Dois artigos publicados na imprensa francesa, um assinado por mestre David Powel, outro por Pierre Laperdrix, ambos denotando irritação, devem servir, pelo menos, muito de reflexão para o pessoal de turfe, não importa o país.
David Powel, a partir dos resultados do Investec Derby Stakes (G1) e do Prix du Jockey Club (G1), critica enormente as mudanças impostas de seis anos para cá no calendário francês e lembra que, em 1967 ou 1968, ele não define a data, escreveu um artigo para o The Blood Horse, depois de conversar com Jean Romanet, onde ele dizia que a programação clássica francesa era um exemplo a ser seguido, um verdadeiro modelo do gênero. Coisa que, textualmente para ele, não é mais: "A sua destruição, que a diminuição da distância do Jockey Club de 2.400m para 2.100 é um dos exemplos mais graves e eloquentes, me deixa enormemente triste. Mas, como Pierre Champion, em seu belo artigo sobre isso e sobre o último final de semana, eu ainda tenho esperança que um dia o nosso "Derby" volte a ser realmente um..."
Já Pierre Laperdirix, no Jour de Galop, sem papas na lingua fala das diretrizes dos ratings internacionais, onde, afirma, a subjetividade, a sensibilidade e as impressões causadas, fundamentais para a análise de uma performance e da classe de um PSI, deixaram de existir e foram substituídas por uma "fria matemática", como ele aponta, o que produz decisões lamentáveis, ratings pervertidos que ignoram a classe pois essa não pode ser medida numericamente.
Tudo começa, em seu artigo, com a publicação no dia 22 de maio pela FIAH (Federação Internacional de Atividade Hípicas), de seus últimos ratings. E diz: "Esta publicação mostra mais uma vez seus limites. Depois de, em 2008, os handicapeurs internacionais, terem concedido somente um mediocre 128 para Zarkava, agora chegou a vez de Goldikova ser a vítima. Ela está simplesmente ausente!"
Ele continua: "Goldikova, para eles, só correu uma vez, vencendo o Prix d'Ispahan (G1). Esta perfomance talvez não tenha sido realmente fácil de ser analisada. Mas suas atuações em 2010 não lhe deveriam dar o direito de estar entre os cinco melhores corredores do mundo atualmente? Um rating deve levar em conta o conjunto das performances de um cavalo ao longo de todo um ano e não unicamente ser estabelecida, ou não, em cima de uma solitária tentativa(...) Além do mais as provas de grupo não são simples handicaps e assim serem vistos a título da determinação dos ratings."
Da Gerência de Turfe
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