Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

quarta-feira, 27 de julho de 2011

HÁ VONTADE! FALTA VONTADE!

HÁ VONTADE! FALTA VONTADE!

* Há, ainda, no turfe coisas surpreendemente positivas, como a iniciativa do cidadão Jamil Name, 72 anos, prometendo ressuscitar o Jockey Club de Campo Grande.

* Jamil, empresário e pecuarista, é um turfista rodado, criador de Quarto de Milha e PSI, que vai botar a mão no próprio bolso e promover, como novo presidente, domingueiras no JCCG.

* O J.C. de Campo Grande, não faz parte do circuito milionário dos quatro principais centros de turfe do país, com vilas hípicas mais generosas e apoio logísticos de apostas: TV e agências.

* Nem por isso Jamil se acovardou diante da inoperância e omissão de seus antecessores, reformando por conta própria o prado plantado numa área de 50 hectares.

* “Está no sangue - as corridas de cavalos- e você morre com isso!” - desabafa Jamil Name, prometendo, já para o dia 26 de agosto, um Grande Prêmio na data natal da cidade.

* Essa bravata não significa mais um movimento isolado do turfe nanico do Brasil. Representa muito mais que isso: uma desafiante vontade aos rinocerontes quase adormecidos do Eixo.

* Nem mesmo se pode dizer de que o exemplo do empresário de Campo Grande seja pelo dinheiro que ele tem para investir e sim o valor da sua vontade que falta aos maiorais.

* No outro extremo do país, em Cachoeira do Sul, há também vontade de turfistas que, mesmo sem dinheiro, não esmorecem pela reativação da pista circular do Amorim.

* E o desafio do prado do Amorim, é repleto de dificuldades - segundo relata o nosso colega Igor Noronha - pois, até a semana passada, só tinham 9 animais encocheirados.

* E mais estranho ainda, é a briga política pelo poder das rédeas do Amorim, repetindo o cancro nacional da falta de união por um único propósito: o turfe como causa e efeito.

* Mas como não temos a mínima intimidade, nem com o turfe de Campo Grande ou de Cachoeira do Sul, não podemos, sequer, desconfiar se lá há também interesses escusos.

* Diferente do que ocorre no Paraná, há muito tempo e se acentuando a partir de 2007, quando o turfe se tornou apenas pretexto para um grande balcão de negócios.

* Claro, em princípio, negócios bem intencionados, mas que no decorrer dos tempos tornam-se estranhos e duvidosos, como a venda patrimonial forjada e, ainda, sob inquérito policial.

* E o pior: em momento algum a diretoria do JCP deu satisfação ao quadro social, ou mesmo se defendeu das acusações do uso de assinaturas de pessoas mortas e de sócios fantasmas.

* Diz o provérbio popular: quem cala consente. E da mesma diretoria, do JCP, foi a iniciativa, também talvez bem intencionada, de buscar receitas extras através de um shopping parceiro.

* Um empreendimento que, mesmo ainda apenas na planta, vêm sustentando a corrida quinzenal do Tarumã do contrário estaria, agora, respirando por aparelhos.

* Para muitos, entretanto, criadores, proprietários e profissionais, há contraditórios alimentados por especulações - certas ou erradas - diante da falta de satisfações oficiais.

* E quem não dá satisfações de seus atos ao quadro social não merece sequer credibilidade quando é alvo de insinuações, maldosas ou não, ventiladas nos bastidores hípicos.

* E pior mesmo não é só a falta de dinheiro, mas a nossa credibilidade exposta nacionalmente no episódio de 400 “novos eleitores”, sentenciada inapelavelmente pelo criador Milton Lodi: O turfe paranaense está judicialmente morto!

por Luiz Renato Ribas
ribas@cinevideo.com.br

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