Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

sábado, 21 de maio de 2011

Marcha da Maconha vira ato por liberdade de expressão no PR

Proibida por decisão da Justiça, a Marcha da Maconha, que seria realizada neste domingo (22) em Curitiba, se transformará em Marcha pela Liberdade de Expressão.

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Este é o terceiro ano consecutivo em que a manifestação é proibida em Curitiba. Desta vez, a decisão foi do juiz Pedro Sanson Corat, da Vara de Inquéritos Policiais de Curitiba, que atendeu a um pedido do deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) e do deputado estadual Leonaldo Paranhos (PSC).

Segundo a organização da marcha, não houve tempo hábil para recorrer da decisão, proferida na última quarta-feira (18). Portanto, será feito um protesto a favor da liberdade de expressão, no qual serão usados camisetas pretas, mordaças e cartazes.

Na liminar que proibiu o evento, o juiz afirmou que a marcha faz apologia ao crime e "indução e instigação ao consumo de drogas".

"Aceitar o ato seria fechar os olhos para o estímulo a práticas danosas à saúde pública, e desrespeito às normas constitucionais e infra constitucionais vigentes, o que não pode ser tolerado pelo Poder Judiciário", afirmou Corat.

Para Shardie Casagrande, um dos organizadores do evento, a proibição foi "um atentado à liberdade de expressão". Segundo ele, a marcha não faz apologia ao crime, e quer abrir o debate sobre o tráfico de drogas.

"Nós achamos que a maconha deveria ser controlada, legalizada, regulamentada e taxada pelo governo. Hoje, o governo tem um gasto enorme com a apreensão da droga, incineração, investimento em polícia e não conseguiu nada efetivamente, em 80 anos de proibição", afirma Casagrande.

A Marcha pela Liberdade de Expressão está marcada para as 15h, na praça Santos Andrade, centro de Curitiba. A expectativa da organização é que cerca de 300 pessoas participem do evento.

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