Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cavalos, A Segunda Estirpe

A criação de uma raça de cavalos cada vez mais adequada às corridas continuou recebendo o apoio dos monarcas, da nobreza e da aristocracia na Inglaterra. O rei William III fundou o Stud Real em Hampton Court e, posteriormente, em 1695, contratou um cidadão chamado Tregonwell Frampton para tratar dos cavalos da coudelaria real, estabelecendo desta forma a profissão de treinador profissional do turfe.
Em 1703, uma aristocrata adquiriu um garanhão do xeque Mirzar, criador de cavalos Árabes da linhagem Managhi, uma das mais importantes até os dias atuais. Após muita confusão, na qual o aristocrata de Yorkshire alegava que o xeque estaria quebrando a palavra dada, rompendo o trato de venda, e do xeque, por sua vez, alegando que não havia sido pago, o fato é que o inglês conseguiu confiscar o garanhão, leva-lo para a Inglaterra e, como era de hábito, dar o seu nome ao animal: Darley Arabian, o fundador da mais expressiva das três linhagens Paternas.
O Darley Arabian foi pai de Flying Childers, considerado o mais veloz animal do turfe inglês de todos os tempos, mas sua linhagem não teve continuidade através deste campeão. Foi outro filho, carreirista apenas modesto, Bartlet’s Childers, que gerou a Squirt, pai, de Maske, um campeão que, por sua vez, foi pai do grande campeão invicto e chefe de raça, Eclipse. Seus filhos King Fergus e Pot-8-os geraram dois ramos que dominam cerca de 85 por cento do turfe internacional de hoje.


Seria impraticável citar os grandes campeões e chefes de raça destes ramos, através dos séculos. Só o legendário St. Simon, por exemplo, se desdobrou em nada menos que cinco novas dinastias, que nos dias atuais nos brindaram com Ribot, Round Table e Sicambre entre outras. Ainda descendendo de Darley Arabian temos as linhagens de Son-in-Law (que nos deu Adil); de Oleander (cujo filho Orsenigo foi pai do nosso insuperável Escorial); de Hyperion (linhagem que nos deu campeões como Farwell e Duplex entre centenas de outros); de Asterus (cujo filho Formasterus foi pai do nosso célebre Helíaco). Esta linha pertence ao chefe de raça Teddy, do qual descendeu Vomage (Brz) e Off The Way (Brz), entre outros.
Deixando de lado as implicações da estirpe do Darley Arabian no nosso turfe diretamente, citamos nomes que dominaram e dominam a quase totalidade dos grandes prêmios mundiais: Blandford, Donatello, Sir lvor, Congreve, Citation, Kelso, e omitimos mais uma centena de nomes para dar espaço a Phalaris, pai de Fairway e Pharos.
Estamos, então, diante da maior explosão de genialidade eqüina. Por Fairway chegamos a Fair Trial, a Petition, Court Martial, Brigadier Gerard, etc. Através de Pharos vamos a Pharis, a Nearco e toda a constelação que descende deste: Nasrullah, Ballymoss, Never Say Die, Nashua, Mill Reef, Northern Dancer, Nijinsky,Gren Dancer, Ghadeer , Nureyev, Shirley Heights, Darshaan , Blushing Groom, Seattle Slew, Riverman, Danehill, sobretudo Bold Ruler, pai de uma dúzia de campeões como Secretariat. No Brasil, com grande destaque do ramo de Nearco, I Say (pai de Clackson) e Tumble Lark. De Phalaris também foi filho Pharamond (cujo ramo deu Tom Fool e Sickle (de quem descendem Polynesian, Native Dancer , Mr.prospector, Fappiano , Roi Normand, Buckpasser, etc…
Efetivamente, a estirpe de Darley Arabian e seus inúmeros ramos dariam uma edição especial do PSI, senão uma coletânea em fascículos. . .

crédito Turfecia

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