Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

segunda-feira, 7 de março de 2011

Nelito Cunha é entrevistado pelo Raia Leve - Leandro Mancuso


Nelito Cunha
O jóquei Nelito Cunha, hoje montando em Singapura, concedeu uma entrevista à reportagem do Raia Leve.

Veja abaixo:

RL - Nome completo, idade e onde nasceu?

NC - Nelito Lola da Cunha, 38 anos, nasci em Pernambuco e fui criado na Bahia.

RL - Quando e onde você começou a montar?

NC - Comecei montando em canchas retas no interior da Bahia muito pequeno, profissionalmente foi em 1988 no Jockey Club de Pernambuco, na Madalena e em seguida (1.989) fui pra São Paulo onde iniciei na Escola de Aprendizes, no começo como aprendiz foi difícil, pois até pensei em parar de montar, pois não estava conseguindo ganhar carreiras. Depois foi ganhando confiança aos poucos, e se firmou na profissão, com muitas vitórias, na condição de aprendiz. Até hoje sou recordista da escolinha de jóqueis de São Paulo, com oito meses e oito dias, onde venceu setenta corridas, (recordista anterior era L.Duarte).

Na época meu irmão (Nilson Cunha) era jóquei em Recife e me incentivou muito na profissão.

RL - Quando e qual foi a vitoria marcante em sua carreira?

NC - Com certeza foi quando ganhei meu primeiro GP São Paulo em 1992, com o cavalo Urban Hero uma emoção sem tamanho, ali tive a certeza de que muitas oportunidades boas iam surgir pra mim, eu teria que ter a cabeça firme pra poder aproveitar todas elas, seguir minha profissão e ser um jóquei valorizado.

RL - Sabemos que a profissão de jóquei e uma profissão difícil, tirar peso, ficar feriados e finais de semana longe dos filhos, da família. Mesmo assim, gostaríamos de saber se você teve alguma tristeza na profissão e qual foi?

NC - Nunca tive grandes tristezas na minha profissão, tive sim alguns aborrecimentos, mas foram tão pequenos que não considero tristeza.


RL - Decidir uma carreira e questão de segundos, sendo assim qual foi sua maior derrota nas pistas?

NC - Minha maior derrota foi no GP São Paulo de 2008, estava montando Quick Road, fiz um percurso errado, me encaixotei e cheguei descolocado e por isso fui barrado.

RL - Qual foi o melhor cavalo que viu nas pistas?

NC - Foi Cacique Negro, com certeza um craque!

RL - Como montou diversos craques, diga-me o nome de alguns que foram em especiais?

NC - Urban Hero, Vomage, Val de Grace, Puerto Madeiro, Real Balafre, Top Hat e Quick Road.

RL - Qual o melhor treinador no qual você já trabalhou?

NC - Sem duvida nenhuma Selmar Lobo, um treinador que foi jóquei, sabe exatamente a rotina dos cavalos e isso ajuda muito... além da arte de treinar cavalos ele e uma grande pessoa, que admiro muito.


RL - Sabemos que a profissão tem ídolos, em que jóquei você se espelhou?

NC - Sem sombra de dúvidas Ivan Quintana e Jorge Ricardo.

RL - Qual foi o proprietário que você jamais esqueceria e por quê?

NC - O proprietário que jamais vou esquecer é o Haras Old Friends, sempre tratou eu e minha família como sendo a dele, além de confiar seus animais a mim, devo muito carinho e respeito a ele e a família toda.

RL - Você está em Singapura desde setembro de 2010, como surgiu esta oportunidade?

NC - Um proprietário do Paulo Henrique Lobo dos Estados Unidos e de Singapura pediu que lhe indicasse um jóquei, ele como sempre teve muito contato comigo porque eu sempre fui jóquei preferencial do seu pai me indicou.

RL - Hoje, depois de ser umas das estrelas no turfe paulistano, qual e seu maior sonho?

NC - Obrigado pela estrela, espero que ela continue brilhando aqui em Singapura, mas meu maior objetivo agora e ganhar o GP de Singapura.

RL - O normal da carreira de jóquei, quando param e virar treinador, este e seu pensamento pra futuro?

NC - Nunca pensei em ser treinador, mas como minha vida sempre foi diretamente ligada a cavalos de corrida, acho difícil fugir da tradição.

RL - Qual seu recado para os leitores do Raia Leve.

NC - Divulguem mais o turfe, um esporte lindo e maravilhoso que precisa de público, continuem torcendo por mim para que eu possa fazer um trabalho bonito e enaltecer os jóqueis do Brasil.

por Leandro Mancuso

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