Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

terça-feira, 8 de maio de 2012

Maylan Studart levanta questão sobre joqueta americana e alguns colegas do Brasil



Maylan Studart com o prefeito de Nova York, na Gracie Mansion

A joqueta brasileira Maylan Studart, que trocou o turfe brasileiro e trabalha nos Estados Unidos há alguns anos, com cerca de 150 vitórias, dez delas na atual temporada hípica, montando apenas em hipódromos de primeira linha do turfe americano. Já foi capa do New York Times, tem concedido entrevistas para órgãos de imprensa locais e foi convidada pelo prefeito de Nova York para um jantar na Gracie Mansion, em homenagem à jewish heritage (herança judaica), pois Maylan se destacou como atleta e é da religião judaica.

Dos Estados Unidos, a brasileira faz críticas contundentes à escolha da joqueta americana Janice Baeza, mostra-se decepcionada com o turfe brasileiro e diz por que não ganhou quando montou na Gávea.

O depoimento, exclusivo para o site Raia Leve, é também pertinente ao que acontece nos bastidores do turfe, sob a ótica de Maylan Studart, que acredita que possa ser facilmente checado pelos vídeos das provas que participou.

A seguir, o depoimento de Maylan Studart:

Não recebi convite do Hipódromo do Cristal para o páreo das joquetas, mesmo tendo vencido torneio semelhante por lá, em 2007. Fui bem tratada por todos e recebida com muita hospitalidade. Assim, suspeito de que isso tenha a ver com essa "joqueta americana" Janice Baeza, que é muito mais galopadora de cavalos do que joqueta. Ela não é benquista, pois desrespeita todos no hipódromo, desde os jóqueis até os comissários de corridas. Já a denunciei duas vezes em hipódromos da NYRA: uma, por ter me ameaçado de morte com o chicote na mão, e, mais recentemente, por roubar coisas minhas e da Jaqueline Davis, além de nos acusar de ter roubado o cartão de crédito dela. Ela me vê com maus olhos e estava me assediando. Só parou depois que falei com os inspetores”.

Ainda sobre a joqueta americana Janice Baeza, a brasileira não poupa críticas:

Por aqui, Janice é vista como um palhaço pelas pessoas do Jockey Room. Estou pasma de saber que o Hipódromo do Cristal convidou-a sem perguntar a ninguém sobre o retrospecto dela. Existem muitas joquetas americanas excelentes, mas essa vai fazer com que os Estados Unidos se envergonhem de tal representação. Só soube da escalação dela por intermédio de amigos do Facebook e creio que ela fez questão de manter sigilo para que ninguém ficasse sabendo que está indo montar num torneio em meu país. Ninguém, nos bastidores do turfe americano, sabe que ela vai participar de um torneio de joquetas no Brasil. Eu mesma, como já citei, só fiquei sabendo pelo Facebook e quero deixar claro que, mesmo se eu tivesse sido convidada para participar, não poderia aceitar”.

Dos EUA, a profissional fala sobre sua decepção com colegas brasileiros:

Quando estive na Gávea, a Marcelle Martins acabou colaborando para que eu não ganhasse corrida durante minha estada no Brasil. Utilizei os serviços de seu agente para me arrumar montarias, mas enquanto ela pilotava ganhadores, eu só montava matungos. Quando esse agente, o Mancuso, foi confrontado, disse: "Sabe como é, a Maylan vai ficar aqui por apenas duas semanas e eu tenho de cuidar do meu lado". Ou seja, ele deliberadamente me excluiu para fazer o cartaz da Marcelle”.

Maylan diz por que não ganhou com o cavalo Feeling Olympic, treinado por Dulcino Guignoni, sua melhor montaria na última vez que esteve no Rio:

Sabem por que eu não ganhei com o cavalo do Guignoni? Porque a Marcelle largou procurando me derrubar, o que quase conseguiu, e me fez perder o páreo. Ela culpou o jóquei que estava ao seu lado, mas no replay vi que ele nem chegou perto dela, pois partiu para fora, não para cima dela. Fui à Comissão de Corridas dizer que só havia perdido o páreo pelo prejuízo na largada e eles me informaram que o Código de Corridas brasileiro só prevê desclassificação em eventos ocorridos na reta de chegada. Não acreditei. Então, cortar o caminho na partida, tirar o rival do páreo ou tentar derrubá-lo em outra parte do percurso pode? Para esses casos só é prevista uma pequena suspensão e que, às vezes, nem acontece? Isso é um convite à infração. Dessa forma, não há como proteger proprietário ou treinador. Por aqui, cavalos já foram desclassificados por prejuízos em qualquer parte do percurso, dependendo da gravidade da situação. Outro jóquei, ao que me parece, o mesmo que venceu o GP Brasil, também tentou me derrubar, atirando-me contra a cerca. Meu cavalo quase pulou para o outro lado”.

