Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

JOCKEY CLUB BRASILEIRO LANÇA O JOCKEY CLUB BOULEVARD


Durante anos, o Jockey Club Brasileiro procurou gerar novas receitas com o objetivo de melhorar a saúde financeira do clube. Muitas vezes, essas receitas vieram de aluguéis de suas dependências para contratos temporários e eventos realizados nas sedes da Lagoa e do Centro, entre outras medidas. Todas essas iniciativas, porém, não foram suficientes.

Atento a essa situação e ao estado de degradação de algumas de suas áreas, o Jockey sentiu a necessidade de planejar o clube a longo prazo e aproveitar melhor suas dependências para modificar esse quadro.

Desde então, o Jockey vem realizando estudos para desenvolver um projeto, que se transformou em um Masterplan para a sede da Lagoa e cujo propósito é beneficiar os sócios, a comunidade que o cerca e o turfe, razão de sua existência. Assim surgiu o Jockey Club Boulevard, um projeto que gera receitas perenes, proporciona a revitalização do clube e garante de forma definitiva os investimentos no turfe e a perpetuidade da instituição.

1. O que é o projeto Jockey Club Boulevard?

É um empreendimento imobiliário de alto padrão e concepção totalmente sustentável que ocupará apenas 19% do terreno do JCB. Ele será composto por unidades com térreo mais dois pavimentos, construídos em áreas subutilizadas do clube – a atual Vila Hípica –, mas mantendo o clima de vila e suas áreas verdes. Os itens tombados serão preservados, assim como a privacidade da área social e as atividades do turfe, que não terão nenhuma ligação com o empreendimento.

2. Qual o tamanho exato do empreendimento e qual a dimensão dele dentro do Jockey?

A área ocupada corresponde a apenas 19% do terreno total do Jockey. São 124.000m², dos quais aproximadamente 50% serão construídos, praticamente o mesmo percentual ocupado atualmente. O projeto também mantém as áreas verdes preservadas em um Masterplan que contempla intenso paisagismo assinado pelo escritório Burle Marx.

3. Que tipo de estabelecimento será construído no local?

Além de escritórios, está prevista a construção de um centro médico, um business center e um deck com vista para Lagoa. Esse espaço abrigará restaurantes, cafés, livrarias e outros estabelecimentos culturais, e permitirá a integração com a Lagoa Rodrigo de Freitas, revitalizando uma área da cidade que hoje, por ser subutilizada, enfrenta problemas de segurança.

4. O Jockey vai vender a área onde será realizado o empreendimento?

Não. Será feito um contrato para concessão do direito de uso da superfície e, quando este terminar, o JCB terá o empreendimento incorporado ao seu patrimônio e poderá usufruir de 100% de suas receitas.

5. Quanto o clube receberá por isso?

Durante o período de concessão, o JCB receberá mensalmente 12,5% da renda bruta gerada pelo Jockey Club Boulevard, estimada em R$ 18 milhões/ano, além de reduzir sua despesa, em torno de R$ 1,5 milhões anuais, com as Vilas Hípicas. Terminada a concessão, todas as edificações construídas e os contratos vigentes serão incorporadas ao patrimônio do JCB, que passará a usufruir da renda total gerada pelo empreendimento. Será ainda construído um centro de treinamento na Serra Fluminense, com capacidade para hospedar todos os cavalos e profissionais que hoje ocupam as cocheiras.

6. O que o sócio ganha com o empreendimento?

Além da valorização do título e do aumento do patrimônio, será possível sanear o caixa do JCB. Os recursos provenientes do Jockey Club Boulevard serão todos aplicados no turfe, como determina o decreto 96993/88* que regulamenta a Lei do Turfe, e vão garantir o aumento dos prêmios das corridas e a melhoria da atividade esportiva. Assim, os recursos disponibilizados pelos sócios mensalmente poderão ser aplicados em melhorias nas áreas sociais do clube.

* Art. 54. Dos recursos auferidos com apostas e outras receitas turfísticas de qualquer natureza, deduzidos os encargos trabalhistas, previdenciários e as contribuições devidas à CCCCN, 99% serão empregados para atender às despesas de interesse turfístico e 1% para despesas gerais das entidades turfísticas.

(...)

Art. 56. Consideram-se receitas de interesse turfístico:
II - as que resultam da locação de dependências ou da exploração das atividades turfísticas praticadas nos hipódromos, postos de fomento, agências ou qualquer dependência ou instalação direta ou indiretamente ligada à atividade turfística;

7. O empreendimento afeta a privacidade do Jockey?
Não. Ele mantém a privacidade hoje existente e, como será construído na Vila Hípica, resgata uma área que atualmente se encontra subutilizada e degradada. A área social e as atividades do turfe não terão nenhuma ligação com o Jockey Club Boulevard. Será mais uma área de convivência segura na cidade que favorecerá a valorização dos imóveis próximos.

8. Qual será o investimento para a construção do empreendimento?
Aproximadamente R$ 650 milhões.

9. Quanto tempo levará a obra?
Para minimizar impactos inerentes a qualquer obra, o empreendimento será construído em etapas. A previsão é que o Jockey Club Boulevard esteja concluído em seis anos.

