Jeane Alves
domingo, 10 de outubro de 2010
CÓLICAS, CAVALOS - PARTE I
As cólicas começam por uma dor abdominal de origem situada quase sempre no nível do tubo digestivo. O cavalo tem dor de barriga, "Raspa" o sol com as mãos, dá coices, olha o flanco, se agita, se deita, se rola, transpira, se mantém em posição de urinar u defecar, exterioriza o pênis (caso do macho), Fica em posição de cão sentado e apresenta os olhos vermelhos. Mesmo se na maioria dos casos, elas se resolvem rapidamente, as cólicas são em todo o caso, causas freqüentes de mortalidade.
Para entender melhor as causas das cólicas, temos que conhecer a anatomia do cavalo que não foi nenhum presente na concepção do tubo digestivo! Entender essa anatomia nos permitirá de entender melhor os diversos tipos de cólica e suas origens.
Os estômago do cavalo apresenta duas particularidades: ele é muito pequeno em comparação ao cavalo adulto (o seu volume não passa os 15 - 16 litros) e sua entrada é formada de um esfíncter chamado cárdia que permanece sempre fechado impedindo o refluxo, qualquer regurgitação (volta dos alimentos à boca para melhor mastigação) de gás ou liquido: assim o cavalo não pode vomitar. Se por acaso ele absorve uma quantidade grande demais de água ou comida, o estômago se distende o cárdia se fecha, o que provoca uma grande dor: poderá então ocorrer ruptura estomacal com conseqüente de morte do animal. Más a presença de úlceras gástricas sobre sua parede não é rara. - sobre tudo para os cavalos estressados - e isso pode produzir cólicas reincidentes.
Um pouco de Anatomia
O intestino delgado é um cilindro bem comprido, bastante móvel (24 metros em media) suspendida na cavidade abdominal pelo mesentério, rico em vasos sanguíneos. As cólicas resultadas dessa parte do intestino são, a maior parte das vezes, muito graves. Podem ser o resultado de uma torção em volta do mesentério, de uma lesão de um vaso por parasitas, de um excesso na alimentação ou de uma infecção. No Garanhão, a passagem de uma asa do intestino delgado na região do testículo provoca uma hérnia inguinal.
O Cecum é um comprido tanque de 35 litros, pouco móvel que recebe o intestino delgado. É aí que leva cabo a digestão da forragem. Está fixada na parede direita do flanco. pode ser o objeto de fermentação excessiva que leva a uma importante dilatação. Também pode se torcer e ser o lugar de uma importante sobrecarga alimentícia.
O colon sai do cecum formando o grande conduto cheio de relevos de um volume de mais de cem litros para um largo de 8 metros. Apresenta certas partes estreitas onde podem se acumular grandes quantidades de comida. Esse tipo de cólica, também chamada "compactação", é freqüente em cavalos que comem muita palha o com falta de exercício. Já que o colon é muito móvel pode mudar de lugar ou se torcer. Certos corpos estranhos podem se encontrar no nível do colon e provocar cólicas. Desse modo, cavalos criados em campos areados podem ingerir uma quantidade impressionante de areia que se acumula no colon e provocando uma obstrução. Antes, as cólicas eram uma fatalidade. Hoje em dia, os progressos da medicina veterinária nos permitem olhá-las de uma maneira mas otimista. Duas orientações são então recomendadas: o tratamento médico ou, se necessário, a operação cirúrgica.
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