulga Linda marcou bons tempos quando venceu e pode brigar pela dupla. Ufo para o "tertius".

7° Páreo: Acredito que este páreo será decidido entre Una Vez Más e Jujuba de Birigui pois ambas vem de boas colocações para éguas de excelentíssima qualidade. Entre as duas ficamos para a ponta a pupila do Stud Birigui por possuir retrospecto mais agradável. My Destiny para a trifeta.

8° Páreo: Filhos de Amigoni na areia sempre são perigosos, dessa forma, Código Morse pode largar e acabar na frente. Lieta é uma das éguas a ser respeitada pelo nosso indicado. Van Daisy pode repetir boa atuação em pista de areia e formar a trifeta.

9° Páreo: Por retrospecto, Ghoul Hunter é o animal que se sobresai sobre os demais. Lampeiro que está retornando a sua turma pode ser a grande diferença para o nosso indicado. Vent Nord pode chegar junto na briga.

10° Páreo: Xhusband decaindo para a turma pode fechar a reunião em Cidade Jardim. Hermés briga por umas vitória a tempos e acredito eu que vai se contentar com a segunda colocação novamente. Sambódromo pode encorpar a trifeta desta última prova do programa.

INDICAÇÕES:

1° Páreo: Tabagista (5) - Rainha da Persia/Sharpay (4) - Umniyah (3)
2° Páreo: Zum Normand (4) - Esquina (3) - Curitiboca (6)
3° Páreo: Tina Pfeiffer (1) - Iced Whisky (2) - Vip Star (7)
4° Páreo: Ó de Filó (3) - Muito Amor (5) - Ultraselect (11)
5° Páreo: Alta Vista (4) - Une Autre Etoile/Old Tune (3) - I Scream (7)
6° Páreo: Irmão de Luta (4) - Gulga Linda (3) - Ufo (8)
7° Páreo: Jujuba de Birigui (4) - Una Vez Más (3) - My Destiny (2)
8° Páreo: Código Morse (6) - Lieta (3) - Van daisy (7)
9° Páreo: Ghoul HUnter (6) - Lampeiro (4) - Vent Nord (7)
10° Páreo: Xhusband (10) - Hermés (7) - Sambódromo (1)

por Ivan Jeronimo


Prova Especial Paulo e Nelson Monte é o destaque, de hoje, no Rio




Onze carreiras bastante equilibradas formam a reunião deste sábado no Hipódromo da Gávea, com início programado para as 13 horas e 45 minutos.

O destaque da reunião fica por conta da sexta prova, para potrancas de 3 anos, inéditas, em 1.000 metros, pista de grama. Com os forfaits de Hola All e Força Oculta, cinco competidoras irão se enfrentar. Just Opera (Dancer Man), criação e propriedade do Haras Santa Ana do Rio Grande, credenciada por bons exercícios, leva o nosso voto na prova. M.Soares estará no comando das rédeas e R.Solanes é o responsável pela apresentação da nossa indicada.

Calidora Grega (Eyjur), criação do Haras Palmerini e propriedade do Stud Patylippe, contou com a preferência do H.Fernandes e surge como forte candidata ao triunfo. Temida do Baile (Gregoriano), criação do Haras Ponta Porã e propriedade do Stud Palurape, tem raça de velocidade e também merece atenção na hora de montar o jogo.

O simulcasting com o Hipódromo de Cidade Jardim (10 páreos) começa às 14 horas e 30 minutos.

A seguir, comentários e indicações. Boa sorte!

1º Páreo – Vittoria Guizé não teve sorte durante o percurso na última e surge como opção de melhor rateio na abertura da reunião. Venetian Boat, em evolução, e Fiction Of Man são as principais rivais.

2º Páreo – Heliocita pode encostar aos poucos e levar a melhor por aqui. A ligeira Vai Nessa e a fiel Bala do Mega surgem como bons nomes na prova.

3º Páreo – University Event experimenta a pista de grama e pode confirmar o que dele se espera em prova sem grandes valores. Midnight Warrior fica com a formação da dupla. A seguir, Quiro Boy.

4º Páreo – Vet Boy deixou impressão das melhores em sua estréia e, mesmo reaparecendo, leva nosso voto. Zoltan, que contou com a preferência do H.Fernandes, fica com a dupla. A seguir, Word’s Best.

5º Páreo – Em carreira das mais equilibradas, arriscaremos a indicação de Fantasy Blond. Isla de Pascua fica com a formação da dupla. Sensação, mais aguerrida, é bom azar.

7º Páreo – O encabulado Toca-Discos está bem colocado na prova e pode deixar o perdedor dessa vez. Trabalhoso, sempre se chegando, e Timecode, com carreira para mais, são as principais ameaças.

8º Páreo – Contando com a eficiência de sua equipe, Valleyview pode levar a melhor vinda para o claiming. Fantiny Mia fica com a formação da dupla. Eterno Sonho e Little Italy, com raça para melhorar no gramado, a seguir.

9º Páreo – Leeloo, agora na claiming, pode levar a melhor. Vaga Certa, que deve render muito mais no claiming e na grama, é a principal adversária. Flamenguista, a seguir.

10º Páreo – De volta ao claiming, Eleita do Sinvas conta com o nosso voto. Xantina e Pegadora surgem como as principais rivais da nossa indicada. Das demais, Cemdita, de lasix pela primeira vez.

11º Páreo – Dear Emperor ficou sem passagem na reta na última, volta de lasix pela primeira vez e pode encerrar a reunião. Apesar da baliza, Lieson pode formar a dupla. Icone Best, a seguir.

Indicações:

1º Páreo – Vittória Guizé (1) – Venetian Boat (2) – Fiction Of Man (5)
2º Páreo - Heliocita (6) – Vai Nessa (4) - Bala do Mega (1)
3º Páreo - University Event (3) – Midnight Warrior (4) – Quiro Boy (2)
4º Páreo - Vet Boy (6) – Zoltan (7) – Word’s Best (3)
5º Páreo - Fantasy Blond (1) – Isla de Pascua (5) – Sensação (3)
6º Páreo – Just Opera (2) – Calidora Grega (6) – Temida do Baile (3)
7º Páreo - Toca-Discos (6) – Trabalhoso (9) – Timecode (5)
8º Páreo - Valleyview (5) – Fantiny Mia (7) – Eterno Sonho (1)
9º Páreo - Leeloo (2) – Vaga Certa (5) – Flamenguista (6)
10º Páreo - Eleita do Sinvas (4) – Xantina (3) – Pegadora (6)
11º Páreo - Dear Emperor (12) – Lieson (14) – Icone Best (11)

por Thiago Fernandes

Provas Especiais são as atrações do fim de semana

Provas Especiais em homenagem a Paulo e Nelson Monte e Victor Guilhem serão as principais atrações do fim de semana, no Hipódromo da Gávea.

Hoje , mais precisamente no sexto páreo, seis potrancas, inéditas, de três anos alinharão nos 1.000 metros da PE Paulo e Nelson Monte. Carreira que até 2008 era disputada em 3.000 metros, já teve como bicampeão Leppard (Haras Tributo À Ópera).

Clara Glory (Stud H&R), Just Opera (Haras Santa do Rio Grande), Temida do Baile (Stud Palurape), Vertiginosa (Fazenda e Haras Harmonia), Caldora Grega (Stud Patylippe) e Força Oculta (Haras Nacional) participam da edição 2011 da prova, onde Hola All (Eloi de Souza Ferreira) estava inscrita, mas entrou forfait. 

Já no domingo, quarto páreo, será a vez da PE Victor Guilhem, que também reúne potrancas inéditas, de três anos, com apenas cinco competidoras na disputa. Victor Guilhem já foi homenageado pelo Jockey Club Brasileiro com um Listed, em 2008, vencido por Estrela Brono (Stud Estrela Energia).

Desta vez, Vie Facile (Stud Santa Tereza), Vallenar (Stud Sol do Arpoador), Voyage In Italy (Stud Palurape), Now Boarading (Haras Itá-Kunhã) e Vitrolle (Haras Santa Maria de Araras) prometem uma bela carreira. Naionara (Eloi de Souza Ferreira) não corre.



