Barein prende líderes da oposição
O maior grupo de oposição do Barein fez um apelo para que a Arábia Saudita retire suas tropas do país, e exigiu uma investigação sobre a repressão aos manifestantes da maioria xiita.
Na quinta-feira, o governo sunita do Barein prendeu cinco líderes da oposição, um dia depois da ação policial-militar que dispersou um acampamento de manifestantes xiitas numa praça de Manama, a capital. Após várias semanas de protestos, o reino declarou lei marcial e pediu ajuda militar da poderosa vizinha Arábia Saudita.
"Os militares (sauditas) deveriam se retirar do Barein, e este é um apelo ao rei saudita", disse o xeque Ali Salman, dirigente do partido moderado xiita Wefaq, à TV Al Jazeera.
"Pedimos uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o que aconteceu a partir de 14 de fevereiro até agora. Se havia manifestantes errados, eles devem ser responsabilizados."
Três manifestantes morreram na repressão. Três policiais também foram mortos, atingidos por manifestantes em carros em alta velocidade.
Os xiitas constituem mais de 60 por cento da população do Barein, um pequeno reino insular no Golfo. Muitos deles se dizem discriminados e exigem igualdade de direitos com os sunitas e a instauração de uma monarquia constitucional.
Os mais radicais defendem a proclamação da república, algo que alarma a elite sunita, temerosa de que a turbulência atenda aos interesses iranianos.
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