Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

quinta-feira, 8 de março de 2012

A LIQUIDAÇÃO DO STUD PALURAPE

A LIQUIDAÇÃO DO STUD PALURAPE

Quando fiquei sabendo, praticamente em primeira mão, no último sábado, após longa conversa por telefone com Roberto Campos, de sua decisão de liquidar o seu valioso plantel, senti que a intenção era firme.
O Roberto é um de meus melhores amigos e a ele confio muitas coisas importantes de minha vida. Convivemos por um belo período em viagens e pude apreciar sua paixão pelas corridas de cavalos, de apostar nelas e, claro, de ver seus cavalos correrem provas importantes.
Seu retorno, todavia, aos nossos hipódromos, foi lenta, a passo de tartaruga. Enquanto frequentava Epsom, Longchamp, Churchill Downs, Belmont Park, Club Hípico, Hipódromo Chile, Maroñas, San Isidro, Palermo e La Plata, os Jockeys Clubs Brasileiro e de São Paulo fechavam as portas para o empresário bem-sucedido.
Mas, com a insistência e apoio de amigos como Oscar Pacheco Borges, Nilsinho Genovesi, Alceu Athayde, São Paulo foi o primeiro a ceder.
Depois, lembro-me como se fosse hoje, o Pipo me ligou e disse: “Compadre, daqui a 30 dias o Basket vai ser liberado no Rio”. Avisei o Roberto que, de pronto, disse não acreditar. Passado o período, lá estava o Roberto.
Ganhamos (coloco nós, pois estou inserido como torcedor) muitas corridas, batemos o recorde nacional de vitórias em uma única só temporada.
O que fazer então? Qualificar o plantel e buscar as principais provas clássicas do Brasil.
Adquiriu mais de três centenas de potros - a maioria com preços altos e de pedigrees excelentes -, comprou um Centro de Treinamento em Cordeiro (RJ), montou uma equipe de treinadores, contratou bons jóqueis, mas as provas de Grupo passavam longe.
“Rizzon, não consigo ganhar nada importante, estou ficando chateado”, disse-me no final de 2011.
Nem o milionário Too Friendly deu a alegria esperada, ao contrário, com sua morte, mais uma frustração acumulava.
Mesmo com bons treinadores, Centro de Treinamento do Vale do Marmelo (um dos melhores), acho que o que faltou para as grandes vitórias foi a palavra “sorte”.
Vou dizer aos nossos LEITORES: não existe proprietário no Brasil tão bom quanto o Roberto e seu irmão Fernando Campos. O coração é imenso. Ajuda a todos e ao turfe.
Em 2011, o mercado turfístico brasileiro apresentava apenas três grandes compradores: Alvarenga, Jamil Name e Palurape. Em 2012, que se prepare!
Serão feitas duas etapas, com coordenação total do treinador Adriano Lobo. Cada uma com 50 animais. A primeira na semana do Derby Carioca e, a derradeira, na semana do GP São Paulo. Produtos de qualidade que vão abrilhantar as corridas dos principais hipódromos de nosso país.
Esperamos que esta decisão seja abreviada. Que o Roberto e o Palurape, pelo menos, fiquem com 10 animais.
Esta é nossa torcida. Aliás, torcida geral do turfe brasileiro!

por Marcos Rizzon
transcrito do Jornal do Turfe

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