O pioneirismo do clarividente fundador do Mondesir, Antônio Joaquim Peixoto de Castro Júnior, fez com que ele trouxesse para uma temporada no Brasil, a época em que ele importou o fundamental Swallow Tail da Inglaterra, o jóquei francês Marcel L’Ollierou. Antes de seguir para o haras, Swallow Tail foi preparado para correr Grande Prêmio São Paulo. Ainda desambientado pelo curto espaço de tempo que lhe foi dado, com precário tempo de adaptação, mudando de hemisfério e sem o necessário prazo para se adequar ao novo ambiente e com o pouco treinamento pelo tempo insuficiente, Swallow Tail participou ativamente da corrida e até deu a impressão de vitória, mas as condições inadequadas lhe impuseram um honroso 2º (ou 3º). Marcel L’Ollierou foi o jóquei, montando ao estilo francês da época, que era nitidamente inferior aos bridões aos quais os brasileiros estavam acostumados, influenciados pela então espetacular escola chilena de jóqueis. L’Ollierou saiu vaiado da raia, sua maneira de montar foi ridicularizada. Na verdade ele não era um jóquei de grande sucesso na Europa, corria mais com a cabeça, o corpo menos debruçado que o estilo chileno, e rodava intensamente o chicote para instigar os seus cavalos, o que de imediato deu-lhe o apelido de "ventarola". Swallow Tail foi para o haras, onde mostrou-se extraordinário, e Marcel L’Ollierou, após uns meses no Brasil, voltou para França para satisfação dos turfistas brasileiros
por Milton Lodi
Nenhum comentário:
Postar um comentário