O turfe na Cidade Maravilhosa
A ligação da cidade do Rio de Janeiro com o turfe é das mais nobres. Basta citar, por exemplo, as inúmeras ruas e avenidas batizadas por personalidades que ajudaram a construir a atividade na cidade maravilhosa.
No Brasil, o turfe foi o primeiro esporte a se estabelecer. E o Rio, como sede do Governo e maior porto de entrada no país, foi o escolhido para realizar as primeiras carreiras. A primeira corridas de cavalos no Rio foi em 1810, na então denominada Praia da Saudade, hoje Praia de Botafogo. Organizadas por comerciantes ingleses em trânsito no Brasil e aristocratas e nobres, as corridas eram disputadas na areia da praia, sempre que a maré permitia.
Conforme registro do Diário Fluminense de 31 de julho de 1825, era possível encontrar na plateia o imperador D. Pedro I e sua esposa D. Maria Leopoldina. Entretanto, as corridas passaram a ser disputadas oficialmente somente na segunda metade do século XIX, com a criação do Club de Corridas. Em 6 de março de 1847, sob a presidência de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, o Club marcava, em definitivo, o início das atividades turfísticas na cidade.
Prado Fluminense, onde tudo começou
Localizado num terreno alagadiço, entre os bairros de São Francisco Xavier e Benfica, o Club de Corridas teve sua primeira reunião no dia primeiro de novembro de 1850. Funcionou por cerca de três anos, em meio a muitas dificuldades. O Prado Fluminense, como ficou conhecido, reabriu em 1854 como Jockey Club Fluminense, sendo esta a segunda entidade no Rio. Somente no dia 16 de julho de 1868, nascia o Jockey Club.
No final do século XIX o turfe carioca vivia um momento único. A capital chegou a ter cinco hipódromos funcionando simultaneamente: Club de Corridas Vila-Isabel; Prado Guarany na Praia Formosa , ; Hipódromo Nacional, com sede na Chácara da Cruz - onde hoje é a sede do América Futebol Clube; ‘Turf Club’, na Mangueira; e o ‘Derby Club’, inaugurado em 1885 no terreno onde hoje está o Maracanã.
Em 1919, o terreno do Prado Fluminense serviu de permuta com a prefeitura para a área do Hipódromo da Gávea, com obras concluídas em 1926. O Jockey Club Fluminense, por fim, realizou a última corrida em junho de 1926, quase um mês antes da inauguração do Hipódromo da Gávea. Em 1932, o Derby Club fez a fusão com o Jockey Club, o que resultou na nova entidade: o Jockey Club Brasileiro.
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