Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

sábado, 24 de dezembro de 2011

Cavalo Piquira


Surgiu no sul do estado de Minas Gerais, região do campo das vertentes e no Triângulo Mineiro, espalhando se por Goiás, Bahia e demais estados do Nordeste. Hoje em dia está difundida em todo o Brasil. O Piquira era criado sem diretrizes uniformes até que em 1970 se constituiu, em Belo Horizonte, a Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Piquira e Pônei, que a partir de 1978 passou a denominar-se Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Pônei.
A Raça Piquira se formou a partir de um lastro étnico de várias naturezas assim relacionadas:

Miscigenação das raças eqüinas introduzidas durante a colonização do Brasil, com éguas nativas de pequeno porte.

Produtos que na seleção da raça Pônei Brasileiro, modificaram sua morfologia, seu porte e dinâmica de locomoção.

Grupo de indivíduos que sofreram um processo de atrofia por consangüinidade estreita, alimentação, clima e outros fatores. São as outras raças marchadoras nacionais. Esse ramo é o que teve menor influência.

Produtos oriundos de uma evolução natural, onde por circunstâncias de clima, alimentação e seleção funcional, chegaram a um tipo que consideramos ideal para a composição desta raça. Não possuem origem exclusiva de regiões áridas do sertão, como querem alguns, quando os chamam, impropriamente, de “caatingueiros”. Esses espécimes foram identificados em regiões diversas e com padrões bastante próximos.

É um belo Pônei de cabeça refinada com perfil retilíneo, olhos expressivos, narinas amplas e flexíveis. Seu pescoço possui forma piramidal de inserções harmoniosas e crinas finas e sedosas. Cernelha bem definida, peito amplo e profundo, costelas longas e arqueadas, dorso-lombo curto, reto e musculado, garupa longa, proporcional inserida harmoniosamente ao lombo e suavemente inclinada. Membros de ossatura forte e delicada, bem aprumados.

O Padrão Racial prevê altura ideal de 1,22 m para machos e 1,20m para fêmeas, sendo 1,30m a altura máxima para machos, 1,28m a altura máxima para fêmeas e 1,15 é a altura mínima para ambos. A essência desta raça é o andamento marchado e cômodo.

O Piquira é um cavalo tipo Sela que se iguala em qualidade às tradicionais raças que se locomovem em tríplice apoio, sendo o menor marchador geneticamente selecionado. Trabalhador, ágil e incansável o cavalinho se presta, e muito, para os serviços da fazenda. Portador de grande agilidade, o Piquira pode ser utilizado em todas as modalidades hípicas, como o salto, as provas funcionais, o charreteamento, cavalgadas e principalmente, concursos de marcha, sua maior vocação.

Pelo seu pequeno porte, grande rusticidade e resistência ao esforço físico, docilidade, fácil manejo e, sobretudo por ser marchador, o Piquira é o preferido na lida da fazenda, trabalhando com rapidez e agilidade em ladeiras, trilhas de gado, cerrados e capoeiras. Muito conhecido como “o cavalo da porta”, para qualquer eventualidade, sempre disposto e paciente, transporta seu cavaleiro com segurança mesmo nos terrenos mais pedregosos, íngremes ou escorregadios.

É o cavalo ideal também para pequenas propriedades, por ser menor, ocupar menos espaço e consumir menos alimentos. O cavalo Piquira é no Brasil, o cavalo da garotada. Não há montaria que se iguale nessa destinação ímpar de iniciar hoje os cavaleiros do amanhã e despertar vocações para o campo.

Na verdade não existe nenhum eqüino mais apropriado ao inicio da equitação infantil do que o Piquira, pois este é o único corcel que reúne extrema facilidade de condução aliada à marcha cômoda, com rara beleza e aquela proporcionalidade que deve existir entre o porte do cavaleiro mirim e o de sua montaria.

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