Por Celson Afonso

Saúde Equina

SINOVITE VILONODULAR

A sinovite vilonodular dos equinos é uma formação nodular, ou seja, uma massa de tecido conjuntivo fibroso que aparece principalmente no boleto. Composto de poucas células inflamatórias e com origem em uma prega de tecido da cápsula articular junto a membrana sinovial, esta doença é semelhante a sinovite vilosa pigmentada humana, só que sem a pigmentação da massa, que é característica desta patologia.

Com início normalmente relacionado a traumas crônicos e constantes, está associado a nódulos, lesões na cartilagem (estrutura que reveste nossas articulações e confere baixo atrito entre as superfícies) e lesões no osso cortical logo abaixo da cartilagem da região acometida.

Além das lesões internas descritas acima, o animal apresenta limitação do movimento de flexão, bem como deformidade articular pela presença do nódulo, dor, efusão articular, claudicação leve a moderada e tem seu desempenho no esporte comprometido.

O tratamento consiste na retirada cirúrgica deste nódulo e o controle do processo inflamatório com infiltrações intra articulares e antiinflamatórios sistêmicos.

Grande parte dos animais acometidos por esta doença após o tratamento tem o retorno ao esporte em bons níveis de aproveitamento, sendo recomendada a cirurgia.

O médico veterinário deverá ser consultado para avaliar os exames clínicos, radiográficos e ultra sonográficos e assim determinar a melhor forma de tratamento e o quanto da articulação foi acometida e comprometida.

Consulte sempre o médico veterinário e inicie o tratamento o mais rápido possível.

Dr. Tony Gusso - tonygusso@terra.com.br
Médico Veterinário Especialista em Clínica e Cirurgia de Equinos


Amorim Carreiras para Hoje, 13/08

1º Páreo - 1.100m - às 15:30min -
Homenagem aos senhores Airton Brum, Sérgio Brum, Muraí, Albano Morais e Joacir Cruz

Animal / Jóquei / Treinador / Proprietário

1- Sublime Blue / M.Boeira / O.Domingues / Stud Ferragus
2- Elemento Extremo / M.Sena / G.Medeiros / Fabiano Almeida
3- Tomo y Obligo / L.Machado / M.Rodrigues / Stud Izadora
4- Valledurpar / JA.Rodrigues / L.Flasch / Lauri Flasch
5- Indomável Light / P.Machado / M.Rodrigues / Stud Carlota
6- Los Gemelos / CD.Carvalho / C.Carvalho / Stud Vô Gomercindo
7- Matajáchampion / L.Souza / JC.Vieira / Stud Farrapos
* Gabolitano / J.Correa / JC.Vieira / Stud Farrapos

2º Páreo - 1.200m - 16:30min - Homenagem ao Haras Di Cellius (Giselto Krutzmann)

1- Zwife / M.Boeira / O.Domingues / Stud Ferragus
2- Htinha / - / L.Flasch / Stud SN/MI
3- Scorpion Heights / - / S.Sagaz / Léo Viana Madruga
4- Torrential Kid / JA.Rodrigues / L.Flasch / Stud 2 Amigos
5- Amigo Gudbem / J.Correa / F.Loureiro / Flávio Loureiro
6- Hug / - / VB.Oliveira / Stud Irmãos Oliveira
7- Quick Runner / C.Macedo / CA.Moura / Stud BHC
8- Fogo do Mig / L.Machado / M.Rodrigues / Stud Bom Gosto

Um GP Brasil diferente: Chico, Alayde, azarão e vaias..., por Paulo Gama

O Grande Prêmio Brasil de 2.011 foi exótico sob vários aspectos. Em primeiro lugar, não teve sucesso de público. Nunca foi tão fácil transitar nas tribunas, ir ao banheiro e fazer as apostas. O resultado da prova central foi enigmático, com os melhores cavalos do país surpreendidos por Belo Acteon, um alazão de quatro anos e apenas uma vitória, obtida há pouco mais de um mês antes da realização da prova. Além disso, o presidente do Jockey Club Brasileiro, Luís Eduardo da Costa Carvalho, teve que conviver com as diferenças políticas. As divergências administrativas com os profissionais de turfe e a resistência de alguns proprietários a sua gestão no âmbito turfístico, resultaram em algumas sonoras vaias. Nas entregas de prêmios aos vencedores das provas clássicas, ele as ignorou com uma tremenda cara de pau. Sorridente, ele tirou de letra as manifestações da oposição e se mostrou quase tão valente e raçudo quanto o próprio Belo Acteon.

E teve também o stand do Chico e Alayde. O tradicional botequim do final do Leblon. O querido Chico, um turfista adorado por todos na Gávea, fez enorme sucesso no evento. Inteligente, ele montou uma espécie de quiosque gigante, com aquele maravilhoso chope gelado e os seus divinos salgadinhos, entre eles, carne seca com torresmo, camarão com batata palha e outras iguarias tão conhecidas e apreciadas pelos boêmios da Zona Sul. A descida fácil e bem redonda do chope e os sabores estonteantes dos salgados permitiram que alegria de quem errasse os páreos fosse à mesma dos felizardos nos palpites. Roberto Campos, o Basquete, Fernando Campos, Leo Friedberg, Ricardo Ravagnani, Anderson, Quintella, André Cunha, Celson Afonso, Juliana Dias, Fernando Lopes, Namir Hamdan, Daniele Gusso, Adriano Lobo, Carlinhos Beloch e filhos, entre tantos outros, curtiram intensamente o Chico e Alayde.

Dulcino Guignoni desta vez fez mágica. Ganhador de quase todas as provas do calendário clássico, o treinador chegou ao tetra do GP Brasil com uma cartada de mestre. Não é nenhum exagero afirmar que ele deixou todo o mundo turfístico falando sozinho. O jovem Henderson Fernandes, cobrado por alguns afoitos como se fosse um veterano, conseguiu vencer, no limiar de sua carreira, um páreo que alguns jóqueis famosos como Luís Rigoni, Gabriel Meneses e Jorge Ricardo levaram muitos anos para conquistar. Tímido e introvertido, desta vez não conseguiu conter a emoção, traduzida em lágrimas adolescentes que comoveram a todos. Na sua caminhada nas pistas, esta vitória será importante para lhe dar moral suficiente para encarar os enormes desafios pela frente no futuro próximo.

Vale à pena registrar as belas matérias do repórter Vitorino Chermont, no Canal Sportv. Vitorino esteve na Gávea há alguns anos atrás e apaixonou-se pelo esporte. Algumas vezes tive a oportunidade de vê-lo solitário e anônimo nas arquibancadas da Tribuna Social num dia de corrida comum. O Jockey Club deve ficar atento a estes detalhes. No mesmo canal trabalham os jornalistas Paulo César Vasconcelos e Renato Maurício Prado, que são turfistas há muito anos e conhecem profundamente o assunto. Paulo César fez faculdade comigo e trabalhamos juntos no Jornal do Brasil. O seu pai freqüentou o prado carioca por mais de 50 anos. São pessoas que podem ajudar a recolocar, aos poucos, as coisas do turfe na mídia.


Créditos Paulo Gama/Raia Leve

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Future Generation venceu o Desmond Stakes



A milha do Desmond Stakes (G3), para produtos de três anos e mais idade, em Leopardstow, foi vencida nesta sexta feira, pela potranca de três anos Future Generation, uma Hurricane Run e Posterity, por Indian Ridge, de propriedade do Viking Syndicate, treinada por G. Lyons e montada por Latham Keegan. Ela vinha de segundo nos 1.400m do Minstrel Stakes (G3).

Em segundo, 3/4 de corpo atrás, foi de outra potranca de três anos, Emiyna, de Sua Alteza Aga Khan, uma filha de Maria's Mon e Ebaza, por Sinndar, tendo como treinador John Ox e com Johnny Murtagh up. Ela venceu os 1400m do Athasi Stakes (G3) este ano.

A pouco menos de dois corpos, a terceira colocação foi de Moran Gra, um castrado de quatro anos filho de Rahy e Super Supreme, por Zafonic, treinado por Joanna Morgan e montado por Kevin Manning.

