FALÊNCIA DE IDÉIAS E PROPÓSITOS
* Difícil entender, na véspera, a luta política dos candidatos, situação ou oposição, pelo comando dos Jockeys Clubs no Brasil, se, depois de empossados, pouco realizam.
* Antes de cada eleição, a cada dois anos, os planos são mirabolantes para a salvação, pelo reerguimento das corridas de cavalos, outrora quase uma coqueluche.
* Tal era a popularidade do turfe brasileiro, bem antes da internet, que as domingueiras turfísticas eram rivais até mesmo dos clássicos regionais de futebol.
* Hoje, na era da internet, nossas corridas nacionais vespertinas e noturnas, de quinta a segunda-feira, estão cada vez mais desanimadoras.
* Os candidatos eleitos, todos amadores, tem consciência de suas promessas pela melhoria da iluminação, das pistas, dos prêmios e, em especial, de uma união nacional de propósitos.
* Mas na prática mesmo nada acontece de positivo, exatamente porque não há diálogo profissional fundamentalmente entre as entidades masters, do Rio e de São Paulo.
* De novidade há novamente a promessa da implantação no segundo semestre da pedra única, nos simulcastings entre os hipódromos parceiros.
* Mas entre a promessa e a intenção, o aviso de dificuldades de sua implantação já foi dado pelos setores responsáveis no eixo Rio-São Paulo. Dificuldades técnicas e financeiras. Tudo isto já foi citado no JT pelo Rizzon e sua grande equipe de colaboradores.
* Uma novela, cujo enredo todos sabem desde a virada do século XXI, isto é, puro lero-lero, apesar de sua real importância para a salvação da lavoura.
* A rigor ninguém mais acredita que o modelo que vem sustentando o turfe argentino desde o século XX seja um dia implantado, mediante planejamento sério, no Brasil.
* Levando-se em consideração que a cada dia temos menos cavalos e menos apostadores para a sustentação do esporte das rédeas, fica fácil prever que estamos próximos do fim.
* As dívidas dos hipódromos inevitavelmente tem comprometido o patrimônio das entidades, sem qualquer exceção, cuja venda ou confisco judiciais tem sido inevitáveis.
* Se já não se criam cavalos como dantes e igualmente novos apostadores, fundamentos imprescindíveis para a sustentação da máquina, fica difícil entender a razão dos suntuosos hipódromos brasileiros.
* Hipódromos que ocupam áreas imensas, maior que um Maracanã, em regiões nobres são alvos de constantes especulações imobiliárias, sem contar com o olho grande do Estado.
* Milhares de turfistas são defensores da implantação do modelo argentino do turfe único no Brasil, porém, uma grande maioria, incluindo jornalistas, já atiraram a toalha.
* Nem mesmo se acredita mais, que aquela promessa da implantação inicialmente da pedra única por ocasião do GP Derby carioca, tenha sido pra valer. Não se fala mais.
por Luiz Renato Ribas
Jornal do Turfe
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