Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

quinta-feira, 31 de março de 2011

Saúde Equina, por Tony Gusso

Saúde Equina, por Tony Gusso

BABESIOSE

Todos os envolvidos com cavalos já ouviram falar da famosa NUTALIOSE ou BABESIOSE, uma doença que diminui o rendimento do animal e tem como um dos sinais clínicos característicos a mucosa ocular amarelada a branca, assim como febre pela manhã e ao entardecer, membros posteriores edemaciados na região acima do boleto e em casos mais severos pode presentar sinais semelhantes aos quadros de abdômen agudo (cólica) e urina com sangue. Nos exames laboratoriais apresenta hemólise (hemo = sangue lise = quebra), que é o rompimento da hemácia com liberação da hemoglobina no plasma. Outro fator importante a ser levado em consideração é a restrições à entrada dos animais positivos em eventos internacionais e também a não exportação para países livres da babesiose.

Causada nos cavalos por um hematozoário (Babesia caballi e Babesia equi), um parasita sanguíneo, a contaminação acontece principalmente através de um hospedeiro intermediário, o carrapato. Esta transmissão ocorre após a contaminação deste com um sangue de um animal com babesiose, que, por conseguinte se alimenta de um animal sadio, transmitindo este protozoário.

O diagnóstico se baseia principalmente pelos sinais clínicos e exame laboratorial. A coleta de sangue da periferia (vasos de menor calibre como os da orelha e face), é necessária para a realização do esfregaço, exame onde se coloca uma pequena gota de sangue em uma lâmina para se observar no microscópio a presença ou não do parasita no interior dos eritrócitos (hemácias).

O tratamento é feito com drogas para a eliminação do parasita e melhora dos sinais clínicos secundários como anemia, febre e diminuição de apetite.

Para diminuir a chance de contaminação, o controle do carrapato ajuda no controle da transmissão natural desta doença.

Apesar de ser comum, muitas vezes passamos despercebidos pelos sinais clínicos, portanto segue o conselho de sempre perguntar e escutar aquele que está ao lado do seu animal no dia a dia.

Procure sempre o médico veterinário para o acompanhamento diário ou semanal de seu animal, isso ajuda muito da prevenção da maioria das doenças.

Dr. Tony Gusso - tonygusso@terra.com.br
Médico Veterinário Especialista em Clínica e Cirurgia de Equinos

http://www.raialeve.com.br

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