Crédito - JCB


Tupanciretã - Jockey Club Brasilio Abreu Terra - confirmações

Grande Prêmio em homenagem a ANTONIO PAGLIARINI e CLAUDIO COIMBRA

Dias 13, 14 e 15 de Agosto de 2011 – Distância 450 Metros

Nr. A N I M A L S P K F I L I A Ç Ã O CRIADOR PROPRIETÁRIO CIDADE TREINADOR JÓQUEI

1 TERERÉ M C 52 Blade Prospector Nacrite (Porple Mountain) Hs. Ponta Porã Agrop. São Carlos Tupanciretã H. Widwark A. Machado
CHRISTY ALADO M C 51 Mensageiro Alado Christy Bay (Spark Chief) Haras Bagé Horse Agrop. São Carlos Tupanciretã H. Widwark A. Machado
2 LADY RANIA F C 48 Blade prospector Eileen's Moment (Lupin) Hs. Manto Azul Haras 3 D Tupanciretã M. Santos M. Silva
3 CONVENIENTE F T 48 Mensageiro Alado Democráccia (Magical Mile) Haras Bagé Horse Jorge Ketenhuber Condor C. Almeida M. Verli
4 TARP0N M C 51 Gregoriano Oras Bolas (Punk) Hs. Ponta Porã Irmãos Fontana Jóia E. Pires M. Silva
5 QUESTION TEX M C 50 Omaggio Jade Tex (Tostex) Hs. Troiano Fialho Hs. Troiano Fialho Hs. Cambay São Gabriel Uruguaiana L. Camargo L. Alencar

Quer ser feliz? Compre um cavalo de corrida, por Sergio Barcellos



“A thing of beauty is a joy for ever.”

Parte expressiva da publicidade da France Galop, a instituição que dirige o turfe francês (9,8 bilhões de euros em apostas em 2010, 66.000 empregos diretos gerados, 2,0% do PIB daquele país), se concentra hoje no aumento do número de proprietários de cavalos de corrida. O conceito por trás disso é muito simples: sem proprietários não há turfe próspero e desenvolvido. Além do que, na França, proprietário é tratado a caviar pelas autoridades que dirigem o turfe local.

Basta abrir qualquer revista de turfe, e ver um anúncio em preto e branco que já se tornou tradicional: a foto de um grupo de amigos no hipódromo e, entre eles, a de um proprietário, cuja gravata é a única que aparece a cores, talvez para destacar a diferença que existe entre ser proprietário de cavalos de corrida e o resto da humanidade em torno.

O turfe francês, bem assim, o turfe europeu e o americano, estão, neste exato momento, incentivando cada vez mais a formação do que, por lá, se chama de "sindicalização da propriedade de cavalos de corrida."

Isso não é, nada mais, nada menos, que a reunião de várias pessoas em um mesmo Stud ou Coudelaria – quanto maior o número, melhor –, para ratear entre si os custos de manutenção do animal, sem perda do prazer e da alegria que este esporte pode proporcionar a quem dele participa diretamente.

A idéia da propriedade comum de um cavalo não é nova. O que é novo, é a ênfase que o turfe moderno vem dando aos "sindicatos" assim constituídos, desde que o grande reformador do turfe francês, o empresário Jean-Luc Lagardère, percebeu que sem fazer crescer o número de proprietários, seria impossível ampliar o mercado da indústria local do puro sangue de corrida e manter abertos, e funcionando, os centros de treinamento e os hipódromos do país.

Como isso se conjuga com a visão paroquial e, portanto, limitada de nossas sociedades promotoras de corridas é a grande questão a ser resolvida pelo turfe brasileiro.

Anos luz atrás

O PIB brasileiro está hoje entre os sete maiores do mundo; milhões de pessoas mudaram para melhor de classes de renda nos últimos anos; o país é o quinto maior destino dos investimentos internacionais, mas o turfe local continua vivendo em outro mundo, o mundo do atraso, alimentado por um pessimismo derrotista, e cercado de dúvidas as mais pueris.

A rigor, o turfe de nossas sociedades promotoras de corridas é um dos raros segmentos da atividade econômica brasileira onde ainda prevalece a síndrome do "complexo de vira-lata", enunciado pelo inesquecível Nelson Rodrigues.

Para as autoridades que dirigem a atividade entre nós, nada parece ser possível: não é possível aumentar o volume de apostas em corridas de cavalo, não é possível atrair público para o esporte, não é possível recuperar as magníficas instalações de nossos principais hipódromos, não é possível ampliar o mercado de trabalho em torno da atividade, não é possível criar mais cavalos, não é possível ter um número maior de proprietários, não é possível...não é possível...não é possível absolutamente nada. Esta parece uma atitude diante da vida, que tange a pulsão freudiana de morte.

De tanto olhar para o abismo de nossas "impossibilidades", o abismo acabou olhando para o ceticismo nato e hereditário que se instalou, ninguém sabe porque, no turfe brasileiro.

Mas, felizmente, como ocorre em todas as sociedades organizadas, sempre há quem não acredite nesse chatíssimo e deletério "mantra do impossível", que decretou antecipadamente a morte do turfe entre nós, marcou a missa de sétimo dia, sugeriu que se loteassem os hipódromos, e deu por encerrada sua missão. Assim é sempre muito fácil: declara-se a derrota, e vai-se embora para casa.

Entre os segmentos que não acreditam nessas histórias de morte anunciada – a maioria delas destinada apenas a assustar os incautos –, encontram-se, pela ordem, o dos criadores de animais de corrida e o daqueles que, não importam as razões e motivos, têm o turfe como sua segunda natureza.

São eles que continuam a produzir animais que vencem aqui e vencem no exterior; são eles que continuam a investir e importar matrizes e reprodutores; são eles que sabem que nada é impossível, ao contrário, tudo é perfeitamente possível e viável. E é a partir deles, que se está construindo, em meio à descrença e toda a sorte de dificuldades, um novo destino para a atividade entre nós.

Como já escreveu Claudio Ramos em brilhante artigo publicado aqui no Raia Leve, só não acredita que o movimento geral de apostas (MGA) em corridas de cavalo pode crescer, quem não acredita, nem nas corridas de cavalo, nem no Brasil.

Tudo é possível

Tange ao absurdo imaginar - em um país que hoje tem no setor agro-industrial (leia-se, o campo) um de seus mais efetivos núcleos de expansão econômica, e que concentra em torno de suas principais cidades uma população cada vez mais ávida por formas as mais diversas de lazer - que não haja mais público, nem interesse, pelas corridas de cavalo entre nós.

Como não faz nenhum sentido, imaginar que a paixão pelos cavalos – um dos raros seres da criação capaz de provocar emoção estética no homem, e isso desde tempos imemoriais – tenha saído de moda. O que saiu de moda, na verdade, foi a forma improvisada, através da qual hoje tratamos o turfe brasileiro, e tudo que a ele se refere.

O que saiu de moda, é a tendência equivocada de imaginar que turfe, aqui e no mundo, pode ser conduzido sem temor reverencial à sua liturgia, sem respeito aos seus postulados técnicos, e sem uma estrutura séria, independente, e racional de comando.

O que saiu de moda, é a brincadeira de fingir fazer turfe, sem, no fundo, acreditar, nem nele, nem no que se está fazendo. Esta brincadeira, há de se convir, já foi longe demais, já nos custou tempo, dinheiro, e empregos demais, já ofendeu demais a nossa sensibilidade, por mais cínica que ela possa parecer.

No quadro social do Jockey Club Brasileiro, ao alcance da mão, existem centenas de turfistas e não turfistas que, se convocados, dariam encaminhamento e solução a qualquer dos problemas – qualquer um – com que hoje se defronta o turfe do Rio de Janeiro. Repita-se, qualquer um.

Querem PhD’s em teoria dos jogos, gente que conhece matemática e cálculos a fundo, capazes de entender e melhorar a estrutura dos jogos de apostas hoje ofertada ao público? O quadro social do JCB tem esse tipo de profissional. Querem comissários de corrida ilibados, com vasta(íssima) experiência das regras de interferência na pista? Eles estão aí entre nós. Querem diretores capazes de supervisionar o trabalho das agências credenciadas, corrigir desvios de conduta, combater o jogo paralelo, fazer mais racional a programação de corridas, numa palavra, chefiar para valer o turfe do Rio de Janeiro? É só saber escolher quem.

