A mais românica linhagem pertence ao garanhão Godolphin Barb, um cavalo também Árabe que foi dado ao rei Louis XV de França pelo sultão do Marrocos. Da coudelaria real o cavalo foi acabar puxando carroça nas ruas de Paris, onde Edwin Coke, um inglês conhecedor de cavalos, chegou à conclusão de que se tratava de um representante da linhagem Árabe denominada Jilfan, uma das mais imponentes daquela raça, cujos animais atingiam acima de 1m52 na cernelha, numa época em que raros eram os cavalos Árabes que ultrapassavam a altura de 1m45. O cavalo foi comprado, levado à Inglaterra e vendido ao conde de Godolphin, em 1730.
Segundo a difundida versão romântica, o garanhão teria atacado e derrotado em combate o principal campeão do conde, merecendo, assim, a honra de assumir o harém de éguas matrizes da criação Godolphin. Seja fato ou fantasia, o Godolphin Barb gerou o campeão Cade, que foi pai do excepcional Matchen, um campeão que viveu até os 33 anos de idade e deixou uma linhagem que sobrevive até nossos dias sem haver sido muito ramificada, sendo a mais hermética das três estirpes mundiais.
Neste século, dois ramos se destacaram, o de Hurry On (que deu Precipitation, da qual descende Henri Le Balafré, 2 cavalos influentes na criação brasileira, e Coronach, pai de Corrida, a mãe do nosso grande raçador, Coaraze e o ramo de Man O’War, o imortal ídolo dos Estados Unidos, do qual foi filho o Tríplice Coroado americano War Admiral.
A descendência de War Admiral foi primordial na nossa criação, através de Locris e Nordic, em passado recente aqui no Brasil.
Nenhuma outra raça eqüina, nem mesmo a Árabe que foi a raçadora do Puro Sangue Inglês possui registros genealógicos tão perfeitos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário