Eram 4 horas da manhã, quando Alexandre Capua Martignago, um dos donos do Haras Vale da Boa Esperança, localizado no Vale do Cuiabá, em Itaipava, foi acordado pelo alarme do próprio carro– estacionado a poucos metros da casa principal. “Constatei que estávamos sem luz. Busquei minha filha no quarto ao lado e a deixei com a minha mulher para ir até o carro. Mas quando olhei novamente, ele tinha sido levado uns 150 metros”, conta o advogado, de 39 anos.A luz dos relâmpagos permitia observar que um pequeno córrego, de 20 centímetros de altura por 3 metros de largura havia se transformado em um rio de 10 metros de altura por 100 metros de largura.Na manhã seguinta, foi possível constatar a violência das águas da madrugada. No portão da propriedade, de 8 000 metros quadrados, formou-se uma pilha da altura de uma casa de dois andares, com pedaços de madeira e destroços. No alto, equilibrava-se uma Kombi trazida pela chuva.O haras é um dos principais centros de treinamento de cavalos de corrida do país e essa é a primeira vez desde sua construção, há 65 anos, que uma enchurrada invade o local. Por sorte, foram mínimos os danos na área destinada às cocheiras e à pista treinamento dos animais, embora alguns deles tenham sido transferidos de helicóptero para avaliação médica no Rio de Janeiro.
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