Jeane Alves
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Virginie, invicta e tríplice coroada
Neste sábado, 11 de fevereiro, o Jockey Club Brasileiro homenageia a segunda tríplice coroada carioca, a craque Virginie, de criação e propriedade do Haras São José & Expedictus, com uma prova especial, em 2.000 metros, pista de grama, para éguas de 3 anos e mais idade.
Doze éguas foram inscritas e prometem desenrolar emocionante. São elas, pela ordem no partidor: Céu de Fogo (Stud Red Black), Natalinda (Stud Cafelândia), Born To Win (Stud Palurape), Ultimate Heights (Stud TNT), Tana’S Kiss (Stud São Francisco da Serra), Valsinha (Haras Santa Rita da Serra), Eleita do Sinvas (Sinval Domingues de Araújo), La Française (Fazenda Mondesir), Ten To Midnight (Sinval Domingues de Araújo), Duplo Dê (Haras São José da Serra), Olympic Berlin (Haras Regina), e Une Autre Etoile (Stud TNT).
Nas pistas, a homenageada Virginie encantou a todos com sua classe, estampa e poder de aceleração que lhe fez conquistar sete vitórias, em igual número de saídas no país. Nos EUA Virginie correu quatro vezes e venceu o Beverly Hills Handicap (G1), em Santa Anita Park, sendo a primeira égua sulamericana a conquistar uma prova de Grupo 1 nos EUA.
No Brasil, a filha de Legal Case e Misty Moon, por Baronius, sempre montada por Carlos Lavor e contando com o preparo perfeito de Dulcino Guignoni, estreou em 20 de abril de 1997, numa eliminatória em 1.000 metros. Apesar da distância nem de longe ser a ideal, a craque mostrou todo seu poderio locomotor e atropelou com disposição para derrotar 10 competidoras com muita facilidade, Private Star e So Cosas foram suas escoltantes. Depois, em 31/05/1997, inscrita diretamente no GP Francisco Vilella de Paula Machado (G2), em 1.500 metros, Virginie repetiu a dose e não deu confiança para suas doze rivais, deixando Hot Thong e Gomme D’Arabie em segundo e terceiro, respectivamente.
Virginie ficou quase quatro meses fora das pistas e reapareceu no GP Carlos Telles e Carlos Gilberto da Rocha Faria (G2), em 21/09/1997, em 2.000 metros, no gramado. Enfrentando apenas 6 rivais, Virginie derrotou suas rivais com extrema facilidade, com Verinha em segundo e Pappina em terceiro. Ainda em 1997, a superioridade de Virginie já espantava e apenas Hot Thong e Dear Rafaela alinharam junto com a castanha em 22/11, no GP Mariano Procópio (G3) e nessa ordem cruzaram o disco.
Chegada a hora da Tríplice Coroa, Virginie ia tentar igualar o feito de Indian Chris, de Fazenda Mondesir, até então a única tríplice coroada do turfe carioca. Em 15/02/1998, no GP Henrique Possolo (G1), na milha, doze concorrentes alinharam junto com Virginie e foram devidamente batidas. Valerie, Hot Thong, Annie Ross e Marne La Coquette completaram o marcador.
Exato um mês após conquistar a primeira coroa, em 15/03/1998, Virginie enfrentou sete competidoras no tradicional GP Diana (G1), em 2.000 metros, pista de grama, e mais uma vez mostrou sua superioridade. Acompanhando o páreo com muita facilidade na terceira colocação, a defensora da farda ouro e costuras azuis atropelou com vontade para conquistar o sexto laurel de sua campanha, sendo o quinto clássico e o segundo de G1. Vassy, Annie Ross, Marne La Coquette e Pappina chegaram a seguir.
No momento da consagração, Virginie, claro, não decepcionou e em 12/04/1998 escreveu seu nome definitivamente na história ao conquistar com extrema facilidade o GP Marciano de Aguiar Moreira (G1), em 2.400 metros, terceiro e derradeiro obstáculo para a Tríplice Coroa de fêmeas. Com eventual de R$ 0,7, Virginie deixou Ask Ville na formação da exata. Marne La Coquette, Vassy e Vanusa fecharam o placar da última atuação da craque Virginie em pistas brasileiras.
por Fernando Lopes - foto: Livro O Turfe no Brasil - Histórias e Vitórias
postado JCB
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