A insatisfação dos profissionais do turfe com o presidente LECCA chegou ao limite, ainda mais depois de todos os apelos e as tentativas de entendimento: As pouquíssimas inscrições recebidas hoje inviabilizaram a formação do programa para a próxima semana. Não se formou um único páreo. Sucesso absoluto da mobilização dos profissionais.
O movimento dos profissionais não busca qualquer vantagem, apenas defender os direitos adquiridos. Não aceitam a mudança no regime de contribuição ao plano de saúde, conquista obtida há anos em troca do direito de imagem, nem as mudanças que o presidente quer fazer na Caixa Beneficente. No que diz respeito ao plano de saúde, afora o acordo vigente, há que se cumprir a Lei do Turfe, que obriga os clubes hípicos a garantirem a assistência médica e odontológica aos profissionais.
A postura praticamente unânime dos profissionais contou com o total apoio da Associação Carioca dos Proprietários do Cavalo Puro Sangue Inglês.
Profissionais e proprietários estão unidos contra o interesse do Sr. LECCA em esvaziar o turfe no Rio de Janeiro. Identificam que o seu interesse em “estar turfista” está relacionado, ainda, a projetos imobiliários na área das vilas hípicas, mesmo após o fracasso do Projeto Boulevard.
Depois de a Odebrecht desistir do negócio, o Sr. LECCA não esmoreceu e buscou novos parceiros para retomar as cocheiras dos profissionais e proprietários, como também as casas dos profissionais. Esse, aliás, foi outro motivo para a não inscrição de animais para as carreiras do próximo fim de semana.
Como o GP Brasil está marcado para daqui a treze dias, os profissionais aguardarão o transcorrer dessa semana para saber como proceder adiante. A expectativa de profissionais e proprietários é de que o presidente LECCA reveja suas últimas decisões o mais breve possível, de modo que os turfistas do Rio de Janeiro não fiquem sem o seu entretenimento em outras semanas.
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