O problema, porém, não está na disponibilidade de cérebros capazes de serem mobilizados para bem gerenciar o turfe do JCB. O problema está na incapacidade de distinguir com clareza quem é quem na atividade. E essa incapacidade advém, tão somente, de algo que adia qualquer esperança de sucesso: a incompetência do recrutador para distinguir entre o que é bom, e o que não é.

É como se no JCB dos últimos anos, o “head hunter” natural, ou seja, aquele que indica, elege, e nomeia, tivesse se tornado, não caçador, mas presa de suas vacilações, de seu desconhecimento, de suas perplexidades, e acabasse por perder a própria cabeça, ao invés de reuni-las em prol do bem comum da instituição.

Na verdade, ao invés de “head hunter”, o que temos hoje é um “hunted head”, perdido no processo de escolher rumos, caminhos, e pessoas, que transformem o turfe do JCB no que ele deve ser. E pode ser.

Não admira que nesse contexto, o MGA não evolua como deve, e tudo tenha, de repente, se transformado em campo de caça dos projetos e experiências os mais exóticos, desde a tentativa de derrubada das cocheiras das vilas hípicas com a inevitável diminuição do número de animais disponíveis para formação dos programas, à bagunça dos horários das corridas. A natureza abomina o vazio e, quando ele acontece, geralmente o substitui pela desordem e o caos.

Cavalos de corrida e sensibilidade

Sensibilidade, por definição, é a capacidade de compartilhar as emoções alheias ou de simpatizar. É sensível quem se comove com os outros, e insensível quem se mantém indiferente à emoção alheia.

Da mesma forma, quem se mantém indiferente à beleza e à alegria que os cavalos de corrida podem causar ao ser humano, em princípio, é insensível. Uma espécie de “Rinoceronte”, de Ionesco.

Apresentem um cavalo de corrida a uma criança e, imediatamente, se formará entre os dois um vínculo indissociável de curiosidade e simpatia. É muito simples entender este fenômeno. Mais do que nós, adultos, as crianças e os poetas são absolutamente abertos para tudo que implique emoção estética, a ciência (filosófica) da arte e do belo.

E nada pode ter mais simetria, nada pode ter mais ordem e mais equilíbrio, nada é mais facilmente abarcado pela visão de seu conjunto que um cavalo de corrida. Daí a instantaneidade da relação entre as crianças, os pintores, os poetas, e os cavalos de corrida.

Leonardo da Vinci os reproduziu em fantásticos desenhos, como símbolos da impetuosidade dos sentidos e da imaginação criadora, George Stubbs captou-lhes a anatomia e os movimentos em óleos soberbos, Picasso os fez serem conduzidos pacificamente pela mão das crianças ou aterrorizados pelos conflitos do homem como em Guernica, Degas os pintou em meio à explosão cromática das blusas de seus jóqueis, Sir Alfred Munnings os mostra em toda sua majestade de animais de competição, Roy Lichtenstein os pontilhou a pleno galope em sua pop art.

Os exemplos são inúmeros, seja nas artes plásticas, seja na literatura, seja em qualquer campo do conhecimento humano que discorra sobre aquilo que é realmente passível de admiração neste mundo. Pois cavalos de corrida são, em essência, algo assustadoramente belo. E como tal, significam uma alegria eterna, como escreveu John Keats aí em cima.

Por isso, não se entende que alguém ainda acredite e, pior, divulgue a balela de que os cavalos de corrida, e sua maior expressão no mundo moderno, o turfe, estejam em decadência. Não estão. Ao contrário.

Na Argentina, no dia do Pellegrini, o Jockey Club local geralmente fecha os portões a partir de determinada hora, pois ocorre não caber mais ninguém em San Isidro. Do Japão à África do Sul, dos EUA à Austrália, da França a Dubai, em Singapura, Macao, na Nova Zelândia, no Chile, onde quer que haja um hipódromo e cavalos correndo nos dias de gala do esporte, a multidão estará sempre presente.

E se não está por aqui – como sempre esteve – é porque algo de muito errado acontece neste momento ao turfe do Brasil. E se acontece, não é culpa do turfe, muito menos dos cavalos, e sim nossa exclusiva culpa.

Admitir o contrário, seria admitir que um povo essencialmente sensível, ao ponto do anímico e sonhador, como o povo brasileiro, perdeu sua capacidade de emocionar-se diante do que é belo e emocionante neste mundo. E isso não é absolutamente verdade.

O que os Jockeys Clubs do país têm a fazer, é pôr a mão na consciência e perceber que eles e eventualmente seus dirigentes – e não esse fantástico esporte –, é que estão na contra-voga do mundo desenvolvido. O que os Jockeys Clubs do país têm a fazer é gerenciar melhor seu turfe, e trabalhar para aumentar, e não diminuir, o número de cavalos de corrida, e os milhares de empregos gerados pela indústria em torno deles.

Pois foi aos Jockeys Clubs e seus dirigentes, e a mais ninguém, que foi dada, pelas leis do país, a tarefa de conduzir os destinos do turfe e da criação do cavalo de corrida nacional.

Se eles não sabem mais como fazer isso, deviam confessar suas limitações, ao invés de tentar nos convencer de que o turfe morreu entre nós.

E a única coisa que se pode recomendar a todas as pessoas sem fé, que hoje imaginam continuar dirigindo o turfe brasileiro, é que chegou a hora de darem o exemplo, juntando, sejam amigos, sejam seus pares de diretoria, e comprando um cavalo de corridas. Um só que seja, já basta para se estar mais próximo da atividade, e ser seguramente mais feliz.

pro Sergio Barcellos



Quer ser feliz? Compre um cavalo de corrida, por Sergio Barcellos



“A thing of beauty is a joy for ever.”

Parte expressiva da publicidade da France Galop, a instituição que dirige o turfe francês (9,8 bilhões de euros em apostas em 2010, 66.000 empregos diretos gerados, 2,0% do PIB daquele país), se concentra hoje no aumento do número de proprietários de cavalos de corrida. O conceito por trás disso é muito simples: sem proprietários não há turfe próspero e desenvolvido. Além do que, na França, proprietário é tratado a caviar pelas autoridades que dirigem o turfe local.

Basta abrir qualquer revista de turfe, e ver um anúncio em preto e branco que já se tornou tradicional: a foto de um grupo de amigos no hipódromo e, entre eles, a de um proprietário, cuja gravata é a única que aparece a cores, talvez para destacar a diferença que existe entre ser proprietário de cavalos de corrida e o resto da humanidade em torno.

O turfe francês, bem assim, o turfe europeu e o americano, estão, neste exato momento, incentivando cada vez mais a formação do que, por lá, se chama de "sindicalização da propriedade de cavalos de corrida."

Isso não é, nada mais, nada menos, que a reunião de várias pessoas em um mesmo Stud ou Coudelaria – quanto maior o número, melhor –, para ratear entre si os custos de manutenção do animal, sem perda do prazer e da alegria que este esporte pode proporcionar a quem dele participa diretamente.

A idéia da propriedade comum de um cavalo não é nova. O que é novo, é a ênfase que o turfe moderno vem dando aos "sindicatos" assim constituídos, desde que o grande reformador do turfe francês, o empresário Jean-Luc Lagardère, percebeu que sem fazer crescer o número de proprietários, seria impossível ampliar o mercado da indústria local do puro sangue de corrida e manter abertos, e funcionando, os centros de treinamento e os hipódromos do país.

Como isso se conjuga com a visão paroquial e, portanto, limitada de nossas sociedades promotoras de corridas é a grande questão a ser resolvida pelo turfe brasileiro.

Anos luz atrás

O PIB brasileiro está hoje entre os sete maiores do mundo; milhões de pessoas mudaram para melhor de classes de renda nos últimos anos; o país é o quinto maior destino dos investimentos internacionais, mas o turfe local continua vivendo em outro mundo, o mundo do atraso, alimentado por um pessimismo derrotista, e cercado de dúvidas as mais pueris.

A rigor, o turfe de nossas sociedades promotoras de corridas é um dos raros segmentos da atividade econômica brasileira onde ainda prevalece a síndrome do "complexo de vira-lata", enunciado pelo inesquecível Nelson Rodrigues.

