Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

quinta-feira, 8 de março de 2012

Correr no pelotão aumenta chances de vencer provas hípicas


Os cavalos que permanecem o maior tempo possível com o pelotão durante uma corrida aumentam suas chances de vencer, afirmam cientistas nesta quarta-feira.

Andar atrás de outro cavalo durante a corrida permite ao jóquei aproveitar a resistência aerodinâmica do outro animal e cansar menos o seu para, então, tentar atropelar nos metros finais e cruzar a linha de chegada.

Os jóqueis sabem disso mas, segundo os autores do estudo, trata-se da primeira pesquisa científica a respeito.

"Se medirmos a velocidade média de um cavalo com base em toda a corrida, quanto mais tempo ele permanecer escondido atrás dos outros, melhor", explicou à AFP Andrew Spence, do Colégio Real de Veterinária britânico.

"Se passarmos da diferença de velocidade à posição que o cavalo consegue alcançar, pode-se ganhar três ou quatro posições. Não se ganha nenhum dinheiro quando não se chega entre os cinco primeiros, por isso é um bom negócio", acrescentou.

Spence e os outros cientistas se basearam em dados provenientes de chips implantados nos arreios de cavalos em 4.500 corridas disputadas no Reino Unido entre 2005 e 2007. Estes chips permitem conhecer a posição do animal em qualquer ponto da corrida.

Em média, o resultado das corridas é definido nos últimos 500 metros, com uma variação de 200 metros para mais ou para menos, em função da distância total percorrida. A essa altura, a velocidade dos competidores varia, à medida que os cavalos juntam forças para chegar o quanto antes ao final.

Ao contrário do que se pode pensar, na última parte da corrida a velocidade dos cavalos costuma ser menor do que antes, pois os animais estão mais cansados. Assim, os vitoriosos são os que diminuem menos o ritmo no trecho final.

Para os autores do estudo, o que conta é manter a energia na primeira parte da prova.

Se a resistência aerodinâmica diminuir 13%, um cavalo pode aumentar em 2% sua velocidade média em toda a corrida, o que, segundo analistas, corresponde à diferença entre o primeiro e o quinto lugares ao cruzar a linha de chegada.

"Um cavalo que 'respira' durante 75% da corrida, consegue ganhar três ou quatro posições na chegada", calcularam os cientistas.

Para eles, esta "respiração" acontece quando um cavalo corre 2,5 metros atrás de outro e se encontra em um ângulo de dez graus de cada lado da trajetória do primeiro animal.

Spence reforçou que se trata de uma estimativa estatística e que é preciso que jóquei e cavalo consigam usar adequadamente esta vantagem.

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