Sinônimo de maquiagem no Brasil, Duda Molinos é sucesso tanto no mundinho fashion como entre o grande público. Não à toa o gaúcho que se mudou para São Paulo em 1984 e mudou o panorama da make up no país tem hoje sua própria linha. Além de desenvolver sombras, batons e bases com seu nome, Duda também é constantemente chamado para ministrar palestras e workshops, assinar editoriais e campanhas e prestar consultoria para grandes empresas. No extenso currículo do maquiador ainda há um livro lançado pela Editora Senac, a apresentação de um quadro no programa global Mais Você, além de ser jurado do Brazil’s Next Top Model.
Quais as cores em alta este ano?
Amarelo, pink, laranja, vermelho, azul, verde, roxo. Qualquer cor com vibração. A cor entra no look quase como um acessório, não precisa ser um David Bowie. O ideal é escolher um ponto do rosto e desenvolver a ideia. A maquiagem colorida começou no verão e vai ficar também no inverno. Ela pode funcionar tanto como um contraponto à roupa escura como para reforçar o modelo.
Existem regras na maquiagem?
Existem, sim, ainda algumas regrinhas, mas não que façam proibições. Elas servem mais para nortear a maquiagem, quase uma convenção estética. Como um dos exemplos podemos citar o fato que as mulheres de pele oliva têm olheiras mais pronunciadas e não ficam bem de roxo, pois parece que as marcas são ainda mais profundas. Já as negras de pele bem escura devem evitar o prata porque o contraste é muito grande.
A brasileira é considerada conservadora em matéria de maquiagem? Você acha que a situação está mudando?
Durante muito tempo se vendeu esse conceito de beleza brasileira natural, reforçado principalmente pelas tops de sucesso internacional, como a Gisele (Bündchen) e a Isabeli (Fontana) que têm um look natural. As mulheres não ousavam na maquiagem muito por causa disso. Mas com a globalização, como uma nova moda mundial, a brasileira entende que uma nova beleza está acontecendo e, nela, o forte são as cores. Ainda não há uma mudança radical, mas ela já está acontecendo, principalmente entre as mulheres mais antenadas, com maior acesso à informação de moda. Na minha marca de make, achei que a linha mais vibrante seria mais conceitual, mas não. Ela está sendo a mais comercial.
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