Turfe americano se prepara para correr sem medicação - [13/04/2011]
Num comunicado à imprensa divulgado na terça-feira, dia 11 deste mês, o lendário criador e proprietário americano Ogden Mill Phipps, nada menos que o Chairman do “The Jockey Club”, a entidade que coordena o esporte naquele país, aplaudiu a decisão da RCI – Association of Racing Comissioners International de formular um plano para eliminar, progressivamente, em termos mundiais, o uso de medicação em cavalos inscritos para correr.
Esta é a primeira manifestação formal da maior autoridade americana de turfe a respeito desse assunto.
Em seu comunicado, diz Ogden Mill Phipps:
“Há uma percepção crescente e correta de que os cavalos de corrida neste país (EUA) são medicados em excesso.”
E prossegue:
“Várias vezes manifestamos nossa preocupação a esse respeito, e acreditamos sinceramente que o sobre-uso de medicação coloca em risco nossos atletas humanos e eqüinos, ameaça a integridade de nosso esporte, e corrói a confiança do consumidor nesse jogo.”
Continua Phipps:
“A percentagem de animais inscritos para correr com o uso de furosemida (leia-se, Lasix) neste país, aumentou, de cerca de 45% em 1991, para quase 95% em 2010. E aproximadamente 90% de todos os potros de 2 anos recebem furosemida no dia da corrida.” (os negritos são nossos)
E acrescenta:
“Cavalos de corrida só deveriam competir quando estivessem livres de medicação.”
Esta é uma decisão histórica dos americanos. Isso não significa que o “The Jockey Club” esteja advogando a chamada “tolerância zero” para qualquer tipo de medicação, que é sempre afetada pelo maior ou menor grau de precisão dos equipamentos dos laboratórios que testam as amostras.
Mas Phipps conclui, sem deixar dúvidas:
“O The Jockey Club e seu Comitê de Sanidade Eqüina convocam as organizações membro da RCI, bem assim, os demais setores da indústria do cavalo de corrida, a trabalhar para desenvolver, imediatamente, um plano estratégico e um prazo, destinados a formular as regras e sanções, que irão permitir a transição dos Estados Unidos da América para o sistema de nenhuma medicação para correr.” (os negritos são nossos)
E finaliza, mostrando a necessidade de atuar com “senso de urgência” nesta questão.
Os americanos, afinal, deram a partida para aderir aos conceitos fixados no famoso art. 6°, do Regulamento da Federação Internacional das Autoridades Hípicas (FIAH), que proíbe medicar para correr.
Quem se interessar pelo assunto, pode lê-lo em detalhes no site www.bloodhorse.com , de 28 de março de 2011.
da Redação
http://www.raialeve.com.br/
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