CAVALO QUE É BOM, SÓ NO JAPÃO?
* CAVALO - Em falta no mundo todo. Nestes tempos de vacas magras, com muito menos criadores brasileiros e inclusive nos EUA, o desafio principal é como novamente cavá-los?
* A crise cavalar americana e conseqüentemente com reflexos nas apostas tem desmotivado não somente criadores como proprietários e profissionais. Apostadores, idem.
* Lá nos EUA, com turfe de norte a sul no país, o ingrediente principal para alavancar as corridas de cavalos tem sido buscar extras recursos, nada a ver com o turfe: eventos paralelos.
* E o Brasil não foge a essa referência, colhendo receitinhas do gênero e, cada vez mais, se desviando do seu propósito de origem: a criação do puro-sangue de corridas.
* Vira e mexe, sempre vem à tona o planejamento de salvação do turfe espelhando-se nas tais maquininhas - nada a ver com o puro-sangue - que nem mesmo tem salvado americanos, brasileiros e, mais recentemente, argentinos.
* De todo esse panorama negativo, criado por descuido do próprio turfe, apenas prossegue altivo e faceiro o do Japão, em Tóquio, para a inveja do Ocidente.
* Recentemente, semana passada no Oaks japonês, estavam no hipódromo quase 60 mil frenéticos japoneses torcendo pelo vencedor de uma bolsa de meros dois milhões e seiscentos mil dólares. Brincadeira? Não, está no Google.
* E o Brasil? Está sobrevivendo graças a poucos abnegados que tentam, sem sucesso, reerguer o esporte dos reis, mas se deparam com a multiplicada falta de recursos financeiros para superar os problemas, principalmente de pistas e iluminação, cada vez mais comprometidos.
* O que não faltam são reuniões e promessas de união nacional que na verdade, na prática, tem sido aquele eterno balão de ensaio, que se acende, mas não sobe.
* E o Ministério da Agricultura, diante de tanto caos, vai seguidamente fechando os poucos hipódromos que restam na periferia, incluindo o lendário Jockey Club de Campos. Afinal, temos, ou não, solução? Com cavalos, claro! Homens, nem tanto.
* SOB NOVA DIREÇÃO - Nesta sexta assume, por amparo judicial, o comando do JCP o cartorário, criador e proprietário, Cresus Coutinho Camargo.
* Não dá para dizer que é sangue novo, pois da diretoria que sai e a que entra praticamente os nomes são os mesmos. De qualquer forma, os motivos podem ser sadiamente diferentes para o bem do turfe local.
* Nossos votos - talvez ingênuos - para que o presidente Cresus esclareça os sobrenaturais desvios de conduta - desnecessário nominar - ao seu quadro social. O quadro social original, não o que foi politicamente “inchado”.
* A propósito o ex-presidente RH, será o novo diretor jurídico do JCP. Uma boa ou má oportunidade para representar a entidade nos imbróglios, ainda pendentes iniciados - voluntária ou não - em sua gestão.
* ADEUS - Depois do Guido Bettega, do Raphael Munhoz, do Fernando Wolff, mais um cronista da década de 50, se despediu recentemente: Renato Contin Marinoni.
* Ex-cronista, criador e proprietário o Renatinho, com quem convivi “cabeça com cabeça”, além da crônica, também na minha casa e de amigos, Malelo, Noel Salazar, Scarpim, Jair, Zeno e outros, em jantares e parceiros de inocentes carteados, era uma figura muito querida e admirada, tanto como professor universitário e amigo dos amigos.
* Que Deus esteja sempre com você, querido amigo! Amém.
por Luiz Renato Ribas
ribas@cinevideo.com.br
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