Jeane Alves
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Máximo Acosta - “Un Tango para El Negro”
O binômio Máximo Acosta – Banderín, após a vitória no “Gran Premio Carlos Pellegrini” na ensolarada tarde isidrense de 7.11.1943.
Junto a los burreros do Prata, nenhum outro jóquei teve tanto afeto popular depois de Irineo “pulpo” Leguisamo que “el negro” Máximo Acosta. Esta semana são passados 68 anos de seu falecimento. Para lembrar a figura del “Maximino”, trazemos esta pesquisa por nós efetuada.
Máximo Acosta nasceu em 9 de outubro de 1895, em Carlos Tejedor, província de Buenos Aires. Sua minúscula figura era inconfundível, menor que a maioria dos já pequenos ginetes de Palermo viejo ou de San Isidro, tinha mãos e pés grandes e uma fisionomia sulcada em uma face escura como pedra. Pouco sorria, era denso e numa carreira articulista, guerreiro, que depois de assumir a ponta dificilmente a entregava. Era comum desprender uma violenta patada no competidor que tentava colocar-se ao lado de sua montaria como vindo a passá-los, provocando a desarticulação da atropelada do oponente, que às vezes quase rodava. Personagem de um turfe poético, sem filmes de carreiras, de tardes de fins-de-semana memoráveis, el negro lindo – como era auspiciosamente saudado – faz parte de uma época imorredoura aos verdadeiros apreciadores do turfe histórico. Debutou como jóquei no Hipódromo de Lomas, em 1910, ganhando já três carreiras naquela tarde. No mesmo ano rumou a Buenos Aires e venceu com um Yatasto – mesmo nome do craque dos anos 50 – no velho Hipódromo Nacional de Belgrano. Nos anos seguintes dividiu-se em montarias por Palermo, Lomas, Belgrano, San Martín e Rosário. Acrescentando San Isidro a partir de sua inauguração em 1935. Em pouco mais de três décadas, Máximo Acosta venceu mais de 2.200 carreiras (204 clássicas), sendo que em 1940 foi jóquei que mais vitórias obteve em uma única temporada (149 triunfos), numa época em que só se corria aos domingos e um sábado por mês. Em 1942, no Hipódromo Argentino, correu sete para ganhar seis.
Depois de viver momentos máximos – como seu nome – com o alazão Banderín (Caballeriza Río Paraná), com o qual vencera o Pellegrini-1943 e o Ramírez-1944, Máximo Acosta despediu-se na jornada de 9.04.1944, em Palermo. Sua última vitória fora um dia antes com o alazão Manderley (Médicis e Raríssima) e sua derradeira montaria foi com o zaino colorado Cabo Cuarto, chegando em terceiro naquele sexto páreo domingueiro. O meio turfístico foi surpreendido com a notícia de sua morte prematura e o cancioneiro tanguero deixou pérolas e artigos compostos em seu louvor como “Adiós Negro Acosta” (1944) e “Un Jockey en El Recuerdo” (1945). Vale recordar a letra de Lito Mas, para “Negro Lindo” (1940):
“La tarea complicada de llevar pingos al disco
es un juego para niños si te lo piden a vos.
Te subís al pura sangre los dejás a todos bizcos
y ganás de punta a punta, que en la punta sos un Dios.
Otras veces, de variante, te quedas atrás de todo
y al entrar en el derecho como a postes los pasás.
Mientras gritan los muchachos, desde el Paddock a los codos:
Al galope, Negro Lindo, de los jockeys sos el as!”
por Marco A. de Oliveira postado no Jornal do Turfe
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