Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

sábado, 8 de outubro de 2011

PAPO DE TURFE – Com Antonio Quintella

Estreando a nova coluna do site do Jockey Club Brasileiro, o Papo de Turfe, onde personalidades de diferentes setores do esportes serão entrevistadas, Antonio Landim Meirelles Quintella, sócio efetivo do clube desde 1984, diretor comissário de corridas entre 1992 e 1996 e titular do Stud Quintella.

Como conheceu o turfe?

AQ: Tomei conhecimento do turfe na infância por influência familiar e pela proximidade de minha residência do Hipódromo Brasileiro.

O que as corridas de cavalos representam para você?

AQ: As corridas e a convivência no turfe representam um encontro de pessoas, estilos e inteligências. Procuro me situar dentro destas vertentes em benefício do cavalo de corrida que é minha maior paixão.

Quais são melhores cavalos que já viu correr?

AQ: Melhores nacionais que vi atuar em pistas brasileiras foram, sem ordem de preferência, Baronius, Emerald Hill e Itajara.

Cavalo/égua mais bonito que já viu?

AQ: O mais bonito foi o Dutchman do Haras Sideral.

Melhor cavalo de sua propriedade e/ou criação?

AQ: O melhor cavalo criado no Haras Santarém pela família Quintella foi o Monzon, ganhador de Grupo 2. Em carreira, os de vitórias mais expressivas foram Naraingang, Art Variety e Alucard, todos ganhadores de Grupo I. Tiptronic, vencedor do troféu Mossoró de melhor fundista, Minion e Right Line foram também muito bons. O melhor de todos, porém, está para chegar.


Quais jóqueis fazem a diferença?

AQ: Fazem diferença os jóqueis que atrapalham menos. Desde que acompanho as corridas - lá se vão quase 40 anos - vi só um deus das rédeas que se chama Juvenal Machado da Silva. Num plano abaixo Goncinha, o obstinado Jorge Ricardo, Mota, Antonio Bolino e Carlos Lavor, que representa a família Quintella nas pistas há mais de uma década para nosso orgulho e confiança. Antonio Ricardo e Rigoni vi montar, mas estavam deixando a profissão de modo que não entram nesta lista apesar da minha reverência a ambos.

E quais os melhores treinadores em sua opinião?

AQ: Treinadores? Convivi e observei muitos. Mas nada igual a Paulo Morgado.

Melhores garanhões da atualidade no turfe nacional?

AQ: O Brasil está bem servido de reprodutores. Para falar dos que estão estacionados no Brasil, na lista devem constar o Nedawi, Crimson Tide, Redattore, Wild Event, Christine's Outlaw, Amigoni e a promessa do Haras Anderson - Emirates to Dubai - de pedigree e físico impressionantes.

Melhores da história do turfe brasileiro?

AQ: Vou relacionar os melhores garanhões cujos filhos vi correr: Waldmeister, Locris , Felicio , Earldom II , Zenabre , Tumble Lark , Sabinus , Roi Normand e Ghadeer, claro. Atualmente a produção do Wild Event autoriza que este conste também da lista dos melhores dos anos 70 para cá.

O que espera do turfe brasileiro nos próximos anos?

AQ: Espero que nos próximos anos a atividade se organize ao redor dos valores tradicionais do turfe e que voltem a predominar a lógica, o bom senso e o respeito as corridas, aos cavalos e aos clubes promotores de

carreiras. Que a vaidade cega dos poderosos de ocasião vá para o “beleléu” também.

Seu momento inesquecível no turfe?

AQ: Entregar o Naraingang nas mãos do meu pai após a vitória na milha internacional da Gávea.

Algum páreo marcante?

AQ: Clod Ber Junior vencer uma prova de grupo foi sensacional. Porque pai e filho correram para as cores preta e verde. O Minion ao levantar um Grupo 2 aos oito aninhos também marcou muito.

Qual foi sua maior tristeza com cavalos?

AQ: Tristezas com os cavalos? Se tive esqueci. No turfe a maior tristeza foi perder meu amigo querido Oscar Pacheco Borges.

O que você diria para um novo proprietário que está começando a investir em cavalos de corrida?

AQ: Conselho para quem está começando? Companheiro, prepare o bolso e o coração!



Por Celson Afonso

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