O prefeito Gilberto Kassab foi informado em março deste ano da existência de um esquema de cobrança de propina de políticos sobre a administração da Feira da Madrugada, que reúne 4.500 feirantes na região central da capital de São Paulo, informa reportagem de Daniela Lima e Vera Magalhães, publicada na Folha desta sexta-feira (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Kassab recebeu uma carta do empresário Geraldo de Souza Amorim, que comandou o espaço por cinco anos. Ele relatou ser alvo de chantagem, ameaça e cobrança de propina e citou políticos do PR como o deputado Valdemar Costa Neto.
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Procurada pela reportagem, a assessoria do prefeito Gilberto Kassab confirmou o recebimento de carta enviada pelo empresário, mas disse que ele não a leu. Segundo informou, Kassab encaminhou o documento "à Corregedoria para apuração, assim como fizeram seus secretários".
De acordo com a prefeitura, a investigação das acusações já está em curso. "Se houver algum indício de crime, a Corregedoria irá repassar o caso à polícia", afirmou.
Reportagem publicada na quinta-feira pela Folha informa que o vereador Agnaldo Timóteo (PR) mandou carta em papel timbrado da Câmara Municipal de São Paulo a Geraldo, um antigo aliado, em que menciona cobrança de propina por "oportunistas" de seu partido e cita o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP).
Ainda na quinta-feira, o Ministério Público Federal determinou que a Polícia Federal abra um inquérito para apurar o conteúdo da carta do vereador Agnaldo Timóteo (PR). No requerimento enviado à PF para a abertura do inquérito, a Procuradoria indicou que seja ouvido, "com urgência", o vereador.
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