Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Vaquejada o esporte nordestino


vaquejada o esporte nordestino
Um canto amargo, saudoso, que viaja no vento e atravessa o coração como uma flecha. É assim o aboio do vaqueiro tangendo o gado no meio do mato, em qualquer região do nordeste. Esse canto conta histórias e lendas. É um relato real de aventuras e do trabalho na lida de todos os dias nas fazendas em todos os estados da região. A mesma lida que provavelmente fez surgir o mais viril e vibrante esporte do homem do campo: a Vaquejada. A prática é tipicamente nordestina. Pode-se até dizer que foi um trabalho que virou diversão. Os relatos mais antigos registram que começou a surgir por volta dos anos 40 quando os vaqueiros faziam demonstrações públicas de suas habilidades com o trabalho de manejo do gado.


Nas fazendas de antigamente, o gado era criado solto em capoeiras e caatingas. A cada temporada ou fim de estação, os fazendeiros organizavam o que eles chamavam de “pega de boi”. Uma festa onde se reuniam todos os vaqueiros da região para pegar o gado que vivia na solta e que seria marcado a ferro, castrado e conduzido para áreas onde os pastos existissem em maior abundância. Essa tarefa era difícil. Os animais viviam em áreas de mato fechado, cheias de espinhos e galhos secos. O exercício de capturar o boi no mato exigia do vaqueiro extrema perícia e coragem.


O trabalho que exigia perícia acabou criando heróis e muitas lendas entre os homens rudes do campo. Os melhores e mais corajosos eram reverenciados como ícones. A “pega do boi” começou a ganhar nova roupagem e sair do meio do mato para chegar às cidades onde ganhou platéia e seguidores. Em vez de correr no meio do mato os vaqueiros passaram a correr em pistas delimitadas. Um curral, um brete, uma porteira estreita conhecida como mourão e uma faixa de terra com cercas paralelas e areia fofa para facilitar a vida de cavaleiros e animais. No início vencia quem derrubasse o boi, puxando pelo rabo, mais próximos do jiqui. Atualmente, é mais elegante. A dupla de vaqueiros corre por uma extensão de 110 metros e derruba o boi numa faixa demarcada por linhas paralelas feitas de cal. Além disso, as pistas ganharam infra-estrutura de bares, restaurantes e locais para realização de shows

créditos - http://vaqueijada2010ba.blogspot.com

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