Quiproquó
Por indicação do grande Linneo de Paula Machado, Joaquim Pedro Salgado Filho chegou à presidência do Jockey Club Brasileiro em 1940.
Inteligente e homem público invulgar, cumpriu como poucos as missões que lhe foram confiadas. Titular da pasta do trabalho, em momentos dos mais difíceis do Governo Vargas, coube-lhe a honra de ser o primeiro Ministro da Aeronáutica. Inclusive, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, e o Aeroporto Salgado Filho, em São Carlos – SP, foram assim denominados em sua homenagem.
Como dirigente máximo do Jockey Club Brasileiro, embora até então nunca tivesse sido um turfista, revelou-se um administrador da mais alta expressão. Abriu agências, renovou o quadro de proprietários e revitalizou as corridas ao criar um maior número de páreos abertos até a extinção do especial.
Fiel ao presidente Getúlio Vargas, renunciou no final do ano de 1945, quando, após a queda de Vargas, alterou-se o nome do Grande Prêmio Getúlio Vargas, para Grande Prêmio 15 de novembro.
No próximo domingo, o Jockey Club Brasileiro volta a homenagear Salgado filho. Este ano, o Grande Prêmio Salgado Filho (G2), que inicialmente (e durante muitos anos) era disputado em 2.400 metros (onde se lê, entre outros, nomes de corredores da classe de um Quiproquó, de um Ravel, de um Lohengrin, de um Kraus, de um Royal Game, de um L'Inconnu), reúne sete competidores em 1.600 metros, na pista de areia. Com um campo seleto, a importante e tradicional prova marca a terceira etapa da Copa de Areia – Milha – Grupo Financeiro LECCA.
No hall dos vencedores do Grande Prêmio na milha constam corredores, como o fenomenal Quartier Latin, os bicampeões Malmedy (Haras Doce Vale) e Favori (Stud Capitão), Dancer Man (Haras Arroio Butiá), Minion (Stud Quintella), Blue Elf (Stud Azul e Branco) e o atual campeão Kito Hope (Stud Sérgio Barcellos), que tenta o bi este ano.
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