Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

domingo, 19 de setembro de 2010

ESCOLA DE PROFISSIONAIS DE TURFE DA GAVEA



CELEIRO DE CAMPEÕES
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Quatro e meia da manhã toca o alarme. Ainda está escuro e os garotos já se levantam para galopar os animais na pista. São muito solicitados, já que estão com gana de poder montar o animal quando ele for inscrito para correr. Depois do matinal, os alunos tomam um merecido café da manhã e em seguida volta ao batente para a segunda etapa: cuidar dos animais da Escola de Profissionais do Turfe (EPT). Depois, de segunda a sexta, após o almoço, ainda têm que frenquentar a escola, mas não a de aprender a montar e cuidar de cavalos Puro Sangue Inglês, mas a que ensina português, matemática, história entre outras. Assim é o dia a dia dos alunos que lá residem e de lá também sonham em um dia sair com a profissão garantida, a de jóquei.
A rotina de um aprendiz não é fácil. Durante o período que passam em regime interno na escolinha, não aprendem só a montar cavalo de corrida, mas vivem a dura rotina de um jóquei de alto desempenho. São meninos entre 16 a 19 anos que aprendem a lutar contra a balança, um pensamento que não sai da cabeça nem na hora da sopa do jantar ou quando comem a salada preparada pela nutricionista. Para entrar na EPT não se pode pesar mais do que 47 quilos e, ao longo do tempo, quem passar dos 51, pode ser desligado.
Alguns vêm de longe e de diversas partes do país para realizar o sonho de galopar no prado carioca. Vide M.Mazini, Mato Grosso, I.Correa, Rio Grande do Sul, D.Duarte, Brasília, Jean Pierre, de Carazinho, também no sul, Rodrigo Salgado, de São Pedro dos Ferros, em Minas Gerais. Outros do Rio mesmo, como o aprendiz que vem despontando, H.Fernandes, de Realengo, na zona oeste.



A dedicação e o profissionalismo são pontos fundamentais para seguirem nesta profissão, já que envolve esforço físico, luta contra a balança, acordar muito cedo todos os dias, além do sério envolvimento com a parte psicológica. É um jogo de perde e ganha a todo instante, afinal um páreo pode ter apenas um ganhador.

Atualmente, a EPT conta com dois aprendizes, já que João Roberto Pereira passou a jóquei na última semana e Julian Fernando pediu desligamento, e voltou para sua terra natal, Paraná e em breve vai tentar carreira na escola paulista. Portanto, apenas David Santana de 4ª categoria e H.Fernandes de 3ª categoria, integram o quadro de futuro jóqueis. Porém, segundo o administrador da EPT, Paulo Mileno, em breve este panorama vai mudar.

Ainda em setembro, ingressarão os paulistas D.Barros e A.Marques, ambos de 3ª categoria, com previsão de compor o quadro de aprendizes cariocas em outubro. E também no mesmo mês serão analisados I.Gaier e V.Borges, estes com experiências em canchas-retas e hipódromos no interior do Rio Grande do Sul, cidade onde moram. Caso sejam aprovados, serão liberados, a princípio, para trabalhar nos matinais. Outros que deverão ser liberados para galopar ainda este mês são os cariocas Carlos Henrique e Leandro Costa. Vale ressaltar ainda que Eduardo Merenciano de Oliveira e Felipe Morijo Lara são alunos que ainda estão no picadeiro com o professor José Machado, e só deverão estrear em 2010. A primeira foto foi tirada no portão da EPT, pela editora da Revista Turf Brasil e fotógrafa Karol Loureiro. No segundo momento, Paulo Mileno com uma antiga turma de apredizes.




por Danielle Franca - Fotos: Karol Loureiro e Gerson Martins

Um comentário:

  1. Gostaria muito de saber como faço para inscrever meu filho na escolinha de profissionais.Se puderem me orientar ficarei grata.

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