Para as autoridades que dirigem a atividade entre nós, nada parece ser possível: não é possível aumentar o volume de apostas em corridas de cavalo, não é possível atrair público para o esporte, não é possível recuperar as magníficas instalações de nossos principais hipódromos, não é possível ampliar o mercado de trabalho em torno da atividade, não é possível criar mais cavalos, não é possível ter um número maior de proprietários, não é possível...não é possível...não é possível absolutamente nada. Esta parece uma atitude diante da vida, que tange a pulsão freudiana de morte.

De tanto olhar para o abismo de nossas "impossibilidades", o abismo acabou olhando para o ceticismo nato e hereditário que se instalou, ninguém sabe porque, no turfe brasileiro.

Mas, felizmente, como ocorre em todas as sociedades organizadas, sempre há quem não acredite nesse chatíssimo e deletério "mantra do impossível", que decretou antecipadamente a morte do turfe entre nós, marcou a missa de sétimo dia, sugeriu que se loteassem os hipódromos, e deu por encerrada sua missão. Assim é sempre muito fácil: declara-se a derrota, e vai-se embora para casa.

Entre os segmentos que não acreditam nessas histórias de morte anunciada – a maioria delas destinada apenas a assustar os incautos –, encontram-se, pela ordem, o dos criadores de animais de corrida e o daqueles que, não importam as razões e motivos, têm o turfe como sua segunda natureza.

São eles que continuam a produzir animais que vencem aqui e vencem no exterior; são eles que continuam a investir e importar matrizes e reprodutores; são eles que sabem que nada é impossível, ao contrário, tudo é perfeitamente possível e viável. E é a partir deles, que se está construindo, em meio à descrença e toda a sorte de dificuldades, um novo destino para a atividade entre nós.

Como já escreveu Claudio Ramos em brilhante artigo publicado aqui no Raia Leve, só não acredita que o movimento geral de apostas (MGA) em corridas de cavalo pode crescer, quem não acredita, nem nas corridas de cavalo, nem no Brasil.

Tudo é possível

Tange ao absurdo imaginar - em um país que hoje tem no setor agro-industrial (leia-se, o campo) um de seus mais efetivos núcleos de expansão econômica, e que concentra em torno de suas principais cidades uma população cada vez mais ávida por formas as mais diversas de lazer - que não haja mais público, nem interesse, pelas corridas de cavalo entre nós.

Como não faz nenhum sentido, imaginar que a paixão pelos cavalos – um dos raros seres da criação capaz de provocar emoção estética no homem, e isso desde tempos imemoriais – tenha saído de moda. O que saiu de moda, na verdade, foi a forma improvisada, através da qual hoje tratamos o turfe brasileiro, e tudo que a ele se refere.

O que saiu de moda, é a tendência equivocada de imaginar que turfe, aqui e no mundo, pode ser conduzido sem temor reverencial à sua liturgia, sem respeito aos seus postulados técnicos, e sem uma estrutura séria, independente, e racional de comando.

O que saiu de moda, é a brincadeira de fingir fazer turfe, sem, no fundo, acreditar, nem nele, nem no que se está fazendo. Esta brincadeira, há de se convir, já foi longe demais, já nos custou tempo, dinheiro, e empregos demais, já ofendeu demais a nossa sensibilidade, por mais cínica que ela possa parecer.

No quadro social do Jockey Club Brasileiro, ao alcance da mão, existem centenas de turfistas e não turfistas que, se convocados, dariam encaminhamento e solução a qualquer dos problemas – qualquer um – com que hoje se defronta o turfe do Rio de Janeiro. Repita-se, qualquer um.

Querem PhD’s em teoria dos jogos, gente que conhece matemática e cálculos a fundo, capazes de entender e melhorar a estrutura dos jogos de apostas hoje ofertada ao público? O quadro social do JCB tem esse tipo de profissional. Querem comissários de corrida ilibados, com vasta(íssima) experiência das regras de interferência na pista? Eles estão aí entre nós. Querem diretores capazes de supervisionar o trabalho das agências credenciadas, corrigir desvios de conduta, combater o jogo paralelo, fazer mais racional a programação de corridas, numa palavra, chefiar para valer o turfe do Rio de Janeiro? É só saber escolher quem.

O problema, porém, não está na disponibilidade de cérebros capazes de serem mobilizados para bem gerenciar o turfe do JCB. O problema está na incapacidade de distinguir com clareza quem é quem na atividade. E essa incapacidade advém, tão somente, de algo que adia qualquer esperança de sucesso: a incompetência do recrutador para distinguir entre o que é bom, e o que não é.

É como se no JCB dos últimos anos, o “head hunter” natural, ou seja, aquele que indica, elege, e nomeia, tivesse se tornado, não caçador, mas presa de suas vacilações, de seu desconhecimento, de suas perplexidades, e acabasse por perder a própria cabeça, ao invés de reuni-las em prol do bem comum da instituição.

Na verdade, ao invés de “head hunter”, o que temos hoje é um “hunted head”, perdido no processo de escolher rumos, caminhos, e pessoas, que transformem o turfe do JCB no que ele deve ser. E pode ser.

Não admira que nesse contexto, o MGA não evolua como deve, e tudo tenha, de repente, se transformado em campo de caça dos projetos e experiências os mais exóticos, desde a tentativa de derrubada das cocheiras das vilas hípicas com a inevitável diminuição do número de animais disponíveis para formação dos programas, à bagunça dos horários das corridas. A natureza abomina o vazio e, quando ele acontece, geralmente o substitui pela desordem e o caos.

Cavalos de corrida e sensibilidade

Sensibilidade, por definição, é a capacidade de compartilhar as emoções alheias ou de simpatizar. É sensível quem se comove com os outros, e insensível quem se mantém indiferente à emoção alheia.

Da mesma forma, quem se mantém indiferente à beleza e à alegria que os cavalos de corrida podem causar ao ser humano, em princípio, é insensível. Uma espécie de “Rinoceronte”, de Ionesco.

Apresentem um cavalo de corrida a uma criança e, imediatamente, se formará entre os dois um vínculo indissociável de curiosidade e simpatia. É muito simples entender este fenômeno. Mais do que nós, adultos, as crianças e os poetas são absolutamente abertos para tudo que implique emoção estética, a ciência (filosófica) da arte e do belo.

E nada pode ter mais simetria, nada pode ter mais ordem e mais equilíbrio, nada é mais facilmente abarcado pela visão de seu conjunto que um cavalo de corrida. Daí a instantaneidade da relação entre as crianças, os pintores, os poetas, e os cavalos de corrida.

Leonardo da Vinci os reproduziu em fantásticos desenhos, como símbolos da impetuosidade dos sentidos e da imaginação criadora, George Stubbs captou-lhes a anatomia e os movimentos em óleos soberbos, Picasso os fez serem conduzidos pacificamente pela mão das crianças ou aterrorizados pelos conflitos do homem como em Guernica, Degas os pintou em meio à explosão cromática das blusas de seus jóqueis, Sir Alfred Munnings os mostra em toda sua majestade de animais de competição, Roy Lichtenstein os pontilhou a pleno galope em sua pop art.

Os exemplos são inúmeros, seja nas artes plásticas, seja na literatura, seja em qualquer campo do conhecimento humano que discorra sobre aquilo que é realmente passível de admiração neste mundo. Pois cavalos de corrida são, em essência, algo assustadoramente belo. E como tal, significam uma alegria eterna, como escreveu John Keats aí em cima.

Por isso, não se entende que alguém ainda acredite e, pior, divulgue a balela de que os cavalos de corrida, e sua maior expressão no mundo moderno, o turfe, estejam em decadência. Não estão. Ao contrário.

Na Argentina, no dia do Pellegrini, o Jockey Club local geralmente fecha os portões a partir de determinada hora, pois ocorre não caber mais ninguém em San Isidro. Do Japão à África do Sul, dos EUA à Austrália, da França a Dubai, em Singapura, Macao, na Nova Zelândia, no Chile, onde quer que haja um hipódromo e cavalos correndo nos dias de gala do esporte, a multidão estará sempre presente.

E se não está por aqui – como sempre esteve – é porque algo de muito errado acontece neste momento ao turfe do Brasil. E se acontece, não é culpa do turfe, muito menos dos cavalos, e sim nossa exclusiva culpa.

