Cerca de 1/3 da população de Blumenau (SC) está sem água há quase três dias, segundo informações da prefeitura. Após as chuvas que voltaram a atingir a região do Alto Vale do Itajaí na noite de ontem (25), o nível de lama no rio Itajaí-Açu, que abastece a cidade de Blumenau e entorno, voltou a subir.
A alta concentração de sujeira deixou em alerta os técnicos da Samae (Serviço Municipal de Água e Esgoto). Hoje, o nível de turbidez --concentração de resíduos na água-- estava em torno de 1.900. O normal é entre 300 e 600.
A previsão da Samae para que a situação seja normalizada mudou. O retorno completo do fornecimento, previsto para quinta-feira, passou para sábado.
O problema começou na segunda-feira. Ontem, uma das estações de tratamento, parada desde então, voltou a operar com metade da capacidade. Ao todo, 200 mil pessoas chegaram a ficar sem água na cidade, um das maiores de Santa Catarina. Pelo menos 100 mil ainda esperam a volta do fornecimento.
O pico de sujeira foi registrado na madrugada de terça-feira, quando os técnicos verificaram que o nível de turbidez estava em 9.000. Segundo o diretor de operações, Moisés Lazzari, produtos químicos usados para tratar a água seriam insuficientes com tal quantidade de lama.
CHUVAS
Pelo menos 69 cidades tiveram prejuízos pelas chuvas que atingem Santa Catarina desde o início da última semana. Até às 11h30 de hoje, 59 estavam em situação de emergência, segundo a Defesa Civil estadual. A cidade de Mirim Doce está em estado de calamidade pública.
Ao todo, 907 mil pessoas foram afetadas em todo o Estado. Destas, 24 mil tiveram que ir para a casa de parentes ou amigos e 2 mil estão em abrigos públicos.
Os prejuízos causados pelas chuvas em Santa Catarina já superam R$ 413 milhões, de acordo com informações divulgadas ontem pelo secretário de infraestrutura do governo, Valdir Cobalchini. O valor pago em obras emergenciais ficou em R$ 80,6 milhões. Outros R$ 333 milhões devem ser repassados aos municípios atingidos.
As cidades que tiveram os maiores danos foram Jaraguá do Sul e Mirim Doce. A recuperação em cada uma deve custar R$ 15 milhões.
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