Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Centro de doma e criação ganha espaço no Paraná

Face à redução do número de cocheiras no Hipódromo do Tarumã, e também em razão de condições oferecidas por localidades “fora da capital”, alguns espaços dedicados ao manejo do Puro Sangue Inglês vêm ganhando espaço, no Paraná, nos últimos meses. Um deles é o Haras Don Felipe do Sul.

Localizado no município de Piraquara, distante cerca de 20 minutos de Curitiba, o estabelecimento possui mais de uma área de atuação. E podemos dizer que “tudo começa” no segmento onde se é atendido o setor de criação, aberto a éguas e potros de pensionistas. Esta sessão conta com 14 alqueires de pasto, 6 piquetes, 15 cocheiras, e fica sob os cuidados da veterinária Neiva Duprá.

No caso das matrizes, o acompanhamento da profissional, além de possuir todos os cuidados essenciais no desenvolvimento da gestação, ganha atenção especial nas vésperas do parto: quando se aproxima a possível data do nascimento, as éguas passam a posar recolhidas, em cocheiras aparelhadas com câmeras, que permitem a Duprá acompanhar as movimentações das pensionistas de sua própria casa.

Na sequência, os produtos seguem recebendo o acompanhamento devido, como de praxe – neste sistema, em 2009 o Haras Don Felipe do Sul produziu a sua primeira geração. Passadas as fases de desmame, amadurecimento, dentre outros estágios, os proprietários dos potros e potrancas também possuem a opção de que o treinamento dos mesmos seja iniciado ali mesmo.

Esta parte do haras, destinada à doma e iniciação, possui 10 alqueires, com 13 piquetes e 3 grandes redondéis de areia. O acompanhamento veterinário segue a cargo de Neiva Duprá, que a partir deste ponto passa a contar com o trabalho de Gladston Figueiredo Santos, que além de estar radicado como treinador no próprio Jockey Club do Paraná, também atua no Haras Don Felipe do Sul.

“Depois do potro ser ‘liberado’ do centro de criação, e estar devidamente apto a ser iniciado em treinamentos, ele é encaminhado para esta área, onde começa a ser realizada a doma”, explica Gastão – como é mais comumente conhecido. Um dos 3 redondéis citados acima possui um partidor, com o qual os animais são habituados ao contato desde cedo. Outro recurso que está ao alcance do profissional e de sua equipe é um redondel coberto, que permite a não paralisação das atividades com os animais mesmo sob condições metereológicas adversas.

Depois de concluída a doma, as primeiras noções de treinamento podem ser no estabelecimento, com o devido encerramento acontecendo no próprio Hipódromo do Tarumã, onde Gastão dispõe de um grupo de cocheiras. “Aqui no haras o animal tem o seu primeiro contato com o partidor, com a sela, realiza seus primeiros galopes mais abertos, enfim, realiza a sua iniciação. E aí este processo pode ser concluído no Jockey Club”, explica o treinador. “Mesmo animais de mais idade, que já foram iniciados e até mesmo corridos, possuem espaço no haras. Aqui eles se recuperam, reiniciam seus treinamentos e são enviados ao hipódromo faltando poucos ajustes para os seus respectivos reaparecimentos”, conclui o profissional.

por Victor Corrêa

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