Entrevista com Sergio Coutinho Nogueira
Fizemos uma entrevista com um dos maiores proprietários de PSI no Brasil na atualidade, trata-se de Sergio Coutinho Nogueira, titular do vitorioso Haras Regina. Que impõe respeito com a sua farda vermelha e preta!
Ele nos respondeu algumas perguntas, que acredito que atiçavam a curiosidade de muitas pessoas! Seguem elas:
Turfistas: Quando começou e de onde veio a sua paixão pelos cavalos?
Acredito que minha paixão pelos cavalos tenha vindo antes mesmo de nascer, pois sendo filho e sobrinho neto de criadores altamente dedicados, tenho inúmeras lembranças com cavalos antes mesmo dos 5 anos de idade.
Aos 5 anos já frequentava com meus pais as corridas do Jockey Club de São Paulo.
Turfistas: Com quantos anos teve seu primeiro cavalo?
O meu primeiro cavalo foi o Muratex que era um cavalo em corrida de propriedade do meu pai (Haras São Quirino), com esse animal ganhei a primeira corrida para o Haras Regina. O segundo foi o Kalapigo um cavalo muito corredor que comprei aos 5 anos e com problemas nos joelhos, mas que ganhou para mim várias corridas treinado pelo Eduardo Gosik.
Turfistas: Na sua opinião, qual foi o melhor animal de sua propriedade?
Eu diria sem dúvida alguma que foi a Olympic Message que agora está em Bagé servindo de reprodutora. Mas não me esqueço também do Snack Bar que ganhou 2 Grande Prêmios Presidente da República (Rio e São Paulo).
O Olympic Election também ganhou uma Milha Internacional mas sem dúvida alguma era inferior ao Snack Bar.
Turfistas: Hoje em dia, qual é o seu melhor animal, e qual o melhor animal hoje no Brasil?
Como a Olympic Message ainda é minha, se bem que agora na reprodução, diria que ela é o meu melhor animal.
Em campanha, entre os animais mais velhos os destaques são o Scottish Boy e o Conclusivo que correrão a milha internacional em agosto na Gávea.
Dentre os potros que agora fizeram 3 anos tem alguns que despertam esperanças: Olympic Buck, Olympic Ridge, Olympic Pantanal e outros…
Acho o Too Friendly um ano animal de exceção, dos melhores que já vi correr!
Turfistas: Qual foi a sua maior alegria dentro do turfe?
A minha maior alegria foi a vitória do Snack Bar na Milha Internacional na Gávea exatamente 1 dia após tê-lo comprado (Foi meu primeiro Grupo 1 e a primeira é sempre inesquecível). As vitórias da Olympic Message também foral altamente gratificantes, sobretudo a do GP Henrique Possolo (Grupo 1).
Turfistas: E a maior decepção?
Sem dúvida alguma foi a derrota da Olympic Message no GP Diana depois de ter tido um percurso altamente infeliz. Mas são coisas do turfe e temos que estar preparados para elas…
Turfistas: Qual foi o melhor jóquei que viu montar?
Bom, muito difícil esta resposta, pois certamente serei injusto com alguns.
Numa fase de minha vida era fã incondicional de Pierre Vaz e Luiz Rigoni.
Depois vieram Albenzio Barroso, Enrique Araya e Gabriel Menezes.
Atualmente Dalto Duarte, A. Domingos.
Não cito o Ricardinho, pois ele montou no Rio numa época que eu pouco frequentava a Gávea, mas ele certamente tem que estar dentro.
Turfistas: Na sua opinião qual foi o melhor treinador da sua farda, e em geral?
Rendo sempre minha lembrança e gratidão ao Althayr de Oliveira, hoje com 81 anos e ainda na ativa. Mas não tenho como negar o excepcional trabalho do Roberto Solanes com quem tenho tido excelentes resultados e uma excelente média de vitórias por corridas, inclusive Grande Prêmios.
Tenho uma forte admiração pelo Venâncio Nahid, excelente pessoa, grande caráter e além de tudo um profissional diferenciado. E deixo claro que nunca tive cavalos com ele, mas, admiro muito o seu trabalho.
Turfistas: Qual o melhor cavalo que já viu correr?
Pergunta cruel, mas sem demorar 3 segundos respondo Farewell (não me lembro do Adil).
Dos cavalos de criação do São Quirino cito Viziane, Dono da Raia e Garboleto, além da Bela Rica que era um monstro, mas que teve campanha curta.
Turfistas: Em qual dos três principais hipódromos do Brasil (Cidade Jardim, Gávea e Tarumã), o Senhor prefere acompanhar as corridas?
Fui criado dentro do Hipódromo de Cidade Jardim vendo as corridas, portanto adoro e tenho bons amigos lá, mas não nego que ultimamente tenho assistido e frequentado mais a Gávea onde tenho bons amigos e tem um visual “hors concours”…
Turfistas: Qual a sua opinião sobre a nova diretoria do Jockey Club de São Paulo?
Tenho certeza que a nova diretoria do JCSP irá recolocar o trem nos trilhos e será uma das melhores de todos os tempos.
O Eduardo da Rocha Azevedo, meu primo irmão, é um vencedor e com excelentes resultados em todos os lugares por onde passou. E o Carlos Eduardo, o Cadu, Diretor-Tesoureiro é meu filho, portanto por várias razões e mais esta sou um grande apoiador e torcedor desta nova diretoria.
Turfistas: De onde surgiu o nome Haras Regina?
Regina é o nome e minha avó, mãe de meu pai que praticamente não conheci, mas por quem meu pai tinha uma profunda admiração.
Turfistas: Por que o Senhor opta por colocar Olympic ou Olímpico nos nomes de seus animais?
Sou publicitário e acho super legal ter uma grife ou uma marca. Como sou muito vinculado a esportes olímpicos, sobretudo o atletismo, adotei os Olympics…
Aliás uma novidade é que como agora já tenho algumas éguas na criação, a partir dos potros que estou comprando neste ano não mudarei mais os nomes e os Olympics serão apenas os de criação do Regina, os que eu comprar sem nome registrado (NN) ou quando tiver um nome realmente estranho, por exemplo, neste ano comprei no leilão um potro do Anderson chamado Analgésico, e então vou mudar (e certamente não vai ser Aspirina ou Tylenol).
Turfistas: E para encerrar, o que o senhor está achando do nosso site, o turfistas.com?
Acho legal, sendo sincero entrei poucas vezes, mas é sempre bom ver gente nova trabalhando por uma causa onde estamos bem envolvidos. Parabéns a vocês e que sigam em frente.
Turfistas: Gostaríamos de agradecer ao Sergio, que hoje é uma das pessoas que mais investem no turfe, e está mostrando a todos que com bons investimentos e muito trabalho as vitórias vem, e que venham muitas outras!
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