Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Almiro Paim Filho e Odelia de Oliveira Paim...

Prezado Danneman Sou Isabela Paim Ricardo fiha do falecido treinador
(filha do também falecido treinador Manoel de Oliveira) irmã do treinador Victor Paim e ex-esposa do Joquei Jorge Ricardo, pai de meu filho. Porque faço esses relatos? Por que minha vida e de minha família foi toda pautada e norteada em função das corridas de cavalos e minha vida, e de meus pais, vivida, passada e enraizada dentro do JCB. É de lá que trago parte das melhores lembranças da minha infância e juventude, é de lá que aprendi a respeitar as diferenças, e é por lá, e pelas pessoas de lá, que escrevo agora. A maioria das pessoas que moram lá tem uma vida construída naquele local com seus maridos seus filhos seus netos e a maioria deles continua escrevendo a história desse clube, e agora escrevo para registrar o meu inconformismo com o que esta acontecendo. Há cerca de 2 anos atrás na antiga gestão do presidente “Lecca“ o Jockey Club Brasileiro através de seus dirigentes vinham tentando lotear o clube para futuros empreendimentos imobiliários, fato esse que nada acrescentaria na melhoria nem fomentaria o esporte, mas tão somente atenderia a interesses pessoais, para isso deram inicio a propostas de retiradas de diversos profissionais e famílias que fizeram e fazem parte da história do clube e o primeiro ato a atingir minha família foi uma carta endereçada a meu pai Almiro Paim Filho para que ele entregasse a casa que residia com minha mãe, há décadas, em um período de 30 dias. Meu pai na época profissional do turfe, treinador com matricula ativa e com cavalos em seu nome, foi surpreendido e abatido por tal noticia. Nossa família ficou muito apreensiva alguns dias foram se passando enquanto nós tentávamos achar resposta para tamanha arbitrariedade, até que então o presidente em exercício, o Sr. Lecca, telefonou ao meu pai pedindo desculpas, pois havia sido um engano dos seus subalternos, perfeito, desculpas aceitas; mas o estrago já havia sido feito... ele fizeram com que meu pai se sentisse uma figura descartável, sem importância como que seu passado de contribuição para o clube e sua atual atividade nada representasse. Não estou acostumada com isso e acho que ninguém deve se acostumar, trabalho em uma empresa onde pessoas são valorizadas e tratadas com respeito e não vejo acontecer isso nesse clube que tanto amo, sei que vivi e vivo do lado de cá do clube, longe do glamour das corridas de cavalos, vivi ao lado das pessoas que colocam esse clube para funcionar, pessoas que amam os cavalos, aquelas que cuidam dos cavalos, aquelas que se arriscam em cima de seus dorsos e que trazem emoção a esse esporte. Inexplicável que estas famílias sejam tratadas como peças sem importância. Agora querem tirar minha mãe que viveu e ainda vive há muito mais tempo nesse clube do que nós, já que estava presente na inauguração da escola primária do JCB sendo ela, junto com suas irmãs, uma de suas primeiras professoras , tendo ajudado a formar vários profissionais do Turfe que lá estudaram e que vieram a dar continuidade ao turfe. Querem dar a ela agora o mesmo tratamento que deram a meu pai, sem nenhum respeito e consideração! Mas infelizmente meu pai não viveu muito mais tempo depois do acontecido, pode ser coincidência, mas o fato é que morreu em seguida, e agora querem fazer o mesmo com a minha mãe, mas dessa vez não deixarei que essa notícia chegue ao conhecimento dela que perdeu seu marido há pouco mais de uma ano, e que recentemente teve um infarto e ainda sofre com o mal de Alzaimer, motivo esses que faz com que se ausente em alguns momentos do dia para que possa se tratar. Esse relato não se aplica ao fato de minha mãe não ter onde morar, minha mãe pode vir morar comigo ou com meu irmão, pois graças a Deus podemos abrigá-la e seria o mínimo de reconhecimento por uma mãe tão amorosa e dedicada que sempre foi e é. Ocorre que a minha mãe tem amor a casa dela; as suas lembranças se encontram ali junto com a história da sua família que se confunde com a história do clube. Por esse amor e dedicação é que te escrevo, pois sei que se a minha mãe tomar conhecimento desse fato temo que ela possa se abater de vez, assim como aconteceu com meu pai, e isso eu não posso deixar que aconteça, e é por esse motivo que lhe faço meu relato, na certeza de ser compreendida, certa de que você Dannemann é uma pessoa que tem lutado muito para preservar o valor a importância e o direito dos profissionais de turfe. Um beijo Isabela Paim Ricardo transc. Site Raia Leve/Carta do Leitor

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