Jeane Alves
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
JOCOSA - A Magnífica do Stud Jardim Botânico
A bela e raçuda Jocosa, com Luiz “homem-do-violino” Rigoni a bordo, é recebida pelo consagrado “turfman” Roberto Faria depois de laurear-se no “G.P. Outono” (09.04.1950), a 1ª Prova da Tríplice Coroa, no Hipódromo da Gávea.
Nascida no histórico Haras Bela Esperança (SP), em 1946, a zaino Jocosa (Seventh Wonder e Palmron, por Stayer) foi mais um dos rebentos gerados no estabelecimento de José Paulino Nogueira – tal como Garbosa Bruleur e Hamdam – a tornar-se líder absoluta de sua geração na Gávea.
Sua bela campanha traduziu-se em grande número de vitórias, quase todas nobres. Treinada por Claudemiro Pereira (Rio de Janeiro) e Francisco V. Navarro (Cidade Jardim), representou as sedas “encarnado e branco, em listras horizontais” do Stud Jardim Botânico até 1950, cujo sócio maior era o “turfman” Euvaldo Lodi; tendo passado integralmente para seu nome a contar de 1951, levando então sua farda “solferino e azul, em listras verticais”.
Recuperando inicialmente todas as suas vitórias, primeiramente na Gávea: 05.03.1949 (estreia) – 800m, sobre Irtaca e outras; 19.03.1949 – “Clássico Pereira Lima (1.200m), em 59”3/5, com Luiz Rigoni, sobre Irtaca, Móka e outras; 16.04.1949 – “Clássico Barão de Piracicaba” (1.200m), em 1’12”4/5, com Luiz Rigoni, sobre Irtaca, Cyclamen e outras; 28.05.1949 – “Clássico Luiz Alves de Almeida” (1.400m), em 1’25”3/5, com Luiz Rigoni, sobre Jutlandia, Tintureira e outras; 13.08.1949 – “Clássico Paulo Cezar” (1.600m), em 1’41”1/5, com Luiz Rigoni, sobre Mirapiara, Cyclamen e outras; 09.10.1949 – “G.P. Alfredo Santos” (2.000m), em 2’08”1/5, com Francisco Irigoyen, sobre Furiosa, Lys e outras; 16.10.1949 – “G.P. Linneo de Paula Machado” (Grande Criterium), em 2.000m (grama), na marca de 2’03”4/5, com Francisco Irigoyen, sobre Espantoso, Luar e outros; 28.03.1950 – “G.P. Henrique Possolo” (1.600m - GP), em 1’42”, com Luiz Rigoni, sobre Mirapiara, Lily, Lupina, Notícia e Sarah Bernhardt; 09.04.1950 – “G.P. Outono” (1ª Prova da Tríplice Coroa, em 1.600m (GÚ), no tempo de 1’38”2/5, com Luiz Rigoni, sobre Irresistível, Guaruman, La Flèche, Invictus, Impávido, Irrequieto, o gauchinho Carcel, Toropi, Mirapiara, Attacker, Nácar, Falindor e Campeador; 07.10.1950 – “Prêmio Cândido Egydio de Souza Aranha” (2.000m - GL), em 2’05”, com Cândido Moreno, sobre Cyclamen, Lentejoula, Helas, Altamira e Notícia; 26.11.1950 – “G.P. Mariano Procópio” (2.000m - GP), em 2’09”4/5, com Cândido Moreno, sobre La Flèche, Cojuba e Lentejoula; 22.04.1951 – “G.P. Gervásio Seabra” (1.600m - GP), em 1’42”2/5, com Luiz Rigoni, sobre Loretta, Fairplay, Honolulu, Manguari, Gulfstream e Mon Talisman; 31.05.1952 – Handicap Especial Numa do Rego Macedo (1.400m - AL), em 1’26”3/5, com Luiz Rigoni, sobre Camaleão, Lover’s Moon, Toribio, Espumoso, Punitaqui, Bacon, La Coruña, Tirolés e El Tigre. Em Cidade Jardim, somou mais dois êxitos em rápida gira: 08.04.1951 – “Prêmio Velocidade” (1.000m - GÓ), em 59”8/10, com René Zamudio, empatada com a égua argentina Easy Money, à frente de Cascade, Amy, Tarentaise, La Flèche e a gauchinha Alceste; 06.05.1951 – “G.P. SÃO PAULO” (3.000m - GÓ), em 3’08”, com Olavo Rosa, sobre Faaimbé, Quejido, Pewter Platter, Darwin, Delfox, Ínclito, Robal, Master Robin e Torpedo.
Suas mais destacadas colocações na Gávea foram: 2º para Furiosa (Clássico Francisco Vilella de Paula Machado - Criterium de Potrancas - 1.600m - grama), quando perdeu sua invencibilidade, em 1949; 4º para La Flèche (G.P. Inaugural - 1.000m - GL), 3º para La Flèche (G.P. Cordeiro da Graça - 1.600m - GÚ), 3º para Cyclamen (G.P. Marciano de Aguiar Moreira - 2.400m - GL), 3º para Tirolesa (G.P. Diana - 2.400m - GP) e 2º para Fairplay (G.P. Consagração - 2.000m - GP), todas em 1950; 2º para Manguari (G.P. Presidente Vargas - 2.000m - GM), 2º para Tirolesa (G.P. Onze de Julho - 1.600m - GL), 2º para Tirolesa (G.P. Duque de Caxias - 2.000m - GL) e 3º para a mesma Tirolesa (G.P. Diana - 2.400m - GL), estas em 1951; 4º para Shahpur (Handicap Especial Luiz de Suckow - 1.600m - AP), 2º para Retouche (G.P. Onze de Julho - 1.600m - GL), 2º para Duty (G.P. Duque de Caxias - 2.000m - GÚ) e finalmente 4º para Platina (G.P. Diana - 2.400m - GL), já em 1952. No Hipódromo Paulistano foram duas as colocações de Jocosa: 2º para Furiosa (G.P. Diana - 2.000m - GP), em 1949; 2º para La Flèche (Prêmio Remonta e Veterinária do Exército - 1.000m - GB), em 1951.
Está resumida a ficha da ótima Jocosa, uma das melhores éguas do turfe nacional em todos os tempos, por nós alcunhada como “a Magnífica”. Ela merece! Na reprodução, Jocosa foi “mare” bastante fértil no Haras Ipiranga (SP), tendo como filhos mais conhecidos Bergerac (Flamboyant de Fresnay), Citadelle (Fairy King), Dalila (Manguari), Elaine (Kameran Khan) – mãe do bonito King Sun (Flamboyant de Fresney) – e Fiorellina (Four Hills).
por Marco A. de Oliveira
transc. Site Jornal do Turfe
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