Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

quarta-feira, 16 de março de 2011

CAVALOS, SAÚDE EQUINA

HEMIPLEGIA LARINGEANA

Hoje vamos falar de uma patologia do trato respiratório superior muito comum dos equinos. Sem distinção de sexo e raça, a hemiplegia laringeana tem seu grau de importância devido ao equino só poder respirar com eficiência pelas narinas, sendo a cavidade oral utilizada apenas como último recurso.

Conhecida como doença do cavalo roncador, pois, ao galopar o animal emite um som semelhante a um ronco (ruído inspiratório), sendo que em casos mais severos o animal pode emitir este som ao passo.

Esta doença é definida como um distúrbio em que existe paresia (paralisia leve ou parcial) e/ou paralisia total da musculatura lanríngea normalmente esquerda, o que impede a abertura e o fechamento eficaz da cartilagem aritenóide, dificultando a passagem do ar. Esta cartilagem fica localizada na laringe, intimamente relacionada com as cordas vocais e anterior a epiglote, ou seja na porção final da garganta e tem como finalidade conectar a laringe com a traqueia e impedir a passagem de alimento e corpos estranhos para o trato respiratório inferior.

Como dito, é comum e com causa desconhecida na maioria das vezes a hemiplegia envolve o nervo laríngeo recorrente esquerdo (hemiplegia laríngea unilateral) e acomete a cartilagem esquerda e em cerca de 5% dos casos pode afetar concomitantemente as duas cartilagens artenóides (hemiplegia laríngea bilateral).

Tem como sinal clínico o som característico, a intolerância ao exercício, dispneia (dificuldade em respirar) e redução de performance atlética.

O diagnóstico é feito pelo exame físico, clínico e principalmente o exame endoscópico para confirmação e avaliação de seus graus (variação de I a IV).

O tratamento realizado para correção é o cirúrgico, podendo ser escolhido ou não por opção do médico veterinário quando não há ou não comprometimento do animal para sua função. Dentre as várias técnicas cirúrgicas descritas na literatura encontram-se a ventriculectomia, a laringoplastia, associada ou não a ventriculectomia e a aritenoidectomia, a qual pode ser total, parcial ou subtotal.




Dr. Tony Gusso - tonygusso@terra.com.br
Médico Veterinário Especialista em Clínica e Cirurgia de Equinos
http://www.raialeve.com.br

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