Admitir o contrário, seria admitir que um povo essencialmente sensível, ao ponto do anímico e sonhador, como o povo brasileiro, perdeu sua capacidade de emocionar-se diante do que é belo e emocionante neste mundo. E isso não é absolutamente verdade.

O que os Jockeys Clubs do país têm a fazer, é pôr a mão na consciência e perceber que eles e eventualmente seus dirigentes – e não esse fantástico esporte –, é que estão na contra-voga do mundo desenvolvido. O que os Jockeys Clubs do país têm a fazer é gerenciar melhor seu turfe, e trabalhar para aumentar, e não diminuir, o número de cavalos de corrida, e os milhares de empregos gerados pela indústria em torno deles.

Pois foi aos Jockeys Clubs e seus dirigentes, e a mais ninguém, que foi dada, pelas leis do país, a tarefa de conduzir os destinos do turfe e da criação do cavalo de corrida nacional.

Se eles não sabem mais como fazer isso, deviam confessar suas limitações, ao invés de tentar nos convencer de que o turfe morreu entre nós.

E a única coisa que se pode recomendar a todas as pessoas sem fé, que hoje imaginam continuar dirigindo o turfe brasileiro, é que chegou a hora de darem o exemplo, juntando, sejam amigos, sejam seus pares de diretoria, e comprando um cavalo de corridas. Um só que seja, já basta para se estar mais próximo da atividade, e ser seguramente mais feliz.

pro Sergio Barcellos



Quer ser feliz? Compre um cavalo de corrida, por Sergio Barcellos



“A thing of beauty is a joy for ever.”

Parte expressiva da publicidade da France Galop, a instituição que dirige o turfe francês (9,8 bilhões de euros em apostas em 2010, 66.000 empregos diretos gerados, 2,0% do PIB daquele país), se concentra hoje no aumento do número de proprietários de cavalos de corrida. O conceito por trás disso é muito simples: sem proprietários não há turfe próspero e desenvolvido. Além do que, na França, proprietário é tratado a caviar pelas autoridades que dirigem o turfe local.

Basta abrir qualquer revista de turfe, e ver um anúncio em preto e branco que já se tornou tradicional: a foto de um grupo de amigos no hipódromo e, entre eles, a de um proprietário, cuja gravata é a única que aparece a cores, talvez para destacar a diferença que existe entre ser proprietário de cavalos de corrida e o resto da humanidade em torno.

O turfe francês, bem assim, o turfe europeu e o americano, estão, neste exato momento, incentivando cada vez mais a formação do que, por lá, se chama de "sindicalização da propriedade de cavalos de corrida."

Isso não é, nada mais, nada menos, que a reunião de várias pessoas em um mesmo Stud ou Coudelaria – quanto maior o número, melhor –, para ratear entre si os custos de manutenção do animal, sem perda do prazer e da alegria que este esporte pode proporcionar a quem dele participa diretamente.

A idéia da propriedade comum de um cavalo não é nova. O que é novo, é a ênfase que o turfe moderno vem dando aos "sindicatos" assim constituídos, desde que o grande reformador do turfe francês, o empresário Jean-Luc Lagardère, percebeu que sem fazer crescer o número de proprietários, seria impossível ampliar o mercado da indústria local do puro sangue de corrida e manter abertos, e funcionando, os centros de treinamento e os hipódromos do país.

Como isso se conjuga com a visão paroquial e, portanto, limitada de nossas sociedades promotoras de corridas é a grande questão a ser resolvida pelo turfe brasileiro.

Anos luz atrás

O PIB brasileiro está hoje entre os sete maiores do mundo; milhões de pessoas mudaram para melhor de classes de renda nos últimos anos; o país é o quinto maior destino dos investimentos internacionais, mas o turfe local continua vivendo em outro mundo, o mundo do atraso, alimentado por um pessimismo derrotista, e cercado de dúvidas as mais pueris.

A rigor, o turfe de nossas sociedades promotoras de corridas é um dos raros segmentos da atividade econômica brasileira onde ainda prevalece a síndrome do "complexo de vira-lata", enunciado pelo inesquecível Nelson Rodrigues.

Para as autoridades que dirigem a atividade entre nós, nada parece ser possível: não é possível aumentar o volume de apostas em corridas de cavalo, não é possível atrair público para o esporte, não é possível recuperar as magníficas instalações de nossos principais hipódromos, não é possível ampliar o mercado de trabalho em torno da atividade, não é possível criar mais cavalos, não é possível ter um número maior de proprietários, não é possível...não é possível...não é possível absolutamente nada. Esta parece uma atitude diante da vida, que tange a pulsão freudiana de morte.

De tanto olhar para o abismo de nossas "impossibilidades", o abismo acabou olhando para o ceticismo nato e hereditário que se instalou, ninguém sabe porque, no turfe brasileiro.

Mas, felizmente, como ocorre em todas as sociedades organizadas, sempre há quem não acredite nesse chatíssimo e deletério "mantra do impossível", que decretou antecipadamente a morte do turfe entre nós, marcou a missa de sétimo dia, sugeriu que se loteassem os hipódromos, e deu por encerrada sua missão. Assim é sempre muito fácil: declara-se a derrota, e vai-se embora para casa.

Entre os segmentos que não acreditam nessas histórias de morte anunciada – a maioria delas destinada apenas a assustar os incautos –, encontram-se, pela ordem, o dos criadores de animais de corrida e o daqueles que, não importam as razões e motivos, têm o turfe como sua segunda natureza.

São eles que continuam a produzir animais que vencem aqui e vencem no exterior; são eles que continuam a investir e importar matrizes e reprodutores; são eles que sabem que nada é impossível, ao contrário, tudo é perfeitamente possível e viável. E é a partir deles, que se está construindo, em meio à descrença e toda a sorte de dificuldades, um novo destino para a atividade entre nós.

Como já escreveu Claudio Ramos em brilhante artigo publicado aqui no Raia Leve, só não acredita que o movimento geral de apostas (MGA) em corridas de cavalo pode crescer, quem não acredita, nem nas corridas de cavalo, nem no Brasil.

Tudo é possível

Tange ao absurdo imaginar - em um país que hoje tem no setor agro-industrial (leia-se, o campo) um de seus mais efetivos núcleos de expansão econômica, e que concentra em torno de suas principais cidades uma população cada vez mais ávida por formas as mais diversas de lazer - que não haja mais público, nem interesse, pelas corridas de cavalo entre nós.

Como não faz nenhum sentido, imaginar que a paixão pelos cavalos – um dos raros seres da criação capaz de provocar emoção estética no homem, e isso desde tempos imemoriais – tenha saído de moda. O que saiu de moda, na verdade, foi a forma improvisada, através da qual hoje tratamos o turfe brasileiro, e tudo que a ele se refere.

O que saiu de moda, é a tendência equivocada de imaginar que turfe, aqui e no mundo, pode ser conduzido sem temor reverencial à sua liturgia, sem respeito aos seus postulados técnicos, e sem uma estrutura séria, independente, e racional de comando.

O que saiu de moda, é a brincadeira de fingir fazer turfe, sem, no fundo, acreditar, nem nele, nem no que se está fazendo. Esta brincadeira, há de se convir, já foi longe demais, já nos custou tempo, dinheiro, e empregos demais, já ofendeu demais a nossa sensibilidade, por mais cínica que ela possa parecer.

No quadro social do Jockey Club Brasileiro, ao alcance da mão, existem centenas de turfistas e não turfistas que, se convocados, dariam encaminhamento e solução a qualquer dos problemas – qualquer um – com que hoje se defronta o turfe do Rio de Janeiro. Repita-se, qualquer um.

Querem PhD’s em teoria dos jogos, gente que conhece matemática e cálculos a fundo, capazes de entender e melhorar a estrutura dos jogos de apostas hoje ofertada ao público? O quadro social do JCB tem esse tipo de profissional. Querem comissários de corrida ilibados, com vasta(íssima) experiência das regras de interferência na pista? Eles estão aí entre nós. Querem diretores capazes de supervisionar o trabalho das agências credenciadas, corrigir desvios de conduta, combater o jogo paralelo, fazer mais racional a programação de corridas, numa palavra, chefiar para valer o turfe do Rio de Janeiro? É só saber escolher quem.

