Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

sábado, 26 de março de 2011

Everton Rodrigues, entrevista com o Jóquei Everton Rodrigues


Raia Leve entrevista o jóquei brasileiro Everton Rodrigues

O Raia Leve entrevistou o jóquei brasileiro Everton Rodrigues, hoje montando em Maroñas, Uruguai, e atual campeão das estatísticas daquele país.

Veja a entrevista abaixo:

RL: Qual sua idade e onde nasceu?

ER: Tenho 30 anos e nasci em Uruguaiana, Rio Grande do Sul.

RL: Como você começou a montar cavalos de corrida ?

ER: Em uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul chamada Santiago. Eu morava do lado da cancha reta e via todos dias os vareios (trabalhos matinais) e como tinha 26 quilos não podia perder as oportunidades que vieram para aprender.

RL: Quais as pessoas que mais te motivaram na profissão?

ER: Como tinha amigos jóqueis na minha infância, eles foram os que começaram a fazer minha cabeça para o lado das carreiras, e depois com a ajuda de meus familiares e amigos, fui me dedicando ao turfe.

RL: Qual foi a vitória mais marcante da sua vida ?

ER: No Brasil sempre foram as pencas que me consagraram, mas a que mais marcou foi quando ganhei uma Penca do Boi, em Julio de Castilho, montando uma égua do Nilton Carlesso, um ano que teve terno contra terno, ou seja, duas eliminatórias até a final, quando ganhei a final com Calnice (Nice E’easy e Olma), criação do Haras Gentil Carlesso, que após ganhar essa reta muito importante na qual fui ao céu, tamanha a euforia e alegria, depois foram três vitórias em Turfes Gaucho em Porto Alegre. Minha campanha de joquei no Hipódromo do Cristal foi muito interessante, ganhei 217 páreos e depois vim para Maronãs.

RL: Qual foi sua maior derrota ?

ER: Nunca tive uma grande derrota, mas tive vários pequenos erros, que hoje já estão resolvidos, pois acredito que o turfe é uma escola onde todo dia aprendemos, mais e mais.

RL: Qual melhor cavalo que você viu correr ?

ER: Hoje tem muitos cavalos bons, cada dia aparece um correndo mais que o outro, mas gosto muito da égua americana Zenyatta, essa realmente enche os olhos de alegria só em ver suas corridas.

RL: Qual melhor cavalo que você já montou em sua carreira vitoriosa?

ER: Os mais importantes e que mais me deixam lembraças são La Garufa, do Stud Duplo Ouro, na qual ganhei inclusive meu primeiro grupo 1, e o cavalo Alcorano, criação do Haras Bagé do Sul e propriedade de Luiz Fernando Cirne Lima, cavalo que ganhei meu segundo grupo 1, ambos brasileiros. Outros dois cavalos importantes são Ilha de Ramirez e Magno Memo, esse um potro que ganhei a terceira prova da triplice coroa uruguaia.

RL: Qual melhor treinador que você já trabalhou?

ER: Sempre tive sorte de poder trabalhar com excelentes treinadores como Ivo Valter Pereira, Luis Carlos Soares, Herminio Machado, E.Dias, Clovis Dutra. Aqui no Uruguai monto para uma lenda viva chamada Walter Báez e com ele estou aprendendo muito.

RL: Qual o proprietário que você jamais esquecerá ?

ER: Sem duvidas o Stud Duplo Ouro e Nilton Carlesso, foram os que abriram as portas para mim aqui no Uruguai, e aqui o Stud El Caverna de Jacobo. Este último foi o que me contratou para montar aqui.

RL: Qual melhor jóquei que viu montar?

ER: Bom, igual ao J.Ricardo acho que nâo vou ver, exemplo de profissional no qual eu tento me espellhar, mas gostaria de destacar dois nomes importantes, T.J.Pereira e J.Moreira, dois exemplos de jóqueis com garra e dedicação.

RL: Como surgiu a oportunidade de montar fora do pais?

ER: Tinha muita vontade de ir para qualquer onde tivesse melhor prêmios, na verdade já estava decidido em ir para São Paulo ou Rio de Janeiro, até de redeador se fosse o caso, eu queria abrir meus horizontes, e não mais que derrepente surgiu a oportunidade, fui convidado por proprietários do Cristal para montar em Maronãs. Hoje me sinto um jóquei reconhecido no Uruguai e pouco conhecido no Brasil. No Uruguai em 4 anos ganhei duas estatísticas e tirei dois segundos lugares, e estou indo em busca da minha terceira, se Deus quiser.

RL: Qual seu maior sonho?

ER: Tenho muitos sonhos e um deles é ser valorizado e reconhecido no meu país. Treino arduamente e analiso cada páreo que vou montar para poder usar a inteligência em momentos nos quais em fração de segundos, temos que pensar rápido, e se ganhar somos heróis, mas se perdermos somos vilões, essa é a vida do jóquei e amo o que eu faço, quero fazer historia no turfe. Outro seria montar no Brasil, no Rio de Janeiro e São Paulo, num futuro próximo.

RL: Deixe um recado para os leitores do Raia Leve.

ER: Muito obrigado pela oportunidade de poder contar um pouco de minha vida e história no turfe, um grande abraço a todos, e fiquem com Deus.

por Leandro Mancuso

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