10. Do que depende a aprovação do projeto?
O projeto depende da aprovação dos sócios em assembléia geral. O quorum necessário é maioria simples. Depois de aprovado em assembléia, precisará ser aprovado em todos os órgãos municipais competentes e seguirá o trâmite normal de qualquer empreendimento comercial desse tipo.

11. Por que a Odebrecht fará o empreendimento? Por que ela foi escolhida?
Visando encontrar a melhor solução entre as propostas de desenvolvimento imobiliário apresentadas à direção do clube, o Jockey encomendou estudo à Fundação Getúlio Vargas para avaliar os aspectos sociais, econômicos e financeiros de cada proposta. A comparação entre os projetos apontou que o Jockey Club Boulevard, desenvolvido pela Odebrecht Realizações Imobiliárias e a Performance Empreendimentos Imobiliários, trará mais benefícios, uma vez que respeita as características arquitetônicas e paisagísticas do Jockey e oferece o melhor e mais seguro retorno econômico e financeiro para o Clube.

12. Terá estacionamento para todos os usuários?
Sim. O projeto prevê uma área para estacionamento no subsolo para abrigar cerca de 2,5 mil carros, além de bicicletário e estacionamento para motos. Há ainda uma forte preocupação em gerar o menor impacto possível no trânsito da região. Estudos realizados mostram que as soluções contempladas no projeto e a própria natureza do empreendimento – comercial, focado no uso empresarial – reduzem consideravelmente o impacto no trânsito da região, que também será beneficiada pelas obras de ampliação do Metrô.

13. Como ficará o trânsito na região?
Desde o início do projeto, será empreendido todo esforço para que o tráfego não seja afetado. Foram realizados estudos de impacto de trânsito e propostas ações para reduzir as consequências de um aumento no fluxo de veículos. Entre elas, a criação de pistas de aceleração e desaceleração para a entrada e saída de veículos nas proximidades do empreendimento.

14. Existe possibilidade de, em médio prazo, outras áreas do clube serem utilizadas para outros empreendimentos?
Não há projetos em estudo para outras áreas. Este Plano Diretor apresentado ao clube visa desenvolver um projeto em total sinergia com o Jockey, excluindo a necessidade do loteamento de parte de suas instalações para gerar receita sem um planejamento prévio.

15. Quem assina o projeto arquitetônico do empreendimento?

Os projetos das edificações que compõem as vilas foram concebidos por dois dos maiores e mais importantes escritórios de arquitetura do Rio de Janeiro: Paulo Casé Planejamento Arquitetônico e Eduardo Mondolfo Arquitetos. O projeto paisagístico é assinado pelo também reconhecido escritório Burle Marx.

16. O terreno do Jockey é tombado? Como o projeto será construído?
O terreno, que é de titularidade do Jockey, não é tombado. Apenas alguns elementos são tombados, e o projeto respeitará todos esses elementos. O empreendimento irá ocupar a área das cocheiras. A revitalização dessa área, hoje degradada, gerará enormes benefícios para o Jockey.

17. Com a construção do empreendimento, o que irá acontecer com residentes e comodatários?
Os comodatários da Lagoa serão transferidos para a Região Serrana e usufruirão dos benefícios gerados pelo novo centro de treinamento. Os moradores que vivem do turfe terão a opção de também se transferir para lá. O novo CT contará com espaços destinados aos treinadores, cavalariços e demais profissionais do turfe, e irá demandar apenas custos de manutenção e operação, que serão rateados entre os comodatários.

18. Para adquirir a cocheira, os comodatários pagaram uma taxa ao Jockey. Eles serão indenizados?
Não. O valor atualmente pago pelo comodatário não é destinado ao Jockey, mas configura-se uma taxa de doação para a caixa beneficente dos empregados do JCB. Esse valor, portanto, não pode ser restituído. No entanto, é necessário ressaltar que os comodatários serão beneficiados com a construção de um centro de treinamento na Serra Fluminense.

19. Para onde irão os cavalos que hoje vivem na Vila Hípica?
Para um novo centro de treinamento na Região Serrana, que terá capacidade para hospedar todos os cavalos que hoje ocupam as cocheiras e contará com modernas instalações e infraestrutura para treinamento dos cavalos. Nos últimos anos, diversos criadores optaram por transferir seus animais para essa região. Trata-se de um ambiente propício para treinamento de alto rendimento, o que, consequentemente, aumenta as chances de vitórias e receitas com prêmios. Com a construção do novo CT, o Jockey Club Brasileiro contribui para aumentar a competitividade entre os cavalos, que correrão em condições de igualdade com animais que já dispõem desse benefício.

20. No Jockey, os proprietários têm à disposição o Hospital Veterinário. Como será o atendimento veterinário dos cavalos na Serra?
O CT da Região Serrana terá um Hospital Veterinário e, no Hipódromo, um Centro de Emergência será mantido para atendimentos de urgência

JCB

Nenhum comentário:

Postar um comentário