Maylan abre o verbo contra colegas brasileiros:

O jogo aí está sujo demais. É uma vergonha ver que alguns jóqueis brasileiros ficam tentando derrubar uns aos outros. Eles não percebem que a queda poderia ser a deles próprios. Não desejo isso a ninguém. Aqui todos também querem ganhar, mas conhecem seus limites e cuidam uns dos outros durante os páreos. Quando um jóquei cai, os demais fazem uma “vaquinha” para ajudar o que caiu. Como brasileira, me envergonha saber que jóqueis que deveriam ser profissionais, são incompetentes e trapaceiros. Sei que muitos são honestos, mas por causa dessa cultura do turfe brasileiro os honestos são forçados a utilizar a mesma prática”.

A joqueta brasileira informa sobre a tomada de posição e de reivindicações que estão sendo feitas nos Estados Unidos para elevar o esporte das rédeas:

Tenho integridade. Jamais irei violentar minha ética e minha moral porque um grupo pensa que assim deve ser. Estamos lutando, através da legislação americana, para que o turfe tenha crescimento saudável. Queremos que haja proibição de medicações em dias de corrida, aprovação de novos testes antidoping e um sistema rígido de punição a treinadores e jóqueis que quebrarem as regras. Temos um banco de dados de âmbito nacional, com todos os jóqueis, treinadores, galopadores e demais profissionais, a fim de proteger o esporte contra pessoas em situação ilegal ou envolvidas em algum crime. Estamos, também, trabalhando para ter uma associação nacional que regule as regras de todos os hipódromos, em todos os estados, pois cada um tem uma regra diferente. Tivemos uma reunião no Congresso, há duas semanas, e esperamos que tenhamos novidades e melhorias gerais em breve. A ideia é avançar o turfe para o nível das Olimpíadas e proteger cavalos, jóqueis e proprietários. Quem sabe se, um dia, não poderei ajudar o Brasil também”?

Para finalizar, Maylan afirma seus valores:

Eu quero passar ao público um pouco dos bastidores que ele não tem conhecimento. Atrás de um sorriso, às vezes existe muito mais do que apenas o sorriso. Infelizmente, tive de aprender isso por experiência própria. Graças a Deus, meus pais me ensinaram a ser honesta e íntegra. E tais predicados vão me acompanhar para sempre, em qualquer parte do mundo. Espero colaborar para mudar a cabeça de alguns colegas brasileiros. Que em vez de se prejudicar, possam se unir para melhorar esse esporte maravilhoso que carece da mídia para buscar sobreviver no novo milênio. Se não houver união e não tentarmos elevar o esporte será difícil sustentá-lo no futuro. Gostaria de aproveitar o momento para aplaudir a criação de cavalos de corrida do Brasil. Ela nos enche de orgulho”.

da Redação

transc. do Site Raia Leve


3 comentários:

  1. Que isso! To chocado. Não sabia que essa menina era desse jeito.
    Isso tudo pq não chamaram ela pro pareo das joquetas?

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  2. Bravo!! bravo!! Maylan eu acho que vc esta na profissao errada depois de ler o seu discursso vc deveria receber um Oscar de Drama Queen rs para de c fazer de coitadinha, alem de ter ficado com dor de cotovelo, por nao ser convidada para participar do torneio fica culpando seus compatriotas, pessoas que te apoiaram no comeco da sua carreira.Que coisa feia em Maylan?? Sera que eles tambem tem culpa de vc ser uma joqueta limitada??? E depois ficar metendo o pau na Marcelle Martins nada ver ela n tem culpa de ter ganhado 100 vitorias em 1 ano e de ser uma joqueta Revelacao.A ma lingua e a arma dos incompetentes e dos invejosos para de jogar seus brinquedos e trablhe mais duro! quem sabe voce pode ate melhorar seu desenpenho. Isso se vc ainda pretende seguir sua carreira de joqueta,mas se vc resolveu mudar de ideia e quer ser uma atriz de cinema em Hollywood continua no Drama Queen que vc vai ser muito bem sucedida rsrs

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  3. Inveja eh triste! Essa pessoa nao chegou nem a ser aprendiz no Brasil, e agora se auto-julga a melhor joqueta do mundo. Quanta prepotencia! Ela fala em moral....que moral? Todos nos Estados Unidos sabem que ela so consegue montarias por meio de golpes digamos nao apropriados... ela nao tem competencia tecnica alguma para fazer comentarios como aqueles acima. Ela deveria se recolher a sua insignificancia e cuidar de sua mediocre vida de joqueta, procurando se aperfeicoar por meio de muito trabalho (HONESTO), e principalmente etica !

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