Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

sábado, 6 de agosto de 2011

Grande Premio Brasil, curiosidades do GP Brasil VII

2003 – Uma vitória, até certo ponto, surpreendente, do nacional Lord Marcos, que correu como devem ser utilizados os descendentes de Clackson, no caso o pai. Clackson era um cavalo forte, bem feito, que corria distâncias maiores e sempre na frente. Ele transmitiu essa característica e, aproveitá-la já era um passo para vencer. Lord Marcos tinha problemas nos anteriores, mas era valente e, bem corrido pelo jóquei M. Almeida, tomou a ponta na largada e nela se manteve até o disco final, vencendo por boa margem. Era de criação do Haras Anderson. O 2º foi, o também nacional, Itsbestand.

2004 – Thignon Boy, um paranaense de criação do Haras Valente, venceu em 2004. Era filho de Thignon Lafré este, um bom ganhador clássico do Haras Malurica, SP, por sua vez, filho do importado Henri Le Balafré, que veio para o Posto de Monta do Jockey Club de São Paulo e resultou em um excelente reprodutor. O 2º colocado foi Evil Knievel, que terminou por ser exportado para Dubai.

2005 – Velodrome foi o vencedor, nascido no Haras Dar-El-Salam, PR. O 2º colocado, Pestanita, entrou na última reta com muito boa vantagem e, quando o páreo já parecia decidido, Velodrome, conseguiu alcançá-lo de forma sensacional. Velodrome, filho do importado francês Booming, foi pouco depois exportado.

2006 - Dono da Raia, um filho de Hibernian Rhapsody, criado pelo Haras São Quirino, SP, havia vencido o G.P. São Paulo com uma arrancada impressionante, o que fez dele, grande favorito do G.P. Brasil de 2006. Montado pelo gaúcho Marcelo Gonçalves, que se iniciou em Carazinho, RS, passou pela Gávea e acabou radicando-se em Cidade Jardim. Dono da Raia seria imbatível caso repetisse a sua espetacular exibição de maio, na capital paulista. E foi o que aconteceu, guardado ao máximo, com muita calma e precisão, Dono da Raia só correu nos últimos 400 metros e, com uma violenta atropelada, levantou, com méritos, o G.P. Brasil em agosto. Foi exportado, comprado pelos árabes. O 2º colocado foi, o também naciona,l His Friend.

2007 - No último ano dessa apreciação das curiosidades nos primeiros 75 anos do Grande Prêmio Brasil, o nacional L’Amico Steve, um filho de Spend A Buck, de criação do Haras Old Friends, Bagé, RS, foi um ótimo ganhador. Na primeira fase da sua campanha nas pistas, L’Amico Steve não dava mostras de um futuro altamente promissor, correndo em distâncias menores sem maiores destaques. Foi inscrito em páreo de “claiming”, onde encontrou comprador. Em novas mãos, mais maduro, recebendo nova orientação, L’Amico Steve foi para os clássicos paulistas de distâncias maiores, e firmou-se como um dos melhores. A vitória no G.P. Brasil não foi por acaso, ganhou com todos os méritos. L’Amico Steve, por conta de seus proprietários brasileiros, foi para Dubai, para a temporada clássica de 2008.

OBSERVAÇÕES:

1 – O G.P. Brasil é sempre uma grande atração. Turfistas de todos os cantos vêm ao Rio. É um grande encontro de amigos.

2 – Muitos dos ganhadores, estiveram aqui só de passagem, apenas, para correr a prova. Outros terminaram por ser exportados. Além disso, há casos de mortes e, ainda, dos que foram para a reprodução e não receberam oportunidades cabíveis e suficientes para o sucesso na criação. Em um passar de olhos nos ganhadores, 5 ganharam duas vezes, e com 5 éguas vitoriosas, diminuindo os citados 70, para 65, machos ganhadores. Os cinco vencedores por duas vezes, foram os nacionais Albatroz, Helíaco, Zenabre e Villach King, e, ainda, o argentino Gualicho. As cinco éguas foram as nacionais Off the Way, Anilité e Queen Desejada, e as argentinas Tiroleza e Fitz. Os demais machos ganhadores são assim divididos: 38 do Brasil, 20 da Argentina, 5 do Uruguai, 1 da França e 1 do Chile.

3 – Alguns dos principais ganhadores do G.P. Brasil mostraram-se inférteis, por exemplo, dentre outros, os nacionais Farwell e Narvik. Os estrangeiros Gualicho, Tatan, Manhangá e Arturo A, tiveram fertilidade zero, ou quase zero e, sem maior sucesso, exceto um ou outro caso, como garanhão importante.

4 – Na reprodução, das três nacionais, Off the Way morreu no final da campanha nas pistas, Queen Desejada ingressou recentemente no Haras TNT, e Anilité produziu entre outros, dois ganhadores de Grupo: Janilité e Omnium Leader. Anilité era de propriedade do Haras Santa Ana do Rio Grande. Das duas argentinas, Tiroleza tinha ovários infantis e foi transformada de égua inadequada para a reprodução em vigoroso macho, de Fitz, não tenho notícias.

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