Jeane Alves
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Jorge Ricardo espera recuperar recorde mundial até o final de 2012
Jorge Ricardo - Quick Road
De bem com a vida, o jóquei brasileiro, Jorge Antônio Ricardo, 49 anos, continua a fazer enorme sucesso em Buenos Aires. Líder da estatística geral de pilotos, com 67 triunfos a mais do que o uruguaio Pablo Falero, ele se aproxima rapidamente do canadense Russel Base na briga pelo recorde mundial de vitórias. Toda dia, quando volta para casa após montar nos hipódromos de Palermo, San Isidro e La Plata, ele corre para a internet e verifica o desempenho de Base nos Estados Unidos. Ontem à noite, depois de ganhar uma prova no Hipódromo de San Isidro, constatou que apenas 82 vitórias o separam do canadense. Ricardo lembra, que depois de seu retorno às pistas, recuperado de um câncer no sistema linfático, a diferença era superior a 170 vitórias.
“Já descontei bastante. Aliás, ele tem ganhado pouco neste período. Tem montado num Hipódromo chamado Santa Rosa. Mas não espero moleza. Depois que ele voltar a montar naqueles prados pequenos da Califórnia, principalmente Golden Gate, a coisa fica difícil de novo para mim. Mas estou esperançoso porque voltei a ganhar no meu padrão normal. Se eu conseguir manter minha atual média de vitórias até o final do ano que vem estarei na cola dele”, promete.
Ricardinho está confiante em voltar a ser o campeão da estatística geral de jóqueis na Argentina. Ele soube tirar proveito de alguns contratempos sofridos por Falero este ano. Além de algumas contusões, o uruguaio tirou um período de férias, coisa que nunca faz parte dos planos do brasileiro. “Tenho mais de 20 vitórias de vantagem em Palermo e espero vencer a estatística individual do hipódromo. Tenho muita chance. Em San Isidro estávamos empatados, mas hoje (ontem) ele ganhou dois páreos e eu apenas um. A tendência é que ele aumente esta vantagem. É um prado em que ele ganha demais. Em La Plata, o Falero não vai. A pista é antiga e os jóqueis correm muito agrupados. Enfim, são carreiras perigosas. Eu até entendo o Falero evitar montar por lá. Mas eu não posso me dar a este luxo senão eu não alcanço o Russel Base nunca mais”, brinca.
Adaptado a vida em Buenos Aires, e satisfeito com a vida tranquila no belo apartamento no bairro de Palermo que divide com a mulher, Renata e a filha, Giovana, Ricardo esteve no Rio, no domingo passado, Dia dos Pais, para ficar ao lado dos seus outros dois filhos, Jorge Antônio Ricardo Júnior, e Nicole. O jóquei brasileiro afirma ter saudade deles, mas o bom momento profissional que atravessa não lhe permite pensar em voltar ao Brasil tão cedo.
“O Stud Rubio B está em fase maravilhosa. O titular da coudelaria, Ricardo Benedicto, não para de investir. Já está com dois haras e está sempre a procura de boas matrizes e reprodutores. Estamos com um potro de categoria, Evilásio, invicto depois de duas apresentações e um dos favoritos da Polla de Potrillos, daqui a 15 dias. Temos também uma potranca, Life For Sale, de enorme classe. Com relação à estatística de proprietários conseguimos ganhar por antecipação”, exulta.
Com relação ao outro jóquei brasileiro que faz grande sucesso em Buenos Aires, Altair Domingos, Ricardo só tem elogios. Explica que o paranaense tem se dedicado bastante aos treinos, conquistou os treinadores com sua simplicidade e, além disso, segundo Ricardo, comprovou a excelente técnica dos tempos de Cidade Jardim.
“O Domingos sofreu o mesmo problema que tive quando vim para cá. Ter que montar para um único proprietário durante seis meses. Depois desta primeira etapa, para quem é bom jóquei, feito ele, as coisas acontecem naturalmente. Aqui tem corrida todo dia. Os páreos são cheios e não tem moleza. Mas para quem gosta de trabalhar há espaço. Bem, com 49 anos, neste ritmo, no mundo só tem Jorge Ricardo não é?”, brinca. Eu lembro que tem também o Russel Base, que já fez 50. “É verdade. Este cara é um tremendo chato. Não desiste nunca. Vou ganhar uns cabelos brancos a mais por causa dele”, admite sorridente.
por Paulo Gama
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Com certeza o Ricardinho vai bater o recorde mundial, ultrapassando o Russel Baze. É questão de tempo. Acompanho diariamente este duelo e o Ricardinho todo ano diminue a diferença entre ele e o canadense. Quando que ele vai ultrapassar, não sei, mas que vai, isso com certeza vai acontecer. É questão de tempo.
ResponderExcluirVinícius.