Deputada mantém o mandato com "folga", mesmo após aparecer em vídeo recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM de Brasília. Foto: Valter Campanato/ABr
Sob vaias e aplausos no plenário da Câmara dos Deputados, Jaqueline Roriz (PMN-DF) escapou com “folga” da cassação na noite desta terça-feira 30. Foram 166 votos favoráveis a perda do mandato da deputada distrital, 265 contra e 20 abstenções.
Para a cassação, recomendada pelo Conselho de Ética, eram necessários ao menos 257 votos do total de 513 deputados, protegidos pelo sigilo da votação.
Em 2006, Roriz foi filmada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal e delator do mensalão do DEM, escândalo que derrubou o então governador José Roberto Arruda. Pouco depois, ela admitiu que a quantia seria usada no caixa dois de campanha.
No entanto, a deputada alegou em sua defesa que o ato havia ocorrido antes de sua eleição e, portanto, não poderia ser cassada pelo mesmo.
No plenário, Jaqueline criticou a ação da mídia no caso e a decisão do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, de apresentar um parecer pela abertura de uma ação penal contra ela sem ouví-la.
Jaqueline Roriz é filha do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, que em 2007 renunciou ao cargo de senador por suspeitas de irregularidades.
Redação Carta Capital
Nenhum comentário:
Postar um comentário