Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

sábado, 31 de julho de 2010

JUVENAL RELEMBRA AVITÓRIA DE APORÉ A 31 ANOS


Juvenal Machado da Silva, recordista de vitórias no Grande Prêmio Brasil, Juvenal relembrou a vitória de Aporé, dos Haras São José e Expedictus, que há 30 anos proporcionou à primeira, das cinco vitórias obtidas por ele, na maior prova do turfe nacional. Segundo ele, muita gente não sabe até hoje, mas a presença de Aporé só foi confirmada algumas horas antes da largada do páreo.

“Aporé era um cavalo veloz e resistente que rendia o máximo na raia leve. A coudelaria Paula Machado inscreveu vários animais de categoria, com a presença certa apenas do Amazon, ganhador do GP 16 de Julho, e montaria de jóquei titular, Gabriel Meneses. African Boy fez forfait e eu assinei compromisso com Aporé e Anglicano, que havia tirado terceiro na preparatória. No dia da corrida, eu e o Gabriel Meneses nos reunimos com o doutor Francisco Eduardo de Paula Machado, ao meio dia, na Comissão de Corridas, e ficou decidido que correriam Aporé e Amazon. A idéia de todos era de que o estilo de Aporé, muito veloz, poderia ajudar a atropelada do companheiro Amazon. Mas no meu íntimo, eu saí daquela reunião com a certeza de que ganharia meu primeiro GP Brasil”, recorda.

Juvenal lembra que a tática de corrida da família Paula Machado funcionou ao contrário. Os rivais estavam preocupados demais com Amazon, que atuava no bloco intermediário, para atropelar. “Logo após a largada, os jóqueis começaram a parar seus conduzidos por acharem que meu cavalo era apenas um coelho, que fazia corrida para Amazon. Eles esqueceram que Aporé também era um craque, ganhador da Taça de Ouro. Aproveitei para fazer um ritmo falso. Tirei mais de seis corpos na frente e na altura dos 800 metros finais o deixei respirar. Esperei os 400 finais para dar a partida. Ele estava inteiro ainda e enquanto eles ainda esperam pelo Amazon, Aporé fugiu para o disco para ganhar disparado”, conta exultante

Juvenal não considera esta vitória a mais emocionante de sua carreira. Faz questão de afirmar que todas elas tiveram um sabor diferente. Segundo o ex-jóquei, ela foi importante por ter aberto o caminho para melhores oportunidades. Mas considera, em termos de Grande Prêmio Brasil, a vitória de Flying Finn, do Stud Numy, em 1990, a que mais mexeu com ele. “Havia a rivalidade entre eu e o Ricardinho. A mídia explorava isso demais. Eu tinha um carinho especial pelo cavalo e ele foi menosprezado na semana da corrida. Diziam que ele trabalhou mal e que o Falcon Jet era barbada. Quando conquistei o meu quinto triunfo na história da prova fiquei emocionado. Só voltei a sentir a mesma emoção alguns anos depois quando Super Power, do Stud Rio Aventura, conquistou a tríplice-coroa e derrotou a égua Be Fair, também tríplice-coroada, montava pelo Lavor”, conta.

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