Um convênio com o mesmo valor, mesmo objetivo e assinado no mesmo dia do contrato que levou a Polícia Federal a investigar a cúpula do Ministério do Turismo também é alvo de suspeitas de fraudes no Paraná, informa reportagem de Estelita Hass Carazzai, publicada na Folha desta sexta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
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O caso sugere que as irregularidades encontradas pela polícia no Amapá não são um problema isolado, ao contrário do que se imaginava quando os primeiros resultados da investigação conduzida pela PF vieram à tona no início da semana.
O convênio do Paraná repassa R$ 4,4 milhões para a Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba treinar agentes de turismo. No Amapá, a organização não-governamental investigada pela PF, o Ibrasi, também conseguiu R$ 4,4 milhões, para fazer a mesma coisa.
OUTRO LADO
A Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba, responsável pelo convênio investigado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), negou irregularidades na execução do programa.
Em nota, a entidade informou que "cumpre os ritos legais vigentes" e que os recursos repassados pelo governo são "aplicados em suas finalidades específicas".
OPERAÇÃO
A Operação Voucher, deflagrada no último dia 9 pela Polícia Federal, investiga um suposto esquema de desvios relacionados a convênio firmado entre a ONG Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável) e o Ministério do Turismo para capacitação profissional no Amapá.
Ao todo, 36 pessoas foram presas na operação em Brasília, São Paulo e no Amapá, incluindo o atual secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, que está na pasta desde 2003.
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