A diretoria do novo presidente do Jockey Club de São Paulo, Eduardo da Rocha Azevedo, começou sua gestão com a corda toda. Algumas medidas tomadas são bastante interessantes, mas não resta a menor dúvida que a mudança nas porcentagens de retiradas nas apostas é a mais significativa. As apostas de vencedor passaram de 30% para 27% e as de placê de 26% para 24%. Mas é no páreo de abertura das programações que está à alteração mais ousada e contundente. A retirada nas apostas será de 20%, enquanto aqui na Gávea, por exemplo, é de 33%.
Desde ontem à tarde alguns amigos turfistas já me telefonaram para comentar da enorme vantagem de fazer as apostas das corridas do Rio no tele-turfe de São Paulo. Os dirigentes do turfe carioca devem ficar atentos, com lápis e papel na mão, e acompanhar até que ponto esta medida vai afetar financeiramente o Pick 3 da Gávea. Com certeza, os turfistas que possuem tele-turfe em Cidade Jardim vão preferir desconto de 20% nas suas apostas. O que deve ser controlado é o número de novas adesões ao tele-turfe paulista. Se o aumento for significativo é por que muita gente vai correr atrás dos 20% no páreo de abertura.
A solução óbvia e mais simples seria diminuir a retirada do primeiro páreo da Gávea também. Em caso de considerar inconveniente fazer isso, os diretores de apostas do Rio podem mudar o páreo inicial do Pick 3 para o segundo páreo. Ou ainda acabar com o páreo do Pick3 na prova de abertura da programação e realizar apenas o segundo Pick 3. A coisa é complicada e cabe aos dirigentes cariocas estudarem a melhor saída. Agora, o que me parece difícil é o turfista ter a opção de apostar com retirada de apenas 20%, e se sujeitar a uma retirada de 13% a mais.
As outras medidas paulistas interessantes são a das corridas diurnas começarem sempre às 15h. Aqui no Rio de Janeiro, cidade de praia, seria excelente também. A liberação do padoque para que os potros de dois anos tenham a possibilidade de se acostumar à iluminação artificial é outra iniciativa elogiosa. E a ajuda de custa de R$ 300,00 no transporte dos cavalos do Paraná inscritos nas programações de Cidade Jardim, nem se fala. As duas últimas alterações, indiscutivelmente, beneficiam por demais os proprietários, verdadeiros baluartes da resistência turfística no país.
por Paulo Gama
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