O JOGO NA PAUTA DA FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE AUTORIDADES HÍPICAS E DO TURFE BRASILEIRO, PRINCIPALMENTE
A reunião técnica organizada pela Federação Internacional de Autoridades Hípicas – IFHA, no encerramento do meeting do Arco do Triunfo no início de outubro, em Pais, tevê com uma dos temas centrais assuntos relacionados com o jogo.
Dentro da engrenagem hípica o jogo desempenha fundamental fator de sustentabilidade e por esta razão foi motivo de debates na última pauta da IFHA. Para qualificar a matéria, na reunião estavam presentes funcionários de hipódromos da América, Europa, Ásia e de casas de jogos em geral, cada um contando suas experiências, desafios, novidades e problemas em comum.
O crescimento exponencial do jogo via telefonia celular, bem como pela internet com o poker online e o sportsbook – apostas esportivas são exemplo de ações que devem ser estudadas para futura implantação na atividade hípica, não obstante, este tipo de aposta ter nas classes abc seu público alvo.
A preocupação das instituições promotoras de corridas de cavalo devem ser concentrada em buscar alternativas para captação de apostas neste rentável canal, através de atrativos que atinjam, principalmente, as novas gerações, que de uma maneira geral, pouco conhecem o turfe.
Para tanto, a única solução é investir na tecnologia que está disponível e se renova a cada momento. Conforme os dados das redes sociais são aproximadamente 50.000.000 de pessoas que diariamente estão em contato com o universo do jogo, entre eles o Farmville, pelo Facebook, por exemplo.
No Brasil, uma das soluções para a integração do turfe nacional, e como consequência, o incremento na arrecadação de apostas e a sustentabilidade financeira dos hipódromos é a implantação da “Pedra Única”.
A implantação da Pedra Única, apesar de contar com a simpatia de todos os setores da atividade, esbarra em questões de tecnologia, que sem os suportes necessários se torna inviável e, principalmente nos altos custos inerentes ao sistema que vai integrar os players em um processo único de captação de apostas.
Este parece não ser apenas o principal impeditivo, abstraída as questões de ordem financeiras, existem as questões estruturais e legais.
Conforme matéria do Sr. Cyro Queirós Fiuza, publicada pelo site Planeta Turfe, em maio deste ano, o principal fator de discussão sobre a Pedra Única. Ou o Turfe Único com a realização de corridas cada dia em um hipódromo (incluindo os não oficiais), com a totalidade de agências captadoras, através do sistema JCB-JCSP, operando em sintonia, com o movimento de cada reunião destinado ao clube promotor.
Trata-se de modelo mais complexo de administração do turfe que, por sua vez, não entraria em choque com os atuais estatutos dos clubes, o que já não ocorre quando se fala na criação de empresas promotoras exclusivamente de corridas, sem atuação na parte social das entidades como prevê hoje o modelo de estatuto vigente.
Seria necessária a criação de uma empresa reguladora de gerenciamento e fiscalização das apostas, uma empreitada sem dúvida de grande porte, para a qual os Jockeys Clubs poderiam pleitear a colaboração do Ministério da Agricultura, através de sua Divisão de Equideocultura, da ABCPCC e da APFTurfe, que no seu bem-estruturado projeto denominado Turfe Forte também prevê a criação de um órgão central para regulação do turfe brasileiro, acrescenta o Sr. Cyro, com uma visão realista e otimista da situação atual.
É notório que existem dificuldades, mas também existe a solução para introdução da Pedra Única e de novas tecnologias para auto-suficiência do turfe brasileiro. Os pesados investimentos não podem ser o motivo para impedir o avanço e a integração da atividade.
Buscar as alternativas para viabilização, e até investidores, deve ser motivo de ações objetivas e pontuais, que saiam dos gabinetes dos dirigentes dos clubes em direção a prospecção de parcerias, mesmo que o caminho seja longo, o que é razoável, dada a estagnação do segmento neste quesito desde que o assunto foi, pela primeira vez abordado, há alguns anos.
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