O problema, porém, não está na disponibilidade de cérebros capazes de serem mobilizados para bem gerenciar o turfe do JCB. O problema está na incapacidade de distinguir com clareza quem é quem na atividade. E essa incapacidade advém, tão somente, de algo que adia qualquer esperança de sucesso: a incompetência do recrutador para distinguir entre o que é bom, e o que não é.

É como se no JCB dos últimos anos, o “head hunter” natural, ou seja, aquele que indica, elege, e nomeia, tivesse se tornado, não caçador, mas presa de suas vacilações, de seu desconhecimento, de suas perplexidades, e acabasse por perder a própria cabeça, ao invés de reuni-las em prol do bem comum da instituição.

Na verdade, ao invés de “head hunter”, o que temos hoje é um “hunted head”, perdido no processo de escolher rumos, caminhos, e pessoas, que transformem o turfe do JCB no que ele deve ser. E pode ser.

Não admira que nesse contexto, o MGA não evolua como deve, e tudo tenha, de repente, se transformado em campo de caça dos projetos e experiências os mais exóticos, desde a tentativa de derrubada das cocheiras das vilas hípicas com a inevitável diminuição do número de animais disponíveis para formação dos programas, à bagunça dos horários das corridas. A natureza abomina o vazio e, quando ele acontece, geralmente o substitui pela desordem e o caos.

Cavalos de corrida e sensibilidade

Sensibilidade, por definição, é a capacidade de compartilhar as emoções alheias ou de simpatizar. É sensível quem se comove com os outros, e insensível quem se mantém indiferente à emoção alheia.

Da mesma forma, quem se mantém indiferente à beleza e à alegria que os cavalos de corrida podem causar ao ser humano, em princípio, é insensível. Uma espécie de “Rinoceronte”, de Ionesco.

Apresentem um cavalo de corrida a uma criança e, imediatamente, se formará entre os dois um vínculo indissociável de curiosidade e simpatia. É muito simples entender este fenômeno. Mais do que nós, adultos, as crianças e os poetas são absolutamente abertos para tudo que implique emoção estética, a ciência (filosófica) da arte e do belo.

E nada pode ter mais simetria, nada pode ter mais ordem e mais equilíbrio, nada é mais facilmente abarcado pela visão de seu conjunto que um cavalo de corrida. Daí a instantaneidade da relação entre as crianças, os pintores, os poetas, e os cavalos de corrida.

Leonardo da Vinci os reproduziu em fantásticos desenhos, como símbolos da impetuosidade dos sentidos e da imaginação criadora, George Stubbs captou-lhes a anatomia e os movimentos em óleos soberbos, Picasso os fez serem conduzidos pacificamente pela mão das crianças ou aterrorizados pelos conflitos do homem como em Guernica, Degas os pintou em meio à explosão cromática das blusas de seus jóqueis, Sir Alfred Munnings os mostra em toda sua majestade de animais de competição, Roy Lichtenstein os pontilhou a pleno galope em sua pop art.

Os exemplos são inúmeros, seja nas artes plásticas, seja na literatura, seja em qualquer campo do conhecimento humano que discorra sobre aquilo que é realmente passível de admiração neste mundo. Pois cavalos de corrida são, em essência, algo assustadoramente belo. E como tal, significam uma alegria eterna, como escreveu John Keats aí em cima.

Por isso, não se entende que alguém ainda acredite e, pior, divulgue a balela de que os cavalos de corrida, e sua maior expressão no mundo moderno, o turfe, estejam em decadência. Não estão. Ao contrário.

Na Argentina, no dia do Pellegrini, o Jockey Club local geralmente fecha os portões a partir de determinada hora, pois ocorre não caber mais ninguém em San Isidro. Do Japão à África do Sul, dos EUA à Austrália, da França a Dubai, em Singapura, Macao, na Nova Zelândia, no Chile, onde quer que haja um hipódromo e cavalos correndo nos dias de gala do esporte, a multidão estará sempre presente.

E se não está por aqui – como sempre esteve – é porque algo de muito errado acontece neste momento ao turfe do Brasil. E se acontece, não é culpa do turfe, muito menos dos cavalos, e sim nossa exclusiva culpa.

Admitir o contrário, seria admitir que um povo essencialmente sensível, ao ponto do anímico e sonhador, como o povo brasileiro, perdeu sua capacidade de emocionar-se diante do que é belo e emocionante neste mundo. E isso não é absolutamente verdade.

O que os Jockeys Clubs do país têm a fazer, é pôr a mão na consciência e perceber que eles e eventualmente seus dirigentes – e não esse fantástico esporte –, é que estão na contra-voga do mundo desenvolvido. O que os Jockeys Clubs do país têm a fazer é gerenciar melhor seu turfe, e trabalhar para aumentar, e não diminuir, o número de cavalos de corrida, e os milhares de empregos gerados pela indústria em torno deles.

Pois foi aos Jockeys Clubs e seus dirigentes, e a mais ninguém, que foi dada, pelas leis do país, a tarefa de conduzir os destinos do turfe e da criação do cavalo de corrida nacional.

Se eles não sabem mais como fazer isso, deviam confessar suas limitações, ao invés de tentar nos convencer de que o turfe morreu entre nós.

E a única coisa que se pode recomendar a todas as pessoas sem fé, que hoje imaginam continuar dirigindo o turfe brasileiro, é que chegou a hora de darem o exemplo, juntando, sejam amigos, sejam seus pares de diretoria, e comprando um cavalo de corridas. Um só que seja, já basta para se estar mais próximo da atividade, e ser seguramente mais feliz.

pro Sergio Barcellos



Bolsonaro relacionou morte de juíza a sua postura com os réus

Bolsonaro relacionou morte de juíza a sua postura com os réus

O deputado estadual pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), afirmou na manhã desta sexta-feira, em sua página no Twitter, que a juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), assassinada na madrugada de hoje, tinha o costume de "humilhar gratuitamente réus". Para o deputado, a magistrada colecionava muitos inimigos, "não pelo exercício da profissão", mas por suas supostas atitudes de humilhação.

"Que Deus tenha essa juíza, mas a forma absurda e gratuita com que ela humilhava policiais nas sessões contribuiu para ter muitos inimigos", afirmou. Diante da repercussão negativa de sua frase na rede de microblogs, Flávio Bolsonaro completou: "A patrulha do politicamente correto e os 'pré-conceituosos' começam a botar palavras na minha boca sobre a morte da juíza... repudio a morte da juíza, apenas disse que ela teria muitos inimigos, não pelo exercício da profissão, mas por humilhar gratuitamente réus".

"Cansei de receber em meu gabinete policiais e familiares, (...) acusando-a de chamá-los de 'vagabundo' e 'marginal' nas oitivas. Orientava sempre que deveriam formalizar denúncia no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra ela, por abuso de autoridade, nunca para tomar atitude violenta contra ela", disse.

CURTAS-AMORIM

* Entramos na semana da XXVII edição da maior festa do turfe cachoeirense. Além de Fernando Veloso da Silveira Jr. (emprestará seu nome à prova máxima), João Eraldo e Gilda Krambech, Giselto Krützmann (Haras Di Cellius), Tenente Rau Amarante (ABC), Vitor Hugo Guimarães Barnasque e Marcos Rizzon (Jornal do Turfe) serão homenageados durante o festival.

* Luciano Fortes, líder do movimento de retomada das corridas no alto do Amorim, adquiriu em Claiming no Cristal o útil Puglia. Este filho de Public Purse provavelmente correrá o GP Cachoeira.

* Respondendo ao Ribas (cavalo branco - JT nº 851, pág. 8): não há nenhum interesse escuso nem por parte do presidente Sérgio, nem de nossa e de nosso grupo. Até onde se sabe todos pautam suas vidas (profissional e pessoal) pela probidade e pela ética, o que ocorre é que um projeto que acendeu à frente o Amorim em novembro de 2010 não vinha promovendo o mister de um clube promotor de corridas. Desde a reunião do dia 17/7 a organização das corridas ganhou outro formato e a crescente chegada de novos animais à vila hípica local mostra que a solução foi acertada;

* Quero agradecer aos amigos Alesandro Niemckzewky (Pelotas) e Matheus Rodrigues (Santa Maria) pelos votos na passagem do 1º aniversário do Augusto.

* O GP Brasil deste ano gerou “emoções que só o turfe proporciona” como diria o Balla. A vitória do Belo Acteon consagrou o projeto do Aluizio Merlin Ribeiro. E o Gameiro (certamente escreverá sobre isto) já havia falado das qualidades reprodutivas do Acteon Man, bem como do pouco aproveitamento deste útil filho do Be My Chief.

* Ver a farda que levou o Starman à conquista do bicampeonato do nosso Bento Gonçalves, coroar o tetracampeonato do fenômeno Guignoni na prova máxima do turfe brasileiro (teve gente que chamou-o de louco ao inscrever o Belo Acteon) e dar o debut ao H.Fernandes em um Brasil foi realmente de “tirar o chapéu”.

* Que o Hélio Gonçalves seja bem-vindo às páginas do JT com sua coluna “O Craque”. Substitui ao Marco Aurélio Ribeiro.

* Deixaremos a descrição das emoções dos demais páreos a cargo dos demais colunistas (nossas curtas não podem virar longas, como já fomos advertidos pelo chefe), bem como ao Rizzon que conferiu in loco tudo o que a festiva transmissão (e não) mostrou.

* Durante uma festa sempre as notícias desagradáveis são deixadas de lado. É bom que não esqueçamos que nunca na história (pelo menos a recente) do turfe carioca viveu-se uma situação de, na véspera do GP Brasil, um programa de corridas passar em branco. Com informações divergentes nos sítios do JCB e Raia Leve esperamos que a situação seja revertida (a Justiça já corrigiu alguns equívocos) e que os profissionais sejam valorizados, pois são os verdadeiros responsáveis pelo espetáculo.

por Igor Noronha - igornoronhadefreitas@yahoo.com.br

TEM RETA EM TRIUNFO NESTE FINAL DE SEMANA

TEM RETA EM TRIUNFO

* Neste final de semana - 13, 14 e 15 de agosto -, na Hípica Ferreira será disputada a Iª Penca da Moto, tendo como homenageados Maninho Moreira, Juju e Juarez Tavares, em 400m, reservado a Produtos PSI da Geração 2008 inéditos (convidados), devidamente registrados no S.B.B.. Premiação: Uma moto 0Km ao proprietário do vencedor e uma TV Plasma 20 polegadas + comissão ao treinador do ganhador.



* Prováveis participantes:




* INFORMAÇÕES: (51) 9762-7514 (Claudio), (51) 8424-3965 (Claudio Azevedo) e (51) 9615-6866 (Julio).

Gávea, sexta feira, 12/08. comentários e indicações

1° Páreo: Com carreira para mais, Bizonte é capaz de voltar a correr bem e chegar brigando pelo primeiro posto. Bombardão vem de bom segundo e corre o claiming pela primeira vez, mas, como atuou há apenas três dias, fica como segundo nome. Limão Doce, a seguir.

BIZONTE (2) – BOMBARDÃO (6) – LIMÃO DOCE (1)



2° Páreo: Agora pelo menor caminho, Velvet Prada pode deixar o perdedor. Desejada Event tem ótima raça, estreia direto na areia e deve figurar com destaque. Qua e Lá, ameaça.

VELVET PRADA (1) – DESEJADA EVENT (5) – QUA E LÁ (2)



3° Páreo: Kikana vem enfrentando turmas melhores e, aqui, é capaz de atropelar de cruzar o disco na ponta. Sempre por perto, Apache Hill surge como opção viável para o Pick 7. Dos demais, Messala, ainda que esteja misturado com os mais novos.

KIKANA (1) – APACHE HILLL (8) – MESSALA (5)



4° Páreo: Muito regular em suas apresentações, Overbold tem leve destaque no “início” do segundo Pick 3. Quatre Saisons é a mais veloz do lote, volta descansada e pode se reabilitar. Golden Gadget há muito tempo não encara um páreo tão acessível.

OVERBOLD (3) – QUATRE SAISONS (2) – GOLDEN GADGET (4)



5° Páreo: Barcelona Xhow, mais do que encabulada no perdedor, e Lady Winner, que vinha enfrentando páreos de turma, prometem bela disputa nos metros decisivos. Amparada por uma boa vitória no Tarumã, Kármine é alternativa viável na prova.

BARCELONA XHOW (2) – LADY WINNER (1) – KÁRMINE (7)



6° Páreo: Páreo mais complicado do programada, onde, Site Oficial reaparece “desenturmado”. Caminho do Bem é o mais novo do lote, vai leve e pode dar trabalho. Patota de Cosme e Senhor Juli também estão na parada.

SITE OFICIAL (4) – CAMINHO DO BEM (6) – PATOTA DE COSME (2)



7° Páreo: Just Let Me Pass vem de vitória convincente e é força no início do Open Betting. Sempre por perto, Vital Class pinta como principal rival do conduzido do Lavor. Ausone sobra muito no páreo e, caso não sinta a longa ausência das pistas, deixa o segundo longe.

JUST LET ME PASS (5) – VITAL CLASS (2) – AUSONE (4)



8° Páreo: Puro retrospecto, Gino-Ferri pode emplacar mais uma vitória para o Stud Smurfs. Super Flash largou em baliza desfavorável na última, ainda assim, correu bastante e, hoje, é inimigo certo. Enamorador volta repicado – correu dia 09/08 – mas, ainda assim, merece atenção.

GINO-FERRI (1) – SUPER FLASH (5) – ENAMORADOR (9)



9° Páreo: Sugar Baby, no rigor do Mazini, pode chegar a 12ª vitória de sua campanha. Las Lilas conta com boa descarga e parece mais bem colocada no percurso. Aini e Xata são as outras forças do páreo. Carreira perigosa.

SUGAR BABY (11) – LAS LILAS (6) – AINI (2)


Por Celson Afonso

Em nota, Ajufe chama juíza assassinada de "mártir'

Em nota, Ajufe chama juíza assassinada de "mártir', condena falta de segurança e pede apuração "rigorosa" do caso

A juíza criminal Patrícia Acioli, assassinada em Niteroi (RJ) na noite dessa quinta-feira (11)

A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) divulgou nota nesta sexta-feira (12) em que pede a “apuração rigorosa” da execução da juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, no Rio, assassinada em Niterói ontem (11) à noite. A nota, que chama a juíza de “mártir da magistratura no combate ao crime”, assinala que ela foi “assassinada brutal e covardemente”, a despeito de ameaças anteriores, repudia a vulnerabilidade de magistrados federais que atuam na área criminal, a exemplo da vítima, e manifesta solidariedade a familiares e amigos.

A juíza recebeu pelo menos 16 tiros de pistola calibres 40 e 45 durante uma emboscada na localidade de Timbau. A polícia acredita na hipótese de emboscada e crime encomendado. A juíza estava sem seguranças quando foi atacada.

Patrícia era um dos 12 nomes de uma “lista negra” marcada para morrer, encontrada com um suspeito de tráfico de drogas detido no Espírito Santo. A magistrada era conhecida pelo combate ao narcotráfico.

Na nota, a Ajufe destacou que Patrícia já tinha tido o seu carro metralhado anteriormente, além de ameaças também anteriormente recebidas. “E mesmo assim não tinha qualquer segurança à sua disposição. No ano passado, dezenas de juízes federais que julgam o narcotráfico internacional e o crime organizado também foram ameaçados em decorrência de suas atividades, estando potencialmente vulneráveis à violência todos os magistrados federais que exercem jurisdição criminal”, diz trecho.

Ainda conforme a Ajufe, é comum magistrados deixarem a competência criminal dom receio de ser mortos, “pois o Estado não lhe dá a segurança necessária. Isso faz com que a sociedade fique a mercê”, diz a associação. O Congresso Nacional também foi criticado pela Ajufe.

“Esse estado caótico, em especial, a falta de segurança, motivou uma paralisação nacional das atividades dos juízes federais no último dia 27 de abril, que mobilizou mais de 90% da carreira. O PLC (projeto de lei complementar) 03/06 que cria a polícia judiciária vinculada ao Poder Judiciário para fazer a segurança dos juízes, e cria o órgão colegiado para julgar organizações criminosas e o narcotráfico internacional, para dar maior proteção a esses magistrados, encontra-se paralisado no Congresso Nacional por corporativismos injustificáveis”, destaca a nota, que questiona: “Quem será a próxima vítima?”.