Jeane Alves

Jeane Alves
Vitória de G 1 com Equitana

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Verde, No turismo, onda verde é um trunfo da Dinamarca

No turismo, onda verde é um trunfo da Dinamarca

Os termômetros marcam temperaturas baixas mesmo agora, no início de primavera no hemisfério Norte, mas a Dinamarca é um país escandinavo cuja qualidade de vida é tida como uma das mais elevadas do mundo.

Além disso, há a preocupação de tornar esse reino, berço do escritor Hans Christian Andersen (1805-1875), autor de "O Patinho Feio", cada vez mais verde.

A atividade turística, não é mito, está incluída nessa política de viés ecológico, a começar pelos hotéis. Em Copenhague, a capital, 58% dos hotéis têm a certificação "green key", que indica que o hotel reaproveita água, tem energia solar e serve alimentos sem agrotóxicos.

Isso, no entanto, não significa que o turista vai conviver com "ecochatos" e terá tempo determinado para tomar uma chuveirada.

A estrutura dos hotéis é sustentável, mas o turista desligado nem percebe que está contribuindo para preservar o ambiente. O hotel Avenue, a poucas quadras do centro de Copenhague, adota essa linha _e tem bar que serve comida orgânica e DJ tocando lounge.

Boa parte dos hotéis "verdes" da capital dinamarquesa aluga bicicletas por cerca de R$ 30/dia, já que Copenhague é plana e repleta de ciclovias bem sinalizadas.

Hoje, 37% dos moradores usam a bike como principal meio de transporte --e a segurança é tal que os dinamarqueses deixam as "magrelas" soltas na porta de casa e na estação de metrô.

O metrô também é seguro e fácil de usar. O trajeto do aeroporto de Malmo ao centro é mais rápido de metrô do que de táxi. E a linha é ligada aos trens que levam às cidades próximas.

Se preferir o conforto do táxi, o turista também pode fazer uma opção sustentável: a maioria deles é elétrico. Basta procurar pelos carros pintados de verde.
Evite, no entanto, visitar o país no inverno, especialmente nos meses de janeiro e fevereiro, quando há neve e ventos gelados.

FACILIDADE

Com um mapinha em mãos, dá para rodar a cidade inteira. Apesar das indicações nas ruas estarem apenas em dinamarquês (a língua soa como um mix de inglês e alemão), todos entendem inglês nos serviços e nos setores públicos.

Caso você se perca, prefira pedir orientação aos mais jovens, pois as gerações mais velhas são, em geral, menos fluentes em inglês.

E não tenha medo: os dinamarqueses são reconhecidamente um povo sorridente. Esse é, aliás, mais um motivo para conhecer o país.

ECOLOGIA

A onda verde da Dinamarca começou na década de 1970, quando os dinamarqueses tiveram de encontrar alternativas energéticas diante da crise do petróleo.
Hoje, a Dinamarca usa amiúde a energia eólica: mais de 20% da luz gerada no país vem dos ventos.

Na onda da COP-15 (15 ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que teve sede em Copenhague em 2009, o Reino da Dinamarca está se tornando referência em políticas verdes voltadas à energia, água e produção de orgânicos.

No Parlamento desse país monárquico, não há oposição às iniciativas verdes. "As políticas ambientais são propostas por todos os partidos, dos conservadores aos socialistas", explica Kristian Wederkinck Olesen, do Consórcio do Clima da Dinamarca.

No ano passado, a Dinamarca foi nomeada o país mais sustentável da Europa de acordo com o primeiro "Índice Europeu de Cidades Verdes", divulgado no ano passado. O turismo, claro, entrou na mesmo onda.

por Sabine Righetti

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