Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

domingo, 10 de julho de 2011

Joiosa, do Stud Rocha Faria, a melhor de todas


A chegada do "Brasil" de 54
Na década de 50, o domínio do turfe argentino acentuou-se de maneira insofismável. A escalada de 10 triunfos consecutivos no Grande Prêmio Brasil teve início com Carrasco, em 1949, e só terminaria em 1959, quando Narvik derrotou Atlas, o maior orgulho do turfe portenho naquele período. Ao estabelecer o recorde mundial da distância dos 3.000 metros, o craque nacional finalmente colocou fim a uma escrita que já incomodava demais os turfistas brasileiros. Um ano depois, Farwell venceria outra vez a maior prova do turfe nacional e com isso resgatou em definitivo a auto estima do nosso turfe.

No meio deste período de seca para o Brasil, houve um capítulo especial, em 1954. Naquela tarde de agosto, Joiosa, do Stud Rocha Faria, quase conseguiu interromper a vitoriosa trajetória dos hermanos. Mas a inesquecível craque teve pela frente o atropelador argentino El Aragonês montado pelo fenomenal freio brasileiro, Luís Rigoni. Além da perícia do piloto, que correu o seu cavalo na última posicão, Joiosa teve o infortúnio de dois competidores sofrerem inesperada queda na sua frente. Quando o ginete chileno Emgdio Castilho conseguiu desviar-se deles com perícia, El Aragones passou engrenado por fora. A extraordinária corredora não teve tempo suficiente para reagir e superá-lo.

Joiosa correu numa época em que não havia a trïplice-coroa das éguas. Era preciso enfrentar os cavalos e ela o fez com bravura, classe e bons resultados. A filha de Ronney e Princess ganhou o Derby Paulista ao derrotar o craque Cyrus e levantou as tribunas do hipódromo paulistano. Na Gávea, por muito pouco não conquistou a coroa. Só foi superada na primeira prova por Retiro, num dia em que seu jóquei, Cândido Moreno, não esteve inspirado. Depois levantou o Derby e a terceira prova montada pelo chileno Emigdio Castilho.

O dia do fatídico confronto de Joiosa com El Aragones ficou marcado para sempre na alma dos turfistas daquela época. As vitórias argentinas de Carrasco, em 49, Tirolesa, em 50, Pontet Canet, em 51, Gualicho, em 52 e 53, teriam sofrido uma pausa para lá de providencial. Com a derrota de Joiosa, em 54, a sequência dos argentinos prosseguiu com Mangangá em 55, Tatan, em 56, Don Varela, em 57, e Espiche, em 58. Por uma década os hermanos atormentaram a cabeca dos turfistas mais apaixonados. E o alívio proporcionado nos GPs de 59 e 60 por Narvik e Farwell durou pouco. Em 61 e 62, a confianca nacional voltou a ser abalada pelo bicampeonato de Arturo A.

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