Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Zenabre, Grande Prêmio Brasil 1966


Os tempos dourados do GP Brasil

Homenagem a um grande cavalo, Zenabre (Pharas e Remington, por Seventh Wonder).

Vejam na foto Zenabre, quando faltavam 200 metros para o disco, trazendo a carreira mastigada – Dendico Garcia, seu jóquei, não precisou usar o látego em nenhum momento.

Este cavalo, uma das obras-primas da criação de José Paulino Nogueira, no Haras Bela Esperança, foi, em minha opinião, o melhor da produção do mestre-criador. A imagem é do Grande Prêmio Brasil de 1966. O Hipódromo da Gávea estava superlotado, como sempre ficava na prova máxima do turfe brasileiro, no primeiro domingo de agosto. Dendico Garcia aparece num momento histórico, registrado por uma foto muito feliz! Na imagem, seu instante de glória, o tricampeonato no Grande Prêmio Brasil (ganhara com Leigo, em 64, e com o próprio Zenabre, em 65). Assisti "in loco" as três vitórias!!!

Zenabre conquistou, assim, o bicampeonato, mostrando ser um cavalo excepcional nas distâncias de fundo. Naqueles áureos tempos, o GP Brasil era disputado em 3.000 metros, mas Zenabre era superior aos animais de seu tempo a partir dos 2.400 metros, a distância clássica por excelência.

Sucesso como garanhão, produziu divinamente, sendo Immensity a sua jóia mais preciosa. Melhor égua brasileira de todos os tempos, vencedora do Diana e do Derby, em São Paulo, e do Internacional Carlos Pellegrini, em Buenos Aires, onde atingiu o ápice de sua campanha, levantando a maior prova do mundo no Hemisfério Sul!

Neste Pellegrini, de 1983, o Brasil colocou os três primeiros colocados no marcador, feito único de um país forasteiro na história da grande carreira: respectivamente, Immensity, Kigrandi e Kenético! Os três nascidos e criados no Brasil e com campanha desenvolvida basicamente no Estado de São Paulo, aonde, para nosso orgulho, vieram à luz.

por Luiz Eduardo Lages
transc. Raia Leve

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