Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

terça-feira, 3 de abril de 2012

A.Gulart revive a alegria de montar, por Paulo Gama


O excesso de peso o fez desistir da profissão de jóquei. Era um pesadelo a luta contra a balança. Decidiu então seguir os passos do pai, José Goulart, e aventurou-se como treinador. A experiência de montar e conviver com cavalos desde menino o ajudou. Tinha sensibilidade e vocação para lidar com eles. Deixou de tomar reguladores de apetite e outras porcarias, como ele mesmo diz, e passou a treinar os próprios cavalos. Aos poucos o peso baixou e percebeu que valia a pena enfrentar o desafio do retorno às pistas. Aos 30 anos, Acedenir Goulart recuperou a alegria de montar e hoje consegue administrar as duas profissões com sucesso no Hipódromo de Cidade Jardim.

“É aquele negócio. Gosto demais de montar. Desde os tempos de Carazinho, ainda moleque, acompanhava meu pai no trabalho. Depois tive a chance de atuar na Gávea contra jóqueis espetaculares como Jorge Ricardo, Goncinha, Alex Mota, Tiago Josué Pereira, Carlos Lavor, entre tantos outros. O controle do peso me causava inchaço, mas depois que parei com os remédios o corpo agradeceu e hoje, apenas os treinos do dia a dia com os meus cavalos e os galopes diários são suficientes para me deixar tranquilo, com 56 quilos. É claro que na sexta-feira, perto das corridas eu fecho um pouco a boca”, conta.

Goulart garante que a profissão de treinador é muito mais difícil do que a de jóquei. Segundo ele, o treinador jamais tem sossego. Precisa estar atento aos mínimos detalhes e problemas de cada cavalo.”O jóquei leve tem a melhor profissão do mundo. Basta conhecer os segredos e preferências dos cavalos que vai montar e realizar os exercícios matinais. O treinador esquenta a cabeça a todo instante. Mas tenho conseguido conciliar as duas coisas e na verdade, o fato de montar os cavalos que eu mesmo treino me ajuda bastante”, afirma.

Com 25 puros-sangues sob sua responsabilidade e todos alojados em Cidade Jardim, Goulart diz que vive um momento muito promissor em sua carreira. Faz questão de destacar o apoio dos proprietários Haras Faxina, Haras Basado, Stud Portal dos Clássicos, Fazenda Criatória Ximbó, Hermano Henning e Stud Espiche.”Tenho tido apoio de todos e procuro corresponder com dedicação”.

Quando o assunto é o enorme sucesso da irmã, a joqueta Josiane Goulart, ele se desmancha em elogios e admite sentir-se orgulhoso do seu desempenho. “Ela sempre foi boa profissional. Mas sofreu algumas quedas graves e ficou traumatizada. Com o tempo recuperou a confiança e percebeu que as corridas aqui em São Paulo, ao contrário do Rio, não exigem força e sim técnica e inteligência dos jóqueis. Desta maneira ele tem dado canseira nos marmanjos”, brinca.


copiado do Site Raia Leve

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