Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

terça-feira, 24 de maio de 2011

JCSP x JCB – Transparência x Nebulosidade

Editorial: JCSP x JCB – Transparência x Nebulosidade - [24/05/2011]


Enquanto o JCSP, através da diretoria recentemente vitoriosa no pleito eleitoral, comanda o clube sob caráter profissional, ajustando contas, promovendo ações pró-turfe, surpreendentemente aumentando os prêmios, visando e trabalhando para o turfe e pelo turfe, e principalmente mantendo constante troca de informações com diversos proprietários e criadores, tudo sobre o aspecto de total transparência, o seu co-irmão, o JCB, fecha-se como uma “ostra” no tocante ao aspecto transparência.

As demonstrações financeiras do JCB, que estatutariamente têm que ser disponibilizadas aos sócios quinze dias antes da realização da AGO, como de costume não foram.

O Presidente Luis Eduardo da Costa Carvalho viaja para os EUA, coincidentemente, no mesmo período em que uma determinada Empresa estrangeira interessada em nosso movimento de apostas envia a diversas pessoas convite de “boca livre” para assistir o “Preakness Stakes”, no Hipódromo de Pimlico, na cidade de Baltimore, Maryland. É obvio que não é de bom alvitre, se é o que ocorreu, o Presidente viajar na companhia de tal empresa, pois, já bastam os problemas que temos com a CODERE que está sendo objeto de sério questionamento sobre jogo bancado e cujo contrato com o JCB foi objeto de denúncia pelo próprio Presidente. Ou a carta denunciando o contrato é apenas cortina de fumaça?

Há dias, comenta-se muito na Gávea que o Jockey Club Brasileiro recebeu um depósito feito pela CODERE em sua conta corrente, de uma quantia em reais, equivalente a US$ 1.000.000,00 (um milhão de dólares americanos), que ninguém sabe para onde vai.

O que não se admite é o Jockey Club Brasileiro, clube tradicional, detentor de carta patente para explorar o jogo de corrida de cavalos, receber esta montanha de recursos sem ter documentação pertinente que lhe dê respaldo.

Há também os rumorosos pagamentos que envolvem a área jurídica (na defesa das ações de improbidade; da CODERE; das notas fiscais, etc), que ninguém sabe quem paga e como são realizados e contabilizados. Houve também, o estranhíssimo “Projeto Boulevard”, em que o Presidente do JCB prestou-se a papel não condizente com o seu cargo.

Por estes fatos e muitos outros, mais de 500 sócios estão requerendo o impeachment do atual presidente, Sr. Luis Eduardo da Costa Carvalho, e permanecem no aguardo da convocação da AGE que deliberará sobre o assunto.

E o pior, já existem comentários na Gávea, de que outras “surpresas” estão chegando, pois a movimentação de arquitetos nas tribunas sociais e nas vilas hípicas tem sido constante. Provavelmente, virão por aí outras péssimas notícias para o turfe.

Certamente, esse tipo de movimentação às vésperas de uma AGO de Prestação de Contas, que deverá se realizar nesta quarta feira, 25 de maio, às 17:00 hs, na sede do Centro da Cidade, passa a exigir atenção redobrada quanto ao universo de lançamentos existentes nas demonstrações financeiras de 2010.

Pois bem, fatos dessa natureza demandam explicações formais e urgentes, por parte do Jockey Club Brasileiro, no sentido de tranqüilizar todo seu quadro social e até mesmo os membros da atual Diretoria e do Conselho de Administração, muitos dos quais vêm manifestando seu desconforto com a atual situação.

É o mínimo que se espera do presidente do JCB.

Luiz Octavio Figueiredo
Presidente da ACPCPSI – Associação Carioca dos Proprietários do Cavalo Puro Sangue